Morador do Norte do Paraná, pronto para 16 meses na BR-369: o que muda no Viaduto da Esperança

Morador do Norte do Paraná, pronto para 16 meses na BR-369: o que muda no Viaduto da Esperança

Quem passa por Cambé conhece os semáforos, as filas e a tensão de dividir pista com caminhões na BR-369.

A publicação do edital para o complexo Viaduto/Trincheira da Esperança abre uma fase decisiva para reorganizar a travessia urbana de Cambé e reduzir conflitos entre tráfego local e de longa distância.

O que muda na BR-369 em Cambé

O Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná lançou a licitação para um conjunto de intervenções no km 161 da BR-369, em Cambé. O projeto prevê rebaixar a pista central da rodovia e construir passagens superiores conectando a Rua da Esperança, além de vias marginais. A solução separa fluxos e dá acesso seguro ao bairro e ao corredor federal.

O traçado rebaixado com marginais soma 1.260 metros e cria nova hierarquia viária, com menos cruzamentos e menos paradas.

Hoje, semáforos geram filas e aproximações de alto risco. Carros, motos e caminhões compartilham o mesmo espaço em manobras curtas. Com a trincheira e as passagens superiores, o motorista local acessa a Rua da Esperança por cima, e quem segue pela BR-369 mantém trajetória contínua no nível inferior.

Cronograma e próximos passos

O edital estabelece duas etapas integradas. Primeiro, a contratada elabora o projeto básico e o executivo. Em seguida, inicia as obras civis. O calendário é enxuto e encadeado.

Prazo do edital: 4 meses para projetos + 12 meses para execução, na modalidade de contratação integrada.

A sessão de disputa está marcada para 19 de fevereiro, no sistema oficial de compras do governo federal. O orçamento estimado permanece sigiloso para reduzir chutes de preço e estimular propostas tecnicamente consistentes.

Obra em números

Item Valor/Descrição
Local BR-369, km 161, Cambé (Norte do Paraná)
Extensão 1.260 metros (pista rebaixada + marginais)
Conexões Duas passagens superiores ligadas à Rua da Esperança
Prazo de projeto 4 meses
Prazo de obras 12 meses
Modalidade Contratação integrada (projeto + obra)
Data da sessão 19 de fevereiro
Orçamento Sigiloso

Segurança e fluidez para quem dirige e para quem caminha

A intervenção reordena o tráfego que hoje mistura deslocamentos de bairro com viagens intermunicipais e cargas pesadas. O efeito mais direto aparece na redução de pontos de conflito e na eliminação de cruzamentos semaforizados na rodovia principal.

  • Fluxo contínuo na BR-369, com menor variação de velocidade.
  • Acessos locais reorganizados, com passagens superiores para a Rua da Esperança.
  • Novas marginais para distribuir entradas e saídas sem interferir na pista central.
  • Sinalização horizontal e vertical atualizada, com dispositivos de segurança.
  • Muros de contenção com estacas atirantadas e novo sistema de drenagem.

A separação de fluxos reduz colisões transversais e traseiras, que costumam ocorrer em trechos com semáforo e tráfego pesado.

Para o pedestre e o ciclista, a previsibilidade aumenta com marginais e travessias delineadas. Quando o tráfego de longa distância flui por baixo, sobra espaço para organizar calçadas, passagens e retornos com menor exposição a veículos de alto porte.

Impactos durante a construção

A obra em canal rebaixado exige escavação, contenção e implantação de drenagem profunda. Desvios temporários e redução de velocidade vão acontecer. Interdições em horários alternados tendem a concentrar serviços pesados em janelas noturnas, conforme o planejamento executivo.

  • Faixas estreitadas e limites de velocidade menores no entorno do km 161.
  • Rotas de desvio sinalizadas para acesso aos bairros lindeiros.
  • Barreiras físicas para separar canteiro e tráfego em operação.
  • Fases de obra comunicadas com antecedência para comércio e moradores.

Quem depende da BR-369 pode programar prazos com folga nos meses mais críticos. Transportadores ganham com informação antecipada sobre janelas de maior restrição, evitando atrasos em cadeia.

Por que contratação integrada

Nessa modalidade, uma única empresa ou consórcio assume projeto e execução com metas de desempenho. O mesmo time que projeta constrói, o que reduz retrabalhos e acelera ajustes de engenharia.

O risco de compatibilização migra para a contratada, que responde por soluções técnicas e custos dentro do escopo licitado.

Para obras de arte especiais, como trincheiras e passagens superiores, essa estratégia costuma encurtar decisões. Detalhes de drenagem, contenção e fundações mudam conforme sondagens e interferências de rede. Com o contrato integrado, o ciclo de resposta fica mais curto.

O que o motorista vai notar primeiro

O usuário percebe mudanças em etapas. No início, canteiro, desvios e sinalização amarela. Depois, contenções laterais e escavação do canal central. Em seguida, surgem as estruturas das passagens superiores e o pavimento das marginais.

  • Menos paradas e arranques na rodovia principal.
  • Retornos mais claros e protegidos nas marginais.
  • Acesso dedicado à Rua da Esperança, sem conflito direto com carretas.

Como acompanhar e participar

O edital e seus anexos trazem diretrizes técnicas, prazos e regras da disputa. Empresas interessadas enviam pedidos de esclarecimento no sistema de compras dentro das janelas do cronograma. A sociedade pode acompanhar publicações oficiais, comunicados de obra e relatórios de avanço físico.

Informações úteis para o morador e para o comércio

Quem tem ponto comercial na faixa lindeira pode planejar entregas fora dos horários de pico de obra. Contratar serviços com flexibilidade de horário ajuda a reduzir impactos. Moradores que usam a BR-369 ao trabalho ou estudo podem testar rotas alternativas pelas marginais e vias coletoras, adaptando o trajeto conforme as fases.

Em dias de chuva intensa, frentes de drenagem podem alterar o calendário. A adoção de dispositivos provisórios de escoamento reduz poças e protege fundações. Esse cuidado técnico evita interrupções longas e preserva a qualidade do pavimento novo.

Risco, benefício e legado

A fase de obras carrega riscos típicos: poeira, ruído e lentidão pontual. Em troca, o corredor ganha fluidez, menor custo de frete por viagem e menos interrupções operacionais. O bairro se reconecta com passagens em nível superior, liberando travessias sem a pressão de tráfego pesado.

Quando o complexo entra em operação, a BR-369 volta a cumprir papel de corredor de passagem, e Cambé recupera a mobilidade local.

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