Entre mar, história e rotina portuária, a cidade pede novos espaços de encontro. Um desenho urbano promete mexer com agendas e rotas.
São Francisco do Sul, a cidade mais antiga de Santa Catarina, avança nos bastidores para criar uma Praça de Turismo Multifuncional. O plano, cadastrado no Ministério do Turismo com previsão de R$ 4,5 milhões, passa por ajustes técnicos. A prefeitura trabalha com a versão revisada do anteprojeto, elaborada pela Amunesc, que deve ficar pronta até dezembro.
O que está no papel
O projeto propõe um novo polo de convivência, eventos e práticas esportivas. A prefeitura mira um equipamento versátil, capaz de acolher apresentações, feiras, festivais e modalidades associadas ao turismo desportivo. A ideia nasce para distribuir atividades hoje concentradas no Centro Histórico e atrair públicos diferentes durante o ano.
Investimento previsto: R$ 4,5 milhões. A revisão técnica segue até dezembro, com nova apresentação ao Ministério do Turismo e ao município.
Depois da revisão, a Amunesc assume a finalização do projeto executivo e do orçamento detalhado. Esses dois documentos seguem para a Caixa Econômica Federal. Com o aval do banco, a prefeitura pode abrir licitação e tirar a obra do papel.
- Ajustes técnicos do anteprojeto: em curso, com término estimado para dezembro.
- Validação do Ministério do Turismo e do município: etapa seguinte à revisão.
- Projeto executivo e orçamento detalhado: responsabilidade da Amunesc.
- Análise da Caixa Econômica Federal: condiciona a abertura da licitação.
- Licitação: define a empresa que executará as obras.
Como a praça muda a vida de quem mora e visita
Um espaço multifuncional pode reequilibrar fluxos e ampliar ofertas culturais e esportivas. O palco proposto abre espaço para shows com produção simples e festivais temáticos. As áreas livres comportam feiras de artesanato, gastronomia e agricultura familiar. Estruturas voltadas ao esporte favorecem corridas, caminhadas, atividades de praia, clínicas esportivas e circuitos para famílias.
Calendário mais robusto dilui a sazonalidade, incentiva pequenos negócios e dá novas opções de lazer a moradores e turistas.
Para o visitante, a praça cria um ponto claro de encontro. Para quem mora, o equipamento vira referência de atividades gratuitas ou de baixo custo. A rede de alimentação e serviços no entorno tende a sentir o impacto direto, com aumento de demanda em dias de evento.
Infraestrutura pensada para eventos
O anteprojeto prevê áreas de integração social e um palco permanente. O projeto executivo deve detalhar itens como acessibilidade, iluminação cênica e técnica, pontos de energia, sombreamento, sanitários, paisagismo, drenagem, bicicletários e sinalização. Esses elementos reduzem custo operacional de cada evento e aumentam a segurança.
Cronograma e o que falta aprovar
A proposta ainda está no Ministério do Turismo. A validação federal abre caminho para a etapa bancária. A Caixa verifica a aderência técnica, os valores e a documentação. Só depois vem a licitação. Cada fase tem prazos próprios e depende da qualidade dos documentos e do volume de demandas em análise.
Quem paga a conta
O investimento previsto soma R$ 4,5 milhões. A modelagem financeira costuma combinar repasses federais e contrapartida municipal, definida em convênio. O orçamento detalhado vai balizar a licitação, evitar aditivos mal planejados e garantir que a praça entregue as funções prometidas.
| Fase | O que acontece | Responsável | Situação |
|---|---|---|---|
| Revisão do anteprojeto | Ajustes técnicos solicitados | Amunesc | Em andamento até dezembro |
| Apresentação para validação | Nova submissão ao município e ao Ministério do Turismo | Amunesc e prefeitura | Pendente |
| Projeto executivo e orçamento | Detalhamento técnico e financeiro | Amunesc | Pendente |
| Análise da Caixa | Conformidade técnica e financeira | Caixa Econômica Federal | Pendente |
| Licitação | Escolha da empresa executora | Prefeitura | Pendente |
Oportunidades e riscos do projeto
O novo equipamento pode expandir a economia criativa e o turismo de eventos, áreas que geram renda rápida e pulverizada. Produtores locais, artistas, guias, ambulantes e operadores de esportes têm espaço para faturar com uma agenda consistente.
O principal risco está na tramitação lenta. Revisões incompletas atrasam a análise, encarecem a obra e postergam o uso da praça. Outra ameaça recai sobre licitações desertas em cenários de custos voláteis. Boas práticas reduzem essas chances: estimativas atualizadas, projetos compatibilizados, diálogo com o mercado e lotes bem dimensionados.
O que você, morador ou turista, pode esperar
Com a praça, a cidade ganha um ponto versátil para atividades ao ar livre e formatos de baixo custo. Famílias podem acompanhar shows de pequeno porte. Jovens encontram estruturas para modalidades esportivas. Visitantes têm um endereço claro para programações de fim de semana.
Quem vive e trabalha em São Francisco do Sul pode acompanhar audiências públicas, sugerir usos e apontar demandas do bairro. Essas contribuições costumam ajustar o projeto a necessidades reais, como mais sombra, travessias seguras, parklets ou rotas de bicicleta.
Mais contexto para entender o trâmite
Projeto executivo: é o conjunto de plantas, memoriais e especificações que dizem exatamente o que será construído, com medidas, materiais e métodos. Orçamento detalhado: traz quantidades e valores, item por item, para permitir comparações justas na licitação. Licitação: processo que escolhe a empresa com base em critérios técnicos e de preço, sob regras de transparência e controle.
Para quem planeja eventos, a praça pode funcionar como âncora para roteiros integrados com o Centro Histórico e com a orla, combinando feira gastronômica, apresentações regionais e práticas esportivas. Em épocas de menor movimento, a programação esportiva e educativa ajuda a manter o fluxo, com clínicas, corridas de curta distância, oficinas de dança e festivais escolares.
Uma praça multifuncional eficiente conecta cultura, esporte e economia local, reduz deslocamentos e aumenta a sensação de pertencimento.
Empreendedores podem se preparar com cardápios flexíveis para feiras, locação de equipamentos leves, serviços de apoio a eventos e parcerias com produtores locais. Quem atua no esporte pode montar calendários de treinos e circuitos amadores. A prefeitura, por sua vez, ganha uma ferramenta para descentralizar agendas e reduzir pressão sobre áreas históricas sensíveis.


