Uma comédia espanhola tomou o topo do Prime Video em 2025 e mexeu com fãs de ação, humor e política.
Su Majestad, de Borja Cobeaga e Diego San José, virou conversa dominante e deixou Reacher para trás nas paradas. Agora, a plataforma confirmou a 2ª temporada, mantendo o elenco principal e sinalizando novos rostos no caminho.
A virada que tirou Reacher do topo
Reacher vem de um ciclo vitorioso no Prime Video e consolidou público fiel. Mesmo assim, a estreia de Su Majestad em 27 de fevereiro de 2025 alterou a disputa. A sátira palaciana cresceu rápido no boca a boca, driblou a zona de conforto do catálogo e encontrou um público que buscava humor com timing político.
A série combina ritmo de comédia com o suspense leve das manobras de bastidores. Esse equilíbrio atraiu quem já curtia tramas de poder e também quem só queria riso curto e situações constrangedoras de gente muito poderosa tentando parecer “gente como a gente”.
Su Majestad liderou a audiência do Prime Video em 2025 e garantiu a renovação para a 2ª temporada.
Renovação confirmada e quem volta
O Prime Video renovou oficialmente Su Majestad para a 2ª temporada. Anna Castillo retorna no papel de Pilar, a nova rainha da Espanha, e Ernesto Alterio volta como Guillermo, chefe da Casa Real. A produção avisou que novas incorporações ao elenco serão anunciadas mais adiante. Lucía Díez também integra o elenco da série.
- Status: renovada para a 2ª temporada
- Onde assistir: 1ª temporada completa no Prime Video
- Criação: Borja Cobeaga (Vamos Juan) e Diego San José (Celeste)
- Direção: Borja Cobeaga
- Produtoras: 100 Balas (The Mediapro Studio) e Sayaka Producciones
- Produção executiva: Laura Fdez. Espeso, Alejandro Flórez, Javier Méndez e Diego San José
- Elenco: Anna Castillo, Ernesto Alterio, Lucía Díez
- Data de estreia da 1ª temporada: 27 de fevereiro de 2025
Anna Castillo e Ernesto Alterio continuam como os pilares dramáticos e cômicos do novo ciclo.
Do que trata a série
Pilar assume o trono com uma missão: recuperar a imagem de uma monarquia desgastada e distante. O fardo vem com ruídos. A população está dividida e a rejeição herdada do rei anterior pesa sobre cada aparição. A rainha aposta em proximidade, transparência e humildade como marca de seu reinado, em contraste com o estilo do pai.
Essa guinada fricciona com Guillermo, braço técnico e político da Casa Real. Ele vive a tensão entre protocolos, pressões e opinião pública. No meio do tabuleiro, surge Amanda, amiga recente de Pilar e antiga amante do rei anterior. A relação abre portas e cicatrizes, revelando como a intimidade se mistura ao cálculo de poder.
Ao tentar reformar a monarquia por dentro, Pilar percebe que gestos simbólicos têm consequências e que a vontade de modernizar esbarra em rituais, lealdades antigas e um país que não fala em uníssono. A série tira humor de gafes públicas, notas frias da imprensa e reuniões em que ninguém quer dizer a verdade em voz alta.
Temas que devem crescer na 2ª temporada
A renovação abre espaço para aprofundar conflitos e colocar a coroa sob um escrutínio ainda mais intenso. A série deve intensificar:
- Choques entre imagem pública e funcionamento interno da instituição
- Limites do “reinado próximo”: até onde a simpatia resolve crises reais
- Novas alianças no entorno da Casa Real e seus custos
- O papel de Guillermo diante de mudanças que o desautorizam
- Repercussões da amizade com Amanda e suas zonas de risco
Quem está por trás do projeto
O segundo ano mantém a combinação criativa que funcionou. A 100 Balas, do The Mediapro Studio, e a Sayaka Producciones seguem no comando da produção. Borja Cobeaga continua na direção, garantindo coerência de tom e ritmo. Laura Fdez. Espeso, Alejandro Flórez, Javier Méndez e Diego San José assumem novamente a produção executiva, o que tende a preservar a assinatura de sátira afiada com cenas curtas e diálogos que fazem o espectador rir e ranger os dentes.
O time criativo permanece, um sinal de continuidade na linguagem e na ousadia do humor.
Por que isso mexe com você que maratona séries
Su Majestad conversa com quem busca produções rápidas, com episódios que cabem no dia a dia, mas também com quem gosta de tramas de poder cheias de dilemas. O contraste com Reacher ajuda a explicar o sucesso: a comédia oferece válvula de escape em um catálogo dominado por ação, sem perder a tensão narrativa. Para quem gosta de ver tendência, a série reforça a força das comédias políticas locais em escala global.
Calendário, bastidores e expectativas
A 1ª temporada estreou em 27 de fevereiro de 2025. A 2ª ainda não tem data divulgada. Renovação confirmada significa roteiros em andamento e ajustes de elenco. Uma janela provável depende do cronograma de filmagens e da estratégia do Prime Video, que costuma guardar anúncios de data para fases mais adiantadas da produção.
A 1ª temporada já está completa no catálogo do Prime Video no Brasil.
Perguntas que a nova fase precisa responder
- Pilar consegue sustentar um “reinado próximo” sem perder autoridade?
- Guillermo aceita mudanças ou reorganiza o tabuleiro a seu favor?
- Até onde Amanda influencia decisões e crises?
- Quais novos personagens chegam para tensionar a Casa Real?
Dicas para quem vai começar agora
Vale observar como a série usa protocolos reais como ponto de partida para situações cômicas. A Casa Real, na ficção, funciona como uma máquina que precisa parecer perfeita em público e, ao mesmo tempo, resolve incêndios nos corredores. Preste atenção aos breves momentos de silêncio após cada gafe: ali a série revela quem tem poder, quem perde o controle e quem está só tentando salvar a própria imagem.
Quem curte acompanhar o subtexto político encontra debates sobre representatividade, comunicação oficial e uso das redes para moldar reputações. Quem prefere o humor direto vai se divertir com encontros constrangedores, coletivas complicadas e conselheiros que sempre chegam um minuto atrasados para evitar a responsabilidade.
Para ampliar o olhar
O retrato da monarquia como instituição ajuda a pensar em qualquer organização hierárquica: empresas, clubes, federações. Em todas, a promessa de modernização bate nos mesmos obstáculos — cultura interna, medo de perder espaço e ruído na comunicação. Uma forma de “simular” a leitura da série na prática é observar discursos oficiais nos noticiários e tentar identificar o que é gesto simbólico e o que é mudança estrutural. Esse exercício deixa Su Majestad ainda mais saborosa.
Para quem gosta de comparar gêneros, a combinação de sátira e drama político traz vantagens claras: personagens ficam tridimensionais, a comédia não anula o conflito e o risco dramático dá lastro às piadas. O inverso também vale: quando a pressão aumenta, o humor alivia a curva emocional e mantém o público preso à tela. É esse balanço que explica por que a série subiu ao topo e agora ganha fôlego para seguir adiante.


