Você liga o carro e quase não ouve nada. O silêncio e a tecnologia falam mais alto antes do glamour da estrela.
A novidade mexe com o bolso e com a curiosidade. Um SUV plug-in que promete números ousados e mimos de segmento premium.
Por que o carro de Bruna virou assunto
Bruna Marquezine assumiu o posto de embaixadora da Omoda & Jaecoo no Brasil. Ela marcou presença no lançamento do Omoda 5 HEV e do Omoda 7 PHEV, em evento realizado no dia 29. Segundo coluna de Matheus Baldi, na ISTOÉ, o contrato rende R$ 10 milhões. A atriz afirma ter um Omoda 7 SHS-P, versão híbrida plug-in com preço a partir de R$ 254.990.
Teste da revista MOTOR SHOW apontou autonomia total de até 1.422 km e médias próximas de 40 km/l.
Desempenho e eficiência
Trem de força híbrido plug-in
O Omoda 7 SHS-P combina um 1.5 turbo a gasolina com um motor elétrico. O 1.5 rende 135 cv. O elétrico entrega 204 cv. Em conjunto, a potência chega a 279 cv, com 37,2 kgfm. A transmissão do tipo DHT gerencia os modos e prioriza fluidez. A cabine fica silenciosa em baixa carga. As retomadas ocorrem com folga para uso urbano e rodoviário.
Autonomia elétrica e recarga
A bateria tem 18,4 kWh de capacidade. O alcance puramente elétrico chega a 60 km, ideal para trajetos diários curtos. Em ponto de carga residencial de 7,4 kW, a recarga completa leva cerca de 2,5 a 3 horas. Em 3,7 kW, o tempo gira em torno de 5 a 6 horas. O sistema alterna entre elétrico, híbrido e regeneração de energia, conforme o trânsito e o nível da bateria.
Com a bateria cheia e o tanque abastecido, o SUV entrega longas viagens sem ansiedade de autonomia.
| Especificação | Omoda 7 PHEV (SHS-P) |
|---|---|
| Potência combinada | 279 cv |
| Torque combinado | 37,2 kgfm |
| Bateria | 18,4 kWh |
| Alcance elétrico | 60 km |
| Autonomia total (teste) | até 1.422 km |
| Preço inicial | R$ 254.990 |
Cabine e tecnologias
Comandos e telas
O painel adota visual minimalista. Quase tudo fica na tela central 2.5K de 15,6 polegadas. Até o ajuste dos retrovisores exige acesso ao menu. O quadro de instrumentos prioriza informações limpas. O pacote ADAS 2.5 reúne 19 assistências, com câmeras que identificam o tipo de veículo ao lado. O conjunto inclui oito airbags, a depender da versão.
Conforto, fragrâncias e som
O modelo oferece sistema de fragrâncias recarregável com três essências e níveis de intensidade. Os bancos dianteiros e traseiros podem receber aquecimento. O do passageiro traz massagem e função relax. O volante também pode ser aquecido. O acabamento usa materiais macios ao toque e vários porta-objetos. Há carregador por indução com resfriamento, além de portas USB e USB-C. Na versão superior, o som assinado pela Sony usa 12 alto-falantes e 390 W.
Design
A frente traz grade sem moldura com elementos perfurados e o nome da marca destacado no “bico” do capô. As maçanetas ficam embutidas nas portas. As rodas podem ser de 19 ou 20 polegadas, com pinças de apelo esportivo. A traseira aposta em perfil cupê e lanternas unidas com desenho em raios. Entre as cores de carroceria, aparecem Branco Arctic, Prata Crest, Preto Andromeda e Cinza Theron.
Versões e itens de série
Luxury
- Rodas de 19 polegadas
- Faróis full-LED com função de boas-vindas
- Sensor crepuscular e lanternas em LED
- Espelhos com aquecimento, rebatimento e memória
- Teto solar e porta-malas elétrico
- Bancos dianteiros elétricos e ventilados, com memória para o motorista
- Tela multimídia 2.5K de 15,6 polegadas
- Carregador por indução com resfriamento
- Ar-condicionado dual zone
- Sete airbags
- Câmeras com visão até 540º
- Monitoramento de pressão dos pneus (TPMS)
- Pacote ADAS 2.5 de assistência
Prestige
- Rodas de 20 polegadas
- Apoio lombar no banco do motorista
- Aquecimento nos bancos dianteiros e traseiros
- Banco do passageiro com massagem e função relax
- Volante aquecido
- Sistema de som Sony com 12 alto-falantes e 390 W
- Airbag central dianteiro adicional
- Sistema de fragrâncias integrado
Quanto você gasta para rodar
O modo elétrico cobre a rotina de muitos deslocamentos urbanos. Considere uma tarifa residencial hipotética de R$ 1,00/kWh. Para encher os 18,4 kWh e rodar até 60 km, o custo fica por volta de R$ 18,40. Isso dá cerca de R$ 0,31 por km usando apenas eletricidade. Já no uso híbrido, o teste citado mostrou médias próximas de 40 km/l. Com gasolina a R$ 6,00/l, o custo teórico seria em torno de R$ 0,15 por km. Os valores variam conforme trânsito, relevo, peso a bordo e preço local de energia e combustível.
Para economizar de verdade, recarregue em casa com frequência e use o modo elétrico nos trajetos curtos.
Onde o PHEV faz mais sentido
Quem roda até 50 ou 60 km por dia e dorme com o carro na garagem aproveita melhor o híbrido plug-in. O SUV roda em silêncio no bairro, não emite na saída de casa e mantém consumo baixo. Em viagens, o motor a combustão sustenta a autonomia longa sem depender de eletropostos. Quem não pretende carregar com regularidade perde parte do benefício, porque o peso das baterias encarece o consumo quando a carga acaba.
Pontos de atenção úteis ao comprar
- Verifique a disponibilidade de assistência técnica e peças na sua região.
- Considere instalar um carregador de 7,4 kW para recargas rápidas no dia a dia.
- Confirme a cobertura do seguro para componentes de alta tensão.
- Avalie o perfil de uso: trajeto curto favorece o modo elétrico e o bolso.
- Teste os comandos na tela. O layout minimalista agrada, mas exige adaptação.
Informações que ampliam sua decisão
HEV e PHEV não são iguais. O HEV (híbrido convencional) não recarrega na tomada e usa a bateria apenas como apoio. O PHEV carrega na rede elétrica, roda quilômetros sem gastar gasolina e pode reduzir emissões locais de maneira palpável. Omoda 7, por ficha técnica e porte, mira rivais como Haval H6 e BYD Song, que seguem a mesma receita de combinar desempenho, conectividade e condução assistida.
Uma simulação de uso ajuda. Se você alterna trabalho e academia em um raio de 30 km por dia, dá para passar a semana quase só no elétrico. Reabasteça no fim de semana e viaje. Use o navegador para programar recargas rápidas no destino. A estratégia reduz desgaste de freio, já que a regeneração segura o carro em descidas leves, e pode alongar intervalos entre abastecimentos quando a agenda aperta.


