Entre barcos lotados e paisagens da Billings, um novo personagem promete dar cara e propósito às travessias diárias dos bairros.
A Prefeitura de São Paulo oficializou o nome do mascote do Aquático-SP. A eleição mobilizou milhares de moradores e levou uma capivara ao posto de embaixadora das viagens pela Represa Billings, no extremo sul da capital.
Quem é a nova mascote
O personagem escolhido é a Capi Tânia, capivara que passa a representar o Aquático-SP. O anúncio saiu no sábado (1º) e encerrou uma votação popular com mais de 20 mil participações. A proposta é simples e direta: usar um símbolo querido da fauna local para incentivar atitudes responsáveis durante as travessias e tornar o deslocamento mais leve para quem depende do serviço.
Capi Tânia venceu com 52% dos votos. Billi ficou com 23,8% e Cacá, com 23,7%.
A escolha reflete um traço cultural de São Paulo: a presença cada vez mais visível de capivaras em áreas próximas a cursos d’água. Ao adotar o animal como rosto do projeto, a gestão municipal associa o transporte à proteção da represa e convida o passageiro a participar desse cuidado.
Por que uma capivara
A capivara é um mamífero semiaquático típico da América do Sul. Sua imagem remete à convivência com rios, lagos e áreas alagadas. Na Billings, símbolo de lazer e de abastecimento estratégico para a metrópole, a figura da capivara traduz a mensagem de respeito à água e à vida que depende dela.
A mascote nasce com uma missão: aproximar usuários do tema ambiental e estimular práticas simples que protegem a Billings.
Serviço em operação e críticas dos passageiros
O Aquático-SP liga bairros do extremo sul — Grajaú, Cocaia e Pedreira — e encurta deslocamentos entre o Terminal Cantinho do Céu e o Parque Mar Paulista Bruno Covas. O trecho, de cerca de 15 km, toma perto de 20 minutos pelo espelho d’água. Por terra, a mesma distância costuma consumir algo em torno de uma hora e meia, sujeito ao trânsito.
Nos últimos dias, usuários apontaram piora na espera nos horários de pico. O intervalo entre as partidas subiu de 20 para 30 minutos, o que pressiona a demanda no começo da manhã e no fim da tarde. Parte da frota ainda não retornou, e a normalização completa não tem data definida.
Funcionamento: todos os dias, das 5h às 21h, com tarifa zero para o passageiro.
O que a mudança de intervalo significa no seu dia
- Viagens mais concentradas exigem chegar com antecedência para garantir lugar.
- Grupos maiores podem ter de se dividir em partidas diferentes.
- Quem tem compromisso com horário rígido sente mais o impacto de cada atraso.
- Consultas a painéis nos terminais ajudam a ajustar o tempo de espera.
Como a Capi Tânia pode melhorar a experiência
Segundo a proposta do projeto, a mascote deve servir como ponto de partida para campanhas educativas nas estações e a bordo. A meta é valorizar comportamentos que reduzem impacto ambiental e tornam a operação mais fluida para quem embarca diariamente.
Boas práticas nas viagens pela Billings
- Leve sacola para seu lixo e descarte nos pontos de coleta dos terminais.
- Respeite filas e sinalizações para acelerar o embarque de todos.
- Evite encostar em áreas de proteção da margem e não alimente animais.
- Prefira garrafas reutilizáveis e recipientes fechados para evitar derramamentos a bordo.
- Ofereça assentos a idosos, gestantes e pessoas com deficiência.
Dados essenciais do Aquático-SP
| Item | Informação |
|---|---|
| Trecho atendido | Terminal Cantinho do Céu – Parque Mar Paulista Bruno Covas |
| Distância aproximada | 15 km |
| Tempo por terra | Cerca de 1h30 |
| Tempo por água | Por volta de 20 minutos |
| Horário de funcionamento | Diariamente, das 5h às 21h |
| Tarifa | Tarifa zero |
| Intervalo atual | Em média, 30 minutos |
| Frota | Parte das embarcações ainda fora de operação |
O que pode aliviar a espera nos picos
Experiências em outros serviços aquaviários mostram caminhos possíveis para reduzir a pressão nas partidas mais cheias: informação em tempo real sobre lotação, reforço operacional nos horários críticos, sinalização mais clara de filas e comunicação rápida sobre eventuais ajustes. Medidas desse tipo tendem a distribuir melhor o fluxo e dar previsibilidade ao passageiro.
Enquanto a frota não volta integralmente, vale programar alguns minutos extras para a conexão com ônibus de bairro e reorganizar compromissos que dependem de horário rígido. Pequenas margens de segurança evitam perder uma janela de 30 minutos entre viagens.
Educação ambiental na prática
A presença da Capi Tânia cria uma janela para ações permanentes de cuidado com a Billings. Materiais educativos simples — como sinalizações sobre descarte correto e áreas sensíveis de fauna — ajudam a mudar hábitos. Atividades com escolas e associações de bairro também costumam gerar bons resultados, porque aproximam crianças e famílias do tema água com exemplos do cotidiano.
Com o tempo, o passageiro nota ganhos tangíveis: terminais mais limpos, margens menos degradadas, viagens mais agradáveis e seguras. O mascote vira uma espécie de lembrete simpático de que cada trajeto faz diferença na qualidade da represa.
Dicas rápidas para sua próxima travessia
- Cheque o horário de pico do seu bairro e considere sair um barco antes do habitual.
- Tenha um plano B por terra caso precise chegar a um horário específico.
- Organize sua mochila para evitar volumes que atrapalhem o embarque.
- Mantenha documentos e passes fáceis de acessar, mesmo com tarifa zero, para eventuais identificações.
- Se algo sair do previsto, procure a equipe do terminal e reporte ocorrências.
Informações que ajudam a planejar o uso
Tarifa zero significa que o usuário não paga a passagem no ponto de embarque. O custeio sai do orçamento público e busca ampliar o acesso ao serviço. A medida incentiva adesão, o que eleva a demanda. Por isso, dimensionamento de frota e comunicação com os passageiros precisam caminhar juntos para manter frequência, conforto e previsibilidade.
Para quem depende do Aquático-SP diariamente, a chegada da Capi Tânia soma um componente de pertencimento ao deslocamento. A mascote tem potencial de transformar um trajeto funcional em experiência cidadã, conectando quem navega à paisagem da Billings e à responsabilidade de preservá-la. Se a operação se estabilizar e a educação ambiental ganhar corpo, os ganhos aparecem tanto no relógio de quem embarca quanto na saúde do reservatório.


