ZAMP troca comando de Burger King e Subway: o que muda para você e 2 sinais para 2025 no seu bolso

ZAMP troca comando de Burger King e Subway: o que muda para você e 2 sinais para 2025 no seu bolso

Mudanças no alto escalão de redes de fast-food reacendem debates sobre preços, experiência nas lojas e ganhos para franqueados e clientes.

A ZAMP, operadora de Burger King e Subway no Brasil, cravou dois movimentos de peso: Gabriel Guimarães passa a liderar o Burger King, e Ricardo Camiz assume o comando do Subway. As trocas sinalizam um novo ciclo de gestão focado em execução nas lojas, finanças mais apertadas e disputa por preferência do consumidor em um setor que exigirá eficiência e velocidade.

Quem são os novos presidentes

Gabriel Guimarães atuava como presidente interino do Burger King e acumulava o cargo de CFO da ZAMP. Com 11 anos de casa, ele já conduziu a estratégia comercial do BK e, nos últimos seis anos, comandou a área financeira. Formado em administração pela UFMG, levou experiências anteriores na Ambev e na Monster Energy para a rotina da companhia.

Ricardo Camiz chega ao Subway após construir carreira de mais de duas décadas na Ambev. Ele ocupou a posição de country manager em mercados da América Central e Caribe, como Guatemala, Porto Rico e Costa Rica. Carrega repertório de execução comercial e de gestão de times em operações multiculturais, algo valioso para redes com forte capilaridade e base de franquias expressiva.

Gabriel Guimarães assume o Burger King; Ricardo Camiz lidera o Subway. A ZAMP inaugura um ciclo com foco em rentabilidade e qualidade da experiência.

Por que a ZAMP mexe agora

A operadora acelera ajustes em marcas que exigem respostas rápidas a inflação de custos, competição por preço e mudanças nos hábitos de consumo. A combinação de um líder com visão financeira no BK e de um executivo forjado em execução comercial no Subway aponta para uma agenda de disciplina e crescimento com retorno.

O recado da cúpula

Segundo a direção da ZAMP, Guimarães traz consistência e leitura de negócio para consolidar o Burger King. Camiz chega com visão estratégica para acelerar o Subway com qualidade e foco em margem. O time executivo ganha lastro para decisões mais duras na operação, do cardápio ao capex.

Prioridades públicas: elevar a experiência, proteger margens e crescer sem abrir mão da qualidade nas lojas.

O que esperar do Burger King sob Gabriel Guimarães

O histórico do novo presidente sugere pragmatismo. Quem opera caixa e P&L tende a atacar gargalos de produtividade e calibrar promoções com o olhar no retorno. Consumidores e franqueados podem ver movimentos em três frentes.

  • Cardápio e preço: combos mais racionais, ofertas calibradas por praça e horários para reduzir ruptura e desperdício.
  • Operação de loja: simplificação de processos, metas de tempo de atendimento e reforço de qualidade no pico.
  • Digital e fidelidade: campanhas segmentadas por ticket e frequência, com ajustes finos no aplicativo para elevar recorrência.

O BK pode intensificar iniciativas de “barbell pricing” (mix de ofertas de entrada e itens premium), estratégia que melhora tráfego sem corroer margem média quando bem executada. A revisão do sortimento por loja também tende a ganhar força, com foco em giro e complexidade operacional.

Como Ricardo Camiz pode acelerar o Subway

O Subway depende de padronização, velocidade e abastecimento sem falhas. A experiência de Camiz em mercados variados indica atenção à execução e à disciplina comercial, três alavancas possíveis:

  • Padronização de montagem: treinamento e checklists que reduzam variação entre lojas e fortaleçam a promessa de produto.
  • Parcerias de suprimentos: renegociação de contratos e ganhos logísticos para estabilizar custos de insumos-chave.
  • Lojas rentáveis: critérios mais firmes para abertura, conversão e reforma, mirando produtividade por metro quadrado.

Há espaço para retomar relevância no almoço corporativo e no delivery de baixa fricção. Campanhas simples, com comunicação clara de preço final e porção, tendem a responder mais rápido do que grandes reinvenções de cardápio.

Quem ganha e quem precisa ajustar a rota

Marca Novo presidente Experiência-chave Sinais de prioridade
Burger King Gabriel Guimarães Finanças, estratégia comercial, 11 anos na ZAMP Eficiência operacional, promoções rentáveis, fidelidade digital
Subway Ricardo Camiz Execução comercial, liderança regional na Ambev Padronização, rentabilidade de franquias, abastecimento

Para franqueados

Planos mais rígidos de performance devem orientar negociações de abertura e de reformas. Manuais operacionais atualizados e metas de NPS e de tempo de atendimento podem entrar no centro da conversa. O acesso a melhores condições de compra depende de volume e compliance às rotinas de loja.

Para clientes

Os consumidores tendem a ver campanhas com preços claros, combos ajustados ao bolso e aplicativos com metas de cashback mais transparentes. Lojas que entregam padrão consistente ganham prioridade em investimentos e equipes.

Você pode perceber cardápios mais objetivos, filas menores e benefícios digitais com regras simples e mensuráveis.

Como a ZAMP deve orquestrar o portfólio

A companhia também detém Popeyes e Starbucks no Brasil. Esse portfólio permite sinergias em compras, logística e tecnologia. Uma liderança afinada pode distribuir capital conforme o retorno por formato e praça, reduzindo dispersão de projetos e priorizando iniciativas com payback mais curto.

Três métricas para acompanhar em 2025

  • Tráfego e ticket médio por canal: salão, delivery e viagem.
  • Tempo de atendimento e taxa de reclamação por loja.
  • Rentabilidade do franqueado e retorno de reformas no primeiro ano.

Riscos e pontos de atenção

Pressão de custos de proteína e pão pode friccionar margens. Guerras de preço no setor comprimem retornos se a execução falha. Ajustes de cardápio exigem cuidado para não reduzir percepção de valor. No Subway, qualquer ruído no abastecimento impacta a experiência. No BK, filas longas no pico derrubam satisfação e recorrência.

O que você pode esperar na prática

Se a estratégia andar, o BK tende a oferecer combos ancorados em clássicos com variação regional de preço. O Subway deve reduzir variações de montagem e reforçar linhas mais vendidas. Aplicativos mais leves, com promoções por jornada de consumo, podem substituir campanhas genéricas. Lojas ganharão metas visíveis para equipes e rotina de checagem de qualidade em horários críticos.

Como essa virada pode afetar seu bolso

Promoções previsíveis ajudam você a planejar o gasto no mês. Programas de fidelidade com acúmulo por frequência podem elevar o benefício médio por compra. Reformas e padronização tendem a reduzir erros de pedido e retrabalho, o que evita desperdício de tempo e de dinheiro para quem usa delivery.

Informações adicionais para ampliar a análise

Termo a acompanhar: “mix de canal”. Se o delivery crescer acima da média, as marcas precisam proteger margem com taxas, embalagem e composição de combo. Se o salão voltar a ganhar relevância, a experiência no ponto de venda vira o motor do NPS.

Exemplo prático: simule sua própria economia. Se você gasta duas vezes por semana em fast-food, um programa de pontos que retorna 5% em crédito pode financiar uma ou duas refeições no mês. Para franqueados, uma melhoria de 30 segundos por pedido no pico libera capacidade e pode aumentar vendas sem ampliar quadro de funcionários.

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