Um novo ponto de adrenalina e contemplação começa a tomar forma no Norte catarinense, cercado por mata, cachoeiras e clima de serra.
Campo Alegre avança com um projeto que promete mexer com os fins de semana de quem ama natureza e experiências diferentes. A cidade abriu caminho para instalar um mirante com piso de vidro, áreas de lazer e estrutura de apoio integrada a um parque público.
O que está em jogo
A operação consorciada Mirante Cascata Paraíso foi aprovada pela Câmara e sancionada pelo prefeito Rubens Blaszkowski. O acordo assegura área, regras e responsabilidades para transformar uma encosta em atração turística com perfil familiar e vocação fotográfica.
Parque público com mirante de vidro, lazer e infraestrutura turística ganha sinal verde em Campo Alegre.
Tamanho do parque e áreas previstas
O traçado total soma 76 mil metros quadrados. O plano reserva 63 mil metros quadrados para visitação e lazer, com trilhas, áreas de descanso e contemplação.
Outros 13 mil metros quadrados serão abertos para a via de acesso ao parque e ao loteamento residencial vizinho. A área é doada pela empresa Irineu Imóveis como contrapartida urbanística.
76 mil m² de área total. 63 mil m² voltados ao visitante. 13 mil m² para a nova via de acesso.
Acesso, mobilidade e serviços
O projeto básico lista obras de drenagem e asfaltamento para garantir circulação segura em dias de chuva. Estão previstos três estacionamentos somando 200 vagas para carros e vans, reduzindo filas em períodos de maior fluxo.
Um centro de apoio ao visitante deve oferecer sanitários, informações, espaço de acolhimento e operação de bilheteria, quando houver cobrança de serviços adicionais.
- Três áreas de estacionamento com 200 vagas ao todo
- Drenagem e pavimentação no entorno da atração
- Centro de apoio para serviços e informações
- Acesso integrado ao loteamento e à via pública
Prazos e orçamento
A licitação das obras está programada para o segundo semestre de 2026. A etapa define empresas executoras e cronograma detalhado dos serviços.
Para o mirante, há previsão de R$ 5 milhões do Ministério do Turismo, valor articulado pelo ex-deputado Darci de Matos. O repasse viabiliza a estrutura de vidro, item mais custoso do pacote.
R$ 5 milhões reservados para o mirante de vidro. Licitação prevista a partir do segundo semestre de 2026.
Por que isso mexe com você
Quem viaja com filhos quer atrativos seguros, fotogênicos e fáceis de acessar. O parque atende essa demanda ao concentrar lazer, paisagem e estacionamento organizado em um único lugar.
Para quem busca emoção, a passarela de vidro oferece perspectiva rara do vale, sem trilhas técnicas. Para o comércio local, o fluxo de visitantes tende a estimular restaurantes, cafés, pousadas e serviços de receptivo.
Atrativos desse tipo costumam alavancar empregos diretos e temporários, da obra à operação. O efeito se espalha por toda a cadeia turística regional.
Como será a experiência do mirante
Mirantes com piso de vidro exigem controle de lotação, filas organizadas e orientações claras de segurança. Em muitos casos, a operação adota sapatilhas protetoras para preservar o vidro e reduzir escorregões.
Visitantes geralmente encontram guarda-corpos altos, sinalização fotográfica e pontos de descanso para quem prefere apreciar a vista sem encarar a borda transparente. A expectativa é replicar boas práticas já consolidadas no país.
Referências de outras passarelas de vidro
Experiências semelhantes no Brasil, como a estrutura de vidro em Canela (RS), mostram que ingressos com horário marcado, rotas de circulação e equipes treinadas reduzem filas e melhoram a satisfação.
Campanhas de educação ambiental também funcionam para controlar lixo e desgaste de trilhas. O aprendizado acumulado pode acelerar a curva de acerto em Campo Alegre.
Segurança, engenharia e ambiente
Passarelas de vidro usam painéis laminados e temperados, com múltiplas camadas e cálculo estrutural específico. O projeto precisa seguir normas técnicas brasileiras, ensaios de carga e planos de manutenção periódica.
Do lado ambiental, o desenho de drenagem evita erosão. Trilhas delimitadas, passarelas elevadas e paisagismo nativo ajudam a reduzir pisoteio e compactação do solo. Programas de monitoramento de fauna e flora permitem ajustes de manejo ao longo do tempo.
O que ainda precisa acontecer
Antes das máquinas, o caminho passa por projetos executivos, licenças, licitação e contrato. O município deverá detalhar o escopo, publicar editais e acompanhar a execução por etapas.
A transparência no cronograma, com marcos públicos de entrega, facilita a vida do trade e do morador que deseja planejar investimento e tempo de visita.
| Indicador | Valor |
|---|---|
| Área total do parque | 76.000 m² |
| Área para visitação e lazer | 63.000 m² |
| Área para via de acesso | 13.000 m² |
| Estacionamentos | 3 áreas | 200 vagas |
| Recursos para o mirante | R$ 5 milhões (Ministério do Turismo) |
| Previsão de licitação | 2º semestre de 2026 |
| Cidade | Campo Alegre (Norte de Santa Catarina) |
Dicas práticas para o seu roteiro
Programe a visita com antecedência em alta temporada. Em dias de neblina, as vistas mudam rápido; aplicativos de clima ajudam a evitar frustração.
Leve casaco leve, mesmo no verão. Zonas de altitude na região registram variação brusca de temperatura ao entardecer.
Para famílias, vale prever tempo extra para fotos e pequenas caminhadas. Para fotógrafos, filtros polarizadores valorizam a vegetação e o vidro.
Impactos locais e oportunidades
O novo parque tende a criar um circuito de passeios no Norte catarinense, combinando cachoeiras, gastronomia de serra e cicloturismo. Operadores podem ofertar roteiros de meio dia com paradas estratégicas em produtores rurais e cafés.
Para o morador, há chance de capacitação como guia, reforço no artesanato e integração com eventos sazonais. Pequenos negócios devem se preparar para meios de pagamento digitais, cardápios enxutos e horários estendidos aos fins de semana.
Custos, acessibilidade e riscos a observar
Mesmo com acesso público ao parque, atrações de alto custo de manutenção podem adotar cobrança por serviços específicos. Planeje um orçamento básico por pessoa e considere despesas com alimentação e estacionamento, quando aplicável.
Pessoas com vertigem podem preferir áreas de contemplação não envidraçadas. Sinalização tátil, rampas e vagas reservadas devem constar no projeto para garantir inclusão.
Quando a obra sair do papel, a experiência precisa ser bonita, segura e viável para todas as idades.


