Óleo na Washington Luís derruba 4 motociclistas em Rio Preto: você encara 3 km de pista lisa?

Óleo na Washington Luís derruba 4 motociclistas em Rio Preto: você encara 3 km de pista lisa?

Chuva não caiu, mas a pista ficou traiçoeira. Motoristas se depararam com um trecho repentinamente lento, buzinas e motos no acostamento.

Quem saiu cedo para trabalhar em São José do Rio Preto levou um susto na SP-310. Um rastro de óleo transformou parte da Rodovia Washington Luís em sabão, derrubou motociclistas e travou o fluxo por quilômetros.

Trecho escorregadio e quedas

O derramamento ocorreu na manhã desta quinta-feira (6). O óleo se espalhou por um segmento da Washington Luís, criando uma película quase invisível. Quatro motociclistas perderam a aderência, escorregaram e caíram. Eles sofreram ferimentos leves, receberam atendimento e foram liberados.

Pelo menos quatro motociclistas caíram após deslizarem sobre a mancha de óleo na pista.

Relatos de quem passou pelo local apontam que o asfalto parecia “engordurado”. Em baixa velocidade, alguns condutores conseguiram manter o controle. Quem freou mais forte viu a roda dianteira travar e a moto deitar. A falta de aviso prévio e a aparência limpa do trecho enganaram muitos usuários.

Faixa interditada e lentidão de 3 km

A Artesp confirmou a interdição de uma faixa para atendimento à ocorrência e limpeza. A restrição provocou fila de cerca de três quilômetros. A orientação foi reduzir a velocidade e manter distância segura. Equipes da concessionária distribuíram pó de serra para absorver o óleo e sinalizaram o local.

Uma faixa ficou bloqueada e o congestionamento alcançou aproximadamente 3 km, segundo a Artesp.

Motorista da carreta não foi localizado

A carreta que teria derramado o óleo seguiu viagem e, até a publicação deste texto, o condutor não havia sido encontrado. A identificação pode ocorrer por câmeras, relatos de usuários e vistorias em postos. Quando um veículo deixa resíduos que colocam outros em risco, a legislação de trânsito prevê responsabilização e multa, além do dever de custear a limpeza e eventuais danos.

O motorista da carreta não foi encontrado; a concessionária espalhou pó de serra para conter o risco.

Como passar com segurança por uma mancha de óleo

  • Reduza a velocidade antes de alcançar a área afetada, sem frenagens bruscas.
  • Mantenha a moto reta, segure o guidão com firmeza e evite deitar em excesso.
  • Use marchas altas e aceleração suave para diminuir trancos na roda traseira.
  • Não use o freio dianteiro sobre o trecho escorregadio; privilegie o freio traseiro com leveza.
  • Se puder, mude de faixa gradualmente para escapar da linha de óleo.
  • Acione o atendimento da rodovia pelo telefone de emergência e alerte outros motoristas com o pisca-alerta fora do trecho contaminado.

Por que o óleo vira armadilha no asfalto

O pneu depende do atrito com o asfalto para tracionar, frear e manter a trajetória. O óleo cria uma camada fina, que reduz a capacidade de “morder” o piso. Em duas rodas, a estabilidade depende de uma faixa de contato ainda menor, o que amplifica o risco. Em curvas e frenagens, a chance de queda sobe. Se chover, a mistura de água e óleo espalha a contaminação e faz a pista parecer recém-encerada.

Condição na pista Como conduzir
Mancha fina e contínua Velocidade constante, sem frenagens; procure outra faixa com segurança.
Óleo em curva Entre mais devagar, mantenha a moto ereta e aumente o raio da curva.
Trecho com pó de serra Atrito melhora, mas ainda exige cautela; evite manobras bruscas.
Chuva recente sobre óleo Dobre a distância de segurança e reduza mais a velocidade.

Limpeza e reabertura: o que acontece na prática

Quando ocorre vazamento na rodovia, a equipe de operação delimita a área com cones, corta a faixa, aplica absorvente (pó de serra, areia ou composto específico) e remove o resíduo com varredeira. O serviço se repete até que a aderência volte a níveis seguros. Em trechos extensos, o trabalho pode levar horas e exigir apoio de guinchos e viaturas.

Segurança de quem atende

Os operadores trabalham expostos ao tráfego e a substâncias inflamáveis. Por isso o bloqueio de faixa é indispensável. A sinalização começa centenas de metros antes do ponto crítico para reduzir o risco de colisões traseiras.

Quem arca com os prejuízos

Se o responsável for identificado, pode ter de reembolsar a limpeza e responder por danos a terceiros. Vítimas de queda devem registrar boletim, fazer fotos do local, guardar gastos médicos e buscar laudo que comprove a relação com o acidente. A concessionária e a polícia podem fornecer informações sobre a ocorrência e o atendimento realizado.

Passo a passo para formalizar a ocorrência

  • Registre o boletim e anote número do protocolo da rodovia.
  • Fotografe a mancha, a sinalização e os danos na moto e nos equipamentos.
  • Guarde recibos de consultas, exames e peças de reposição.
  • Procure orientação jurídica para eventual pedido de ressarcimento.

Prevenção para caminhoneiros e frotas

Vazamentos costumam nascer de mangueiras ressecadas, conexões frouxas e tampas de reservatório mal vedadas. Inspeções rápidas antes de sair evitam ocorrência e prejuízo com guincho e multa.

  • Verifique mangueiras de combustível, hidráulico e freio; observe marcas de óleo no chassi.
  • Confirme aperto das tampas e drenos do tanque.
  • Leve kit absorvente e bandeja para contenção em paradas.
  • Percebendo vazamento, pare em local seguro e acione a concessionária imediatamente.

E se a chuva chegar nas próximas horas

Com água, o óleo se espalha, a pista fica ainda mais lisa e a frenagem perde eficiência. A recomendação é alongar o tempo de reação, acender os faróis, manter pneus bem calibrados e adotar velocidade compatível com a visibilidade reduzida. Em motos, jaqueta refletiva e luvas em bom estado ajudam na condução mais precisa.

Para quem depende diariamente da Washington Luís, vale programar saída com margem de tempo até a normalização do tráfego. Se houver necessidade de desviar, mantenha aplicativos de rota por voz, evitando olhar fixo no celular. Em condições de pista imprevisível, atenção constante e suavidade nos comandos fazem toda a diferença.

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