Um movimento silencioso tomou conta do pagode: palcos maiores, público diverso e repertórios que revisitam memórias sem perder frescor.
Em 2026, Ferrugem e Péricles unem forças em As vozes, turnê que nasce grande. O projeto estreia em 21 de março, no Recife, e mira uma rota nacional com paradas em capitais estratégicas, além de apresentações na Europa e na África lusófona. Para aquecer o público, os artistas acionam a faixa inédita Foguete como cartão de visita.
O que está por trás da nova turnê
O pagode vive um ciclo de alta. Nos últimos anos, projetos como Numanice, de Ludmilla, e Tardezinha, de Thiaguinho, provaram que o gênero movimenta massas, patrocínios e uma logística de arenas. O grupo Sorriso Maroto confirmou essa vocação ao lotar estádios, enquanto Péricles criou tração consistente com o Pagode do Pericão.
Nesse cenário, a junção entre Ferrugem e Péricles soma repertórios conhecidos, carisma e vozes que se projetam bem em espaços amplos. O desenho de As vozes aponta para um pagode pop e miscigenado, sem abrir mão de romantismo e balanço.
As vozes desembarca em 21 de março, no Recife (PE), e pretende cruzar o país antes de atravessar o Atlântico.
Rota, cidades e alcance
Após a estreia em Pernambuco, a produção planeja circulação por praças com histórico favorável para grandes montagens. A lista contempla regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, reforçando a presença do pagode em todo o mapa.
Capitais confirmadas no itinerário brasileiro
- Recife (PE) — estreia: 21 de março
- Rio de Janeiro (RJ)
- São Paulo (SP)
- Porto Alegre (RS)
- Brasília (DF)
- Belo Horizonte (MG)
- Florianópolis (SC)
- Manaus (AM)
- Belém (PA)
- Curitiba (PR)
Internacionalização planejada
A rota prevê paradas na Europa e no continente africano, com foco em Angola e Moçambique. A estratégia dialoga com a base lusófona, onde o samba e o pagode mantêm intercâmbios históricos. Esse movimento amplia a vida útil do projeto e abre novas frentes de parceria.
Marketing afinado e repertório
Para impulsionar a conversa antes da venda de ingressos, Ferrugem e Péricles lançam o single Foguete em 30 de outubro. A faixa integra o roteiro do show e funciona como “motor” da campanha, ajudando a fixar a marca As vozes nas plataformas digitais.
Foguete chega às plataformas em 30 de outubro para abastecer a divulgação e preparar o terreno da turnê.
No palco, a combinação deve alternar duetos, blocos solo e medleys que costuram fases distintas do pagode contemporâneo. O desenho favorece a participação do público em coros e refrães, característica que fortalece a experiência em arenas. Arranjos com metais, percussões diversas e violões marcados tendem a sustentar a dinâmica do repertório romântico e de alto astral.
Por que o pagode virou motor de megaturnês
O gênero ganhou musculatura por reunir três características valiosas: identidade rítmica clara, letras de fácil circulação social e artistas com presença de palco. A soma resulta em shows com alto grau de adesão coletiva. A seguir, alguns projetos que pavimentaram esse caminho.
| Projeto | Formato | Impacto percebido |
|---|---|---|
| Numanice (Ludmilla) | Pagode com estética pop e baile | Expandiu público jovem e feminino, viralizou repertório |
| Tardezinha (Thiaguinho) | Experiência de fim de tarde | Consolidou arenas e turnê de longa duração |
| Sorriso Maroto | Show de estádio com hits românticos | Validou produção em larga escala para o pagode |
| Pagode do Pericão | Residências e grandes casas | Reforçou Péricles como voz de massa |
O que o público deve considerar antes de ir
- Compre com antecedência para evitar variação de preços em setores disputados.
- Verifique opções de meia-entrada e políticas de acessibilidade do local.
- Planeje deslocamento e retorno; eventos em arenas exigem rotas alternativas.
- Prefira canais oficiais para fugir de cambistas e golpes.
- Considere assentos em setores cobertos no período de chuvas.
- Leve documento com foto e formas de pagamento aceitas no local.
Efeitos no mercado de shows
Turnês desse porte ativam cadeias locais de trabalho: montagem, sonorização, iluminação, segurança, alimentação e transporte. Hotéis e bares próximos aos locais de espetáculo também ganham tração nas semanas de apresentação. A produção, por sua vez, negocia patrocínios, mídia out-of-home e ativações de marca para equilibrar custos de logística e cenografia.
A precificação tende a refletir o tamanho da montagem. Taxas de serviço, charges de conveniência e políticas de parcelamento impactam o bolso do público. Em paralelo, as operadoras de venda testam filas virtuais e salas de espera para reduzir gargalos na abertura de ingressos.
Desafios e riscos
A competição por datas em estádios e arenas aumenta, especialmente em capitais do Sudeste. A logística nas regiões Norte e Nordeste exige planejamento de transporte de carga e equipe. No plano internacional, variação cambial e trâmites de vistos e equipamentos pesam no orçamento. Ajustar repertório a diferentes praças também demanda ensaios e flexibilidade de setlist.
Vantagens para fãs e artistas
O público acessa dois catálogos robustos no mesmo ingresso, com duetos inéditos e novas leituras de canções queridas. Para os artistas, a turnê amplia audiência cruzada, fortalece presença digital e cria base para produtos derivados, como registros ao vivo e colaborações futuras. O conceito vocal de As vozes permite expansão para versões acústicas e pocket shows em ações especiais.
O que esperar de As vozes
A promessa central é uma experiência de pagode pop com assinatura vocal. Ferrugem traz timbre brilhante e agudos limpos; Péricles aporta graves aveludados e fraseados que sustentam o coro da plateia. A montagem deve privilegiar dinâmica, alternando explosões de percussão com momentos intimistas de voz e violão.
Para quem gosta de se programar, vale acompanhar anúncios de setores, políticas de upgrade e datas extras em capitais com alta demanda. Se você mora nas cidades da rota ou pretende viajar, combinar hospedagem reembolsável com compra antecipada de ingresso reduz riscos e custos. Já Foguete tende a marcar presença nas rádios e playlists das semanas iniciais de venda, servindo de termômetro para ajustes finos do espetáculo.


