Você comprou sabão 'Brilhante' em Inhumas? dono e 2 gerentes presos; veja 5 sinais de falsificação

Você comprou sabão ‘Brilhante’ em Inhumas? dono e 2 gerentes presos; veja 5 sinais de falsificação

Preços baixos demais e rótulos diferentes levantaram suspeitas e acenderam um debate sobre segurança nas prateleiras.

Uma denúncia levou fiscais a duas lojas de um supermercado em Inhumas, onde foram apreendidos itens de limpeza suspeitos e fora do prazo. Três responsáveis acabaram detidos, e as amostras seguiram para análise técnica.

Operação flagra esquema em duas unidades

Equipes de fiscalização partiram de uma queixa formal ao Procon municipal sobre possíveis irregularidades em sabão em pó de marca conhecida. Ao chegar às duas unidades do Supermercado Mais Você, agentes localizaram diversas embalagens com sinais visuais incompatíveis com o padrão do fabricante. Havia também itens vencidos expostos ao consumidor.

Durante a ação, um dos investigados tentou esconder mercadorias e alterar o cenário do flagrante, o que reforçou a suspeita de fraude. Dois gerentes e o proprietário foram levados à delegacia. As mercadorias foram recolhidas e lotes separados para perícia.

Três responsáveis do Supermercado Mais Você foram presos em flagrante em Inhumas por vender produtos de limpeza falsificados e itens vencidos.

As autoridades agora buscam a origem da distribuição para identificar outros envolvidos. O procedimento criminal pode caminhar em paralelo a processos administrativos, que incluem multas e interdições.

Como a suspeita surgiu

Consumidores relataram embalagens com tonalidade, acabamento e informações divergentes das originais. A checagem em prateleira revelou diferenças no rótulo e no lote, além de preços muito abaixo da média.

Amostras foram enviadas para perícia, e a cadeia de fornecimento entrou na mira da investigação.

Sinais que acenderam o alerta nos rótulos

  • Impressão borrada, cores opacas e fontes irregulares no rótulo.
  • Diferença na gramatura do plástico da embalagem e selos desalinhados.
  • Informações legais incompletas (CNPJ, lote, fabricação e validade mal posicionados ou ilegíveis).
  • Código de barras que não confere na leitura e QR Code que não direciona ao fabricante.
  • Preço muito inferior ao praticado no mercado para o mesmo produto e peso.
  • Cheiro e textura fora do padrão quando a embalagem é aberta.

O que muda para o consumidor

Quem comprou itens suspeitos tem direito à troca ou reembolso. Guarde a nota fiscal, fotografe o rótulo e, se possível, mantenha parte do conteúdo para análise. Registre queixa no Procon municipal e descreva o lote e a data da compra.

Produtos de limpeza não conformes podem causar alergias, irritação na pele e nas vias respiratórias. Alguns falsificados carregam agentes abrasivos em concentração irregular, capazes de danificar superfícies e máquinas de lavar. Em caso de reação, procure atendimento médico e relate o uso do produto.

Consequências para o estabelecimento

Além da apreensão das mercadorias, a loja pode responder por crime contra as relações de consumo (Lei 8.137/90, art. 7º), que prevê detenção de dois a cinco anos e multa para quem vende ou tem em depósito mercadoria falsificada ou imprópria ao consumo. Há também sanções administrativas, como multa e interdição de seções.

Como checar um produto antes de levar ao caixa

Campo do rótulo O que observar Quando desconfiar
Lote, fabricação, validade Números legíveis, alinhados e coerentes com o padrão do fabricante Dados borrados, desalinhados ou inconsistentes com outras embalagens
Identificação do fabricante CNPJ, endereço e SAC ativos Informações faltantes ou SAC que não atende
Selos e lacres Fechamento uniforme, sem cola excessiva Lacres reaproveitados ou cola aparente
Código de barras/QR Code Leitura que confere com o produto e o preço Código inválido ou que abre página genérica
Preço e peso Coerência com o mercado e com o peso líquido informado Oferta muito abaixo da média para marcas líderes

Linha do tempo da apuração

  • Denúncia chega ao Procon municipal sobre sabão em pó com indícios de falsificação.
  • Fiscais vistoriaram duas lojas do mesmo supermercado em Inhumas.
  • Foram achadas embalagens com sinais divergentes e produtos vencidos.
  • Um suspeito tentou esconder mercadorias durante a fiscalização.
  • Dois gerentes e o dono foram detidos em flagrante.
  • Produtos foram apreendidos; amostras seguiram para perícia técnica.
  • Investigações avançam para mapear a rota de distribuição.

O que fazer se você comprou o produto suspeito

Interrompa o uso imediato. Tire fotos da embalagem, do conteúdo e da nota fiscal. Volte ao estabelecimento e solicite a solução prevista no Código de Defesa do Consumidor: troca por item regular ou devolução do valor pago. Registre a ocorrência no Procon, informando EAN (código de barras), lote, e a loja em que comprou. Se houver reação adversa, procure atendimento médico e guarde o laudo.

Denuncie de forma efetiva

Relatos com fotos, vídeos e a nota fiscal aceleram a checagem. Lembre de informar data e horário da compra, número do caixa e nome do atendente, quando possível. Quanto mais detalhado o registro, mais rápida a resposta das autoridades.

Por que fraudes em saneantes se espalham

Golpistas visam marcas populares pela alta rotatividade e pela confiança do público. Em geral, o esquema mistura itens falsificados com lotes regulares, apostando na correria das compras. Distribuidores paralelos oferecem preços atrativos, e alguns varejistas assumem o risco para aumentar margem.

Para dificultar a fraude, fabricantes investem em mudanças frequentes de rótulo, códigos dinâmicos e canais de verificação por aplicativo. Mesmo assim, a inspeção na loja segue decisiva. Grandes compras do mesmo item por preço muito baixo costumam indicar risco de adulteração.

O que esperar das próximas etapas

Com a perícia, técnicos analisam composição química, rotulagem e autenticidade das embalagens. Se confirmada a falsificação, os laudos embasam o inquérito e o processo administrativo. A loja pode ser obrigada a comunicar clientes, reforçar controle de fornecedores e readequar procedimentos internos de compra e conferência.

Para o consumidor, a recomendação é diversificar canais de compra e preferir estabelecimentos com procedência conhecida e política clara de trocas. Ao notar anomalias, recorra imediatamente ao atendimento da loja e ao Procon municipal. A fiscalização responde com mais agilidade quando a comunidade participa e mantém registros bem documentados.

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