Bahia volta a emplacar dois na Seleção após 36 anos: você lembra de Bobô e Charles em 1989?

Bahia volta a emplacar dois na Seleção após 36 anos: você lembra de Bobô e Charles em 1989?

Torcedor tricolor acorda com uma mistura rara de orgulho e expectativa, enquanto nomes conhecidos ganham espaço em cenário nacional novamente.

A nova chamada de Luciano Juba, somada ao retorno recente de Jean Lucas à Seleção, recoloca o Bahia no mapa das grandes convocações. O clube volta a ver sua camisa circular em compromissos internacionais e reabre um capítulo que parecia esquecido desde o fim dos anos 1980.

Um marco que mexe com a torcida

A temporada de 2025 trouxe uma quebra simbólica. O Bahia voltou a ter mais de um jogador convocado pela Seleção Brasileira no mesmo ano, algo que não acontecia desde 1989. Naquele período, o clube surfava o prestígio do título nacional recente e alimentava a equipe canarinha com talentos como Zé Carlos, Bobô e Charles.

Depois de 36 anos, o Bahia volta a ver dois atletas servindo à Seleção no mesmo ano: Jean Lucas e Luciano Juba.

O movimento atual tem peso esportivo e emocional. No campo, aumenta o patamar de exigência. No sentimento, reacende memórias de uma era competitiva. Em 2025, a lista de chamados ganhou o acréscimo de Luciano Juba, lateral-esquerdo de origem atacante, elogiado por Carlo Ancelotti pelo “perfil técnico”. Antes dele, Jean Lucas já havia sido lembrado e jogado alguns minutos contra a Bolívia nas Eliminatórias para 2026.

Quem são os convocados e por que chegaram lá

Luciano Juba, 26 anos, tornou-se titular absoluto no lado esquerdo do Bahia. Chegou a Salvador no meio de 2023 após brilhar no Sport mais adiantado, como atacante. No Tricolor, consolidou-se na posição de origem, entregue como lateral com vocação ofensiva. Em 2025, soma oito assistências e quatro gols, números que pesam quando o assunto é amplitude, cruzamento e bola parada.

Juba se firmou como lateral no Bahia e soma 8 assistências e 4 gols em 2025, com influência direta na criação.

Jean Lucas, meio-campista, abriu a porta neste ciclo. Ganhou minutos contra a Bolívia e mostrou dinâmica para condução de bola e pressão pós-perda. O encaixe de funções ajuda a explicar os chamados: um lateral agressivo na construção de um lado; um meio-campista capaz de acelerar passes do outro.

Jogador Idade Posição Momento no Bahia Status na Seleção
Luciano Juba 26 Lateral-esquerdo 8 assistências e 4 gols em 2025 Convocado para amistosos
Jean Lucas Meio-campista Atuação constante no time titular Estreou contra a Bolívia

Calendário, jogos e impacto imediato

A Seleção tem dois compromissos em novembro diante de adversários africanos. O torcedor já pode marcar as datas.

  • Brasil x Senegal: 15/11 (sábado), às 13h (de Brasília)
  • Brasil x Tunísia: 18/11 (terça-feira), às 16h30 (de Brasília)

As partidas caem em Data Fifa e tendem a afetar treinamentos e planejamento do Bahia. A comissão técnica reorganiza sessões táticas, adapta cargas físicas e observa alternativas para o período sem os convocados. O clube também monitora minutagem, desgaste e deslocamentos, comuns em janelas internacionais.

Como o Bahia pode se ajustar

  • Treinos direcionados para modelos sem Juba, com lateral de características mais defensivas.
  • Atenção à bola parada, setor em que Juba costuma bater escanteios e faltas.
  • Rotina de recuperação rápida no retorno para reduzir risco de lesão.

Contexto histórico: a lista dos que vestiram a Amarelinha

Onze jogadores do Bahia já defenderam a Seleção ao longo das décadas. O recorte por ano mostra ondas de talento formadas no Fazendão e reveladas ao país.

  • 1957: Henrique, Zé Alves, Otoney, Wassil e Vicente Arenari
  • 1989: Zé Carlos, Bobô e Charles
  • 1991: Luís Henrique
  • 2025: Jean Lucas e Luciano Juba

O salto de 1989 para 2025 evidencia o quanto ciclos de competitividade influenciam convocações. O momento atual chega com o Bahia na quinta colocação da Série A, o que oferece vitrine e contexto para desempenhos de alto nível.

Como Ancelotti pode usar Juba

O elogio ao “perfil técnico” sinaliza um lateral-com-meia, capaz de dar passagem por dentro e por fora. Juba pode abrir o campo para o ponta do lado esquerdo, atacar a segunda trave em cruzamentos invertidos ou receber curto para acelerar combinações com o interior.

Juba no desenho atual da Seleção

  • Apoio por dentro para criar superioridade e liberar o meia central na entrelinha.
  • Cruzamentos de média altura para o centroavante, arma já vista no Bahia.
  • Bolas paradas ofensivas com curva fechada a partir do setor esquerdo.

A concorrência costuma ser dura na lateral-esquerda, com nomes estabelecidos no futebol europeu. A versatilidade de Juba dá opção diferente de perfil, já que alterna conduções curtas, passe em progressão e finalização de média distância.

Efeitos fora de campo: imagem, mercado e base

Convocações mudam a conversa sobre o elenco. Valorizam ativos, fortalecem negociações futuras e projetam a marca do clube. O Bahia, inserido em um projeto de gestão moderno, ganha tração institucional quando revela ou desenvolve atletas que passam pelo crivo da Seleção.

A base observa o topo. Quando a Seleção abre espaço a jogadores que viraram protagonistas em Salvador, a mensagem desce para os campos de formação: há caminho claro do CT até a vitrine internacional. Esse efeito ajuda a reter jovens, atrair famílias e acelerar ciclos de maturação técnica.

Para o torcedor: sinais para assistir nos amistosos

Assistir aos jogos com olhos de analista rende boas pistas sobre o futuro dos convocados no clube. Vale prestar atenção em:

  • Minutagem e função tática (lateral fixo, ala ou lateral por dentro).
  • Participação em bolas paradas ofensivas e defensivas.
  • Eficiência de cruzamentos e tomadas de decisão na entrada da área.
  • Sincronismo com o meia do lado e o zagueiro do setor.

Janelas de Seleção trazem visibilidade, aprendizado e risco de desgaste. Planejamento curto e suporte médico reduzem sustos no retorno.

Informações complementares que ajudam a entender o momento

Convocações em Data Fifa costumam exigir coordenação fina entre clubes e seleção. O Bahia envia relatórios físicos, limites de carga e histórico recente de treinos, recurso que ajuda a calibrar intensidade no período de treinos da equipe nacional. O retorno prevê avaliações, trabalho regenerativo e, se preciso, rodízio pontual na rodada seguinte.

Para quem gosta de comparar desempenhos, uma simulação simples ajuda: some assistências, participações em finalizações e ações defensivas que recuperam posse em zona alta. Esse tripé mostra como Juba impacta as duas fases do jogo. Se os números se mantiverem próximos aos do Bahia, a chance de continuidade nas listas cresce e a tendência de múltiplas convocações do clube ganha fôlego.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *