Maior superlua de 2025 ilumina o Brasil nesta quarta: você verá 16% mais brilho e 7,9% mais tamanho

Maior superlua de 2025 ilumina o Brasil nesta quarta: você verá 16% mais brilho e 7,9% mais tamanho

Se o céu estiver limpo, prepare o olhar e a câmera. Um espetáculo raro se aproxima e pode mudar sua noite.

Nesta quarta-feira, 5 de novembro, a Lua cheia nasce muito próxima do ponto de maior aproximação com a Terra. O resultado chama atenção: a maior Superlua de 2025 promete 7,9% mais tamanho aparente e 16% mais brilho em relação a uma cheia típica. Quem estiver no Brasil poderá observar já no entardecer.

O que torna esta lua diferente

A órbita lunar é elíptica. A Lua ora se aproxima, no perigeu, ora se afasta, no apogeu. Quando a fase cheia coincide com o perigeu, temos uma Superlua. Nesta semana, o perigeu ocorre cerca de nove horas após a cheia, o suficiente para ampliar o efeito visual.

A Lua parecerá até 7,9% maior e 16% mais brilhante do que a cheia comum. A diferença fica mais evidente para quem compara fotos.

No perigeu, a distância média entre Terra e Lua fica por volta de 356 mil quilômetros. No apogeu, passa dos 406 mil quilômetros. Esse salto de aproximadamente 50 mil quilômetros muda o disco aparente no céu. O olho humano nem sempre percebe a variação sem referência, mas a comparação lado a lado revela o ganho de tamanho e de luz.

Ao nascer, a Lua atravessa mais atmosfera. A refração dá um tom alaranjado e o contraste com prédios, árvores e montanhas cria a percepção de “lua gigante”, um truque conhecido como ilusão lunar.

Fato Detalhe
Data 5 de novembro de 2025 (quarta-feira)
Tamanho aparente até 7,9% maior que a Lua cheia média
Brilho aproximadamente 16% mais intenso
Perigeu cerca de 9 horas após o auge da fase cheia
Distância típica no perigeu ~356.000 km
Melhor horário entardecer e começo da noite, com a Lua perto do horizonte

Como observar do Brasil

Horário e direção

Olhe para o leste logo após o pôr do sol. A Lua nascerá grande no horizonte e subirá ao longo da noite. Busque um local com horizonte desobstruído, como praias, mirantes, parques ou sacadas altas. A poluição luminosa interfere pouco, já que a Lua cheia é muito brilhante.

Quer realçar o impacto visual? Enquadre a Lua com um prédio, um monumento ou uma árvore no primeiro plano.

Truques para fotografar

  • Use tripé ou apoie o celular no parapeito. Isso evita tremores.
  • Toque na Lua para travar o foco e reduza a exposição para não estourar os detalhes.
  • No modo “Pro”, experimente ISO baixo (100–200) e velocidade rápida (1/250–1/500).
  • Ative o zoom óptico, se houver, e prefira fotografar quando a Lua está perto do horizonte.
  • Inclua pessoas ou objetos. O contraste dá escala e deixa a imagem mais impactante.

O que é, afinal, uma superlua

Superlua é um termo popular para a Lua cheia que ocorre no perigeu ou muito perto dele. Não há uma definição única e oficial. Astrônomos usam limites práticos, sempre atrelados à proximidade máxima da órbita. O objetivo é comunicar de forma simples um evento que, mesmo comum do ponto de vista científico, rende belas observações.

Vale lembrar: a Lua não muda de tamanho real. O que muda é o tamanho aparente, porque a distância varia. Como o cérebro usa referências do horizonte, a impressão de “lua enorme” cresce nascentes e poentes.

Marés e efeitos na Terra

Com a Lua mais perto, o efeito gravitacional aumenta um pouco. As marés podem atingir níveis um pouco mais altos que o habitual, principalmente em costas rasas e baías. Esse comportamento se relaciona ao perigeu, não ao “ser super”.

Não há risco para a saúde. A Superlua não provoca terremotos, tempestades fora do padrão ou alterações fisiológicas.

Gestores costeiros monitoram marés de sizígia e de perigeu em cartas náuticas e boletins locais. Quem vive em áreas sujeitas a ressacas deve acompanhar as condições do mar e do vento.

Os nomes tradicionais e a lua de novembro

A Lua cheia de novembro costuma ser chamada de Lua do Castor em tradições norte-americanas, por marcar o período de construção de represas pelos animais e a coleta de peles para o frio. Em 2025, ela também recebe o título de Lua do Caçador, pois é a primeira cheia após a Lua da Colheita, que neste ano ocorreu em outubro no Hemisfério Norte.

Outras culturas adotam nomes distintos para a cheia de novembro, como Lua Branca na China, Lua da Neve entre praticantes de Wicca e Lua do Comércio entre povos Cherokee. No Hemisfério Sul, são comuns referências como Lua do Milho ou Lua da Flor, ligadas ao ciclo agrícola local.

Próximas datas e calendário de 2025

  • 7 de outubro: Superlua associada à Lua da Colheita.
  • 5 de novembro: maior Superlua de 2025, também chamada de Lua do Caçador.
  • 4 de dezembro: nova Superlua fecha o ano.

Perguntas que você pode ter

Vou notar a diferença a olho nu?

Você notará um disco muito brilhante e fotogênico. A comparação direta com uma cheia “normal” exige memória visual ou fotografias. No horizonte, a ilusão lunar amplifica a sensação de grandeza.

Qual é o melhor lugar para ver?

Qualquer ponto com vista para o leste e horizonte livre. Mirantes, calçadões à beira-mar e áreas altas funcionam bem. Se o tempo fechar, a madrugada pode abrir janelas entre as nuvens.

Preciso de telescópio?

Não. Binóculos já revelam crateras e mares lunares. Um telescópio de pequena abertura detalha vales e bordas de crateras, mas a turbulência atmosférica pode suavizar os contornos quando a Lua está muito baixa.

Conteúdo extra para aproveitar melhor a noite

Planeje uma “caçada à Lua” com antecedência. Defina um ponto de observação, verifique a direção do nascer e simule enquadramentos com monumentos da sua cidade. Aplicativos de céu ajudam a prever a trajetória e a altura ao longo das horas. Se você for com crianças, leve um mapa simples da Lua com os principais mares e crateras; identificar detalhes transforma a observação em atividade de ciência cidadã.

Quem fotografa pode testar sequências de exposição para um “HDR lunar”: faça uma imagem subexposta para preservar os detalhes do disco e outra mais aberta para equilibrar a paisagem. Combine as fotos depois. A técnica valoriza o contraste entre a Lua brilhante e o cenário urbano ou natural.

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