Mais opções para quem vive, trabalha ou viaja pelo Oeste do Paraná começam a ganhar forma no calendário de fim de ano.
A ligação aérea direta entre Foz do Iguaçu e Lima volta ao mapa em dezembro, reacendendo uma ponte turística e de negócios que ficou parada desde a pandemia. O anúncio surgiu durante a Peru Week Brasil e recoloca o estado no radar de conexões internacionais estratégicas, com efeitos práticos para famílias, mochileiros e executivos.
Por que a volta do voo importa
O voo Foz do Iguaçu–Lima facilita a vida de quem deseja combinar dois ícones do continente: Cataratas do Iguaçu e Machu Picchu. A rota também encurta deslocamentos para quem visita o corredor de fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Agências locais ganham novos pacotes combinados, hotéis ampliam a taxa de ocupação e o turismo de eventos passa a oferecer rotas mais eficientes para participantes estrangeiros.
O voo direto Foz do Iguaçu–Lima volta em dezembro e reabre uma porta internacional para o Oeste do Paraná.
O anúncio partiu do vice-governador do Paraná, Darci Piana, durante a campanha Peru Week Brasil. A leitura do governo é pragmática: quando um destino consagrado de natureza conversa com um patrimônio histórico de referência global, o viajante compara menos e decide mais rápido. Isso favorece o fluxo de visitantes e a renda no território.
Conexão com 70 destinos a partir de Lima
O Aeroporto Internacional Jorge Chávez, em Lima, funciona como um hub regional. A malha atual distribui voos para 70 destinos em 23 países. Quem parte de Foz ganha um ponto de conexão com acesso a capitais e cidades turísticas sem a necessidade de subir até o Sudeste brasileiro.
Lima opera como hub sul-americano: 70 destinos em 23 países, com conexões que atendem turismo e negócios.
Para o passageiro, isso significa itinerários mais lineares e menos pernoites entre conexões longas. Cidades como Cusco e Arequipa entram no radar com um único stop. Para viagens internacionais mais extensas, rotas para Santiago, Bogotá, Cidade do México, Miami, Los Angeles ou Madri costumam aparecer com boa compatibilidade de horários quando o ponto de saída já é Lima.
O que já opera hoje saindo de Curitiba
Curitiba mantém três voos semanais diretos para Lima. Somado ao retorno da rota em Foz do Iguaçu, o Paraná passa a contar com sete ligações aéreas internacionais regulares. No Oeste do estado, já existe também um voo direto para Santiago, no Chile, que atende tanto o lazer quanto o setor corporativo transfronteiriço.
Lisboa em 2026: TAP confirma estreia
A malha internacional terá um reforço adicional: a TAP Air Portugal inicia a rota inédita Curitiba–Lisboa em 2 de julho de 2026. A companhia programou três frequências semanais, às terças, quintas e sábados. As vendas começam em 11 de novembro deste ano, o que permite planejamento antecipado para alta temporada europeia e férias de meio de ano no Brasil.
Curitiba–Lisboa estreia em 2 de julho de 2026, com três voos por semana e bilhetes à venda a partir de 11 de novembro.
O que muda para o viajante
Quem parte de Foz do Iguaçu passa a encurtar o caminho para o Peru e, por tabela, para diversos hubs internacionais. Na prática, o itinerário fica mais previsível e com menos risco de atrasos causados por trocas de aeroporto ou múltiplas conexões domésticas.
- Tempo de voo estimado entre Foz e Lima: cerca de quatro horas, sujeito a ventos e rotas do dia.
- Documentação: brasileiros costumam entrar no Peru com passaporte válido; em viagens turísticas no âmbito do Mercosul, RG em bom estado pode ser aceito conforme regras vigentes.
- Bagagem e franquias variam por companhia e tarifa; vale checar antes da compra para evitar custos extras.
- Conexões desejadas por viajantes de lazer: Cusco (Machu Picchu), Arequipa, Ica, Trujillo e Mancora.
- Conexões úteis a negócios: Bogotá, Santiago, Cidade do México, Panamá e destinos nos Estados Unidos.
- Quem se beneficia: moradores da tríplice fronteira, operadores turísticos, hotéis, restaurantes e eventos corporativos.
Mapa das rotas internacionais do Paraná
Com o retorno do voo Foz–Lima e a operação já em curso de Curitiba para a capital peruana, o estado volta a ampliar sua oferta internacional. Veja um panorama simplificado das ligações citadas:
| Origem | Destino | Situação | Observações |
|---|---|---|---|
| Foz do Iguaçu | Lima | Retorno em dezembro | Conexões para 70 destinos em 23 países |
| Curitiba | Lima | Em operação | Três voos semanais |
| Foz do Iguaçu | Santiago | Em operação | Atende lazer e corporativo |
| Curitiba | Lisboa | Programado | Início em 2/7/2026; terças, quintas e sábados; vendas a partir de 11/11 |
| Curitiba | Buenos Aires, Assunção, Santiago, Montevidéu | Em operação | Rotas regulares no Afonso Pena |
Impacto regional: turismo, empregos e renda
O retorno da ponte com Lima tende a mexer com a curva de demanda no Oeste. Pacotes que combinam natureza, cultura e gastronomia ganham força. Restaurantes, guias, receptivos e transportadoras regionais já podem ajustar ofertas para receber quem chega pelo novo fluxo. O aeroporto de Foz também aumenta seu alcance, o que melhora a atratividade para novas ligações no futuro.
Para o poder público e o trade, o ganho vai além do lazer. Feiras setoriais, congressos médicos e encontros empresariais valorizam destinos com rotas diretas. Quanto mais simples a viagem, maior a adesão de participantes internacionais. Em cadeias produtivas que atravessam fronteiras — tecnologia, agronegócio, logística e energia — a conectividade aérea encurta processos de prospecção e fechamento de contratos.
Quando ir e como aproveitar melhor
Para Machu Picchu, a temporada seca entre maio e setembro costuma atrair quem busca trilhas com menor chance de chuva. Lima tem calendário gastronômico forte o ano todo, e setembro costuma ser interessante para festivais. Em Foz, a vazão das Cataratas varia e cria experiências diferentes: maior volume de água impressiona, menor vazão favorece trilhas e contemplação.
Com a rota restabelecida, vale planejar itinerários de conexão curta em Lima e, se possível, incluir uma noite para provar a cozinha local. Para reduzir contratempos, cheque vacina exigida pelo roteiro escolhido dentro do Peru, especialmente se incluir áreas amazônicas, e confirme as regras de bagagem de mão para voos regionais operados por diferentes companhias.
Dicas finais para organizar a viagem
Monte um roteiro de metas claras: qual é o objetivo — natureza, cultura, gastronomia ou negócios? Isso ajuda a escolher o melhor período e a ajustar conexões. No caso de Cusco, lembre-se da altitude; programe um dia de adaptação antes de trilhas exigentes. Para quem viaja com crianças ou idosos, priorize voos diurnos, selecione assentos contíguos com antecedência e mantenha documentos e seguros de viagem à mão.
Rota reativada, conexões amplas e datas definidas: o passageiro ganha previsibilidade para planejar 2025 e 2026 com mais opções.
