Com o vaivém diário travado entre bairros e a BR-101, motoristas pedem rotas alternativas e integração entre cidades mais eficiente.
Itajaí autorizou os estudos para abrir um novo corredor viário ao oeste da cidade. O traçado promete ligar vias estratégicas, aliviar congestionamentos e dar fôlego à economia regional. A proposta nasce de uma parceria com o setor privado e já tem verba definida para a fase inicial.
O que está previsto
O Contorno Oeste de Itajaí é uma nova avenida intermunicipal com cerca de 10 quilômetros. O eixo conectará a rodovia Jorge Lacerda à rodovia Antônio Heil, com extensão planejada até a divisa com Camboriú em uma segunda etapa. O desenho dialoga com a Via Expressa e cria rotas paralelas aos trechos mais sobrecarregados.
Traçado de aproximadamente 10 km para ligar Jorge Lacerda à Antônio Heil, com futura conexão à divisa de Camboriú.
A cerimônia de assinatura da ordem de serviço ocorreu na sede da AMFRI. A iniciativa nasce de uma parceria público-privada entre a Prefeitura e o Instituto Mais Itajaí, que reúne empresas e entidades locais. A Prosul vai bancar o estudo de viabilidade e o projeto executivo.
Investimento inicial de R$ 3 milhões custeado pela Prosul para estudos e projeto executivo.
Para que serve esse novo eixo
O contorno cria uma alternativa para o tráfego urbano e regional. A via pretende absorver viagens de passagem, tirar parte da pressão dos corredores internos e oferecer uma rota de escape quando a BR-101 travar. O planejamento técnico prevê compatibilização com a Via Expressa e atenção ao fluxo pesado.
Integração com a Via Expressa para separar tráfego local, de passagem e de cargas, e ganhar fluidez.
Quem participa e como será o financiamento
O Instituto Mais Itajaí coordena a parceria com a Prefeitura para a etapa de estudos. A Prosul financia a elaboração técnica com R$ 3 milhões. Ao final, o projeto será doado ao Município, que assumirá a tarefa de viabilizar a execução das obras com recursos próprios, estaduais, federais ou novas parcerias.
- Prefeitura de Itajaí: recebe o projeto e conduz a obra.
- Instituto Mais Itajaí: articula o setor privado e acompanha os estudos.
- Prosul: custeia e elabora estudos e projeto executivo.
- AMFRI: palco da articulação regional e integração entre municípios.
Prazos e próximas etapas
Os estudos técnicos devem ser concluídos em até seis meses. Essa fase inclui definição de traçado, soluções de engenharia, impactos de tráfego e estimativa de custos. Concluída a etapa, o material vai para a Prefeitura, que inicia licenças, captação de recursos e licitações.
Estudos em até 6 meses; depois, o projeto será entregue ao Município para licenças, recursos e obra.
| Etapa | Prazo estimado | Responsável |
|---|---|---|
| Estudos e projeto executivo | Até 6 meses | Prosul e Instituto Mais Itajaí |
| Doação do projeto | Após a conclusão | Instituto Mais Itajaí |
| Licenças e captação de recursos | A definir | Prefeitura de Itajaí |
| Execução das obras | A definir | Prefeitura e parcerias |
Impacto para quem dirige hoje
Motoristas que cruzam o perímetro urbano para acessar a BR-101, a Jorge Lacerda ou a Antônio Heil devem ganhar rotas que evitam zonas adensadas. A separação entre tráfego local e de passagem reduz conflitos e melhora o tempo de resposta em ocorrências. A logística de cargas, muito presente na região, tende a operar com menos interrupções.
Benefícios esperados
- Redução de tráfego em vias residenciais e comerciais.
- Menos lentidão nos horários de pico entre Itajaí e cidades vizinhas.
- Rota alternativa quando a BR-101 apresentar retenções.
- Integração do tecido urbano com novos acessos entre bairros.
- Maior previsibilidade para o transporte de cargas e serviços.
Pontos de atenção e riscos
Projetos desse porte exigem atenção a desapropriações, drenagem, passagens de fauna e segurança viária. O traçado precisa mitigar conflitos com ciclistas e pedestres e prever ligações seguras com bairros. A governança regional é decisiva para que as obras não criem gargalos nas interseções com vias existentes.
- Licenciamento ambiental e medidas compensatórias.
- Desapropriações e negociações fundiárias.
- Interferência com redes de serviço e linhas de transmissão.
- Compatibilidade com planos diretores e zoneamento.
- Projeto de mobilidade ativa, com ciclovias e calçadas acessíveis.
- Segurança em cruzamentos e controle de velocidade.
Como o traçado pode aliviar o dia a dia
Quando o contorno oferece uma rota paralela, parte do tráfego deixa de competir por espaço com ônibus, entregas e travessias locais. A fluidez melhora nas vias internas e no próprio contorno. A integração com a Via Expressa ajuda a filtrar o trânsito pesado para longe das áreas residenciais.
O que foi dito pelas lideranças
O prefeito Robison Coelho classificou a obra como estratégica para uma região que cresce rápido e projeta a ligação até a divisa com Camboriú em etapa posterior. A presidência do Instituto Mais Itajaí ressaltou o passo dado com a ordem de serviço e o foco na conexão entre Jorge Lacerda e Antônio Heil. A equipe técnica citou a compatibilização com a Via Expressa para garantir fluidez ao trânsito local e de passagem.
Quanto tempo você pode economizar
Uma estimativa simples mostra o potencial. Se a nova via cortar 8 minutos por deslocamento em dias úteis, quem cruza o trecho duas vezes por dia soma cerca de 1 hora e 20 minutos por semana. Em um mês, passa de 5 horas. Isso libera tempo para trabalho, estudo ou descanso e reduz custos de combustível.
Dicas para se preparar
- Acompanhe o cronograma e os mapas do traçado quando forem divulgados.
- Ajuste rotas de rotina assim que os primeiros acessos ficarem prontos.
- Empresas de logística podem simular novos tempos de ciclo para frotas.
- Moradores próximos devem consultar as audiências públicas para entender acessos e ruído.
O que esperar da integração regional
Itajaí concentra atividades portuárias, serviços e indústria. Balneário Camboriú e Camboriú agregam turismo, construção civil e polos residenciais. Um contorno que dialogue com esses vetores reduz tensões do crescimento e dá previsibilidade a investimentos. A coordenação com rotas de ônibus e futuros corredores também ajuda a segmentar a demanda, mantendo a via eficiente por mais tempo.
Próximas decisões que podem mudar o projeto
Detalhes como número de faixas, tipo de interseções e controle de acessos definem o desempenho final. Entradas excessivas geram conflitos e aumentam acidentes. Interseções em nível podem ser mais baratas, mas perdem fluidez. Definir padrões de ciclovia e calçada desde o início evita obras remendadas depois.
O contorno avança com um modelo de cooperação entre poder público e setor privado. Se os prazos forem cumpridos e a execução mantiver qualidade, a nova via pode se tornar um eixo de competitividade para moradores, motoristas e empresas do Vale do Itajaí. Para o usuário, a mudança virá em minutos poupados, trajetos mais previsíveis e um trânsito menos estressante.


