As 10 palavras mais erradas que “tutti” muovem extra com “erros frequentes”

As 10 palavras mais erradas que “tutti” muovem extra com “erros frequentes”

A gente digita mais rápido do que pensa, e o corretor ajuda… até atrapalhar. O resultado? As mesmas dez palavras caem em armadilhas previsíveis, viralizam nos grupos, e deixam um rastro de “ops” nos e-mails. Bora ver por que elas erram a nossa mão — e como virar esse jogo sem virar chato.

Era fim de tarde, metrô lotado, e o celular vibrando com o grupo da família. “Houveram confusões no almoço de domingo”, escreveu o tio, tentando manter a diplomacia. Ninguém respondeu, mas eu vi dois risos discretos no canto da tela. Não foi maldade. Foi costume.

Mais tarde, chegou o e-mail da chefia: “A nível de planejamento, precisamos agir”. O tom era sério, a pressa também. E lá estava outra cilada, das que parecem pequenas e fazem barulho grande. Palavras não são só regras. São clima, confiança, credibilidade.

*Quando a escrita falha, a mensagem treme.* Não por frescura, por ruído. E ruído custa caro no trabalho, no amor, em qualquer conversa. A boa notícia? São sempre as mesmas dez ladras de tempo e reputação. E tem atalho simples para driblar todas elas. Você vai gostar.

As campeãs de tropeço e o porquê dos tropeços

Tem palavra que nos puxa para a fala, e a fala puxa para o atalho. “Menas”, “seje”, “pra mim fazer”. Elas soam familiares. No ouvido, passam. No texto, derrapam. Essa zona cinzenta entre o coloquial e o formal é onde a maioria dos erros nasce e cresce.

Lembro de uma estagiária brilhante que escreveu “entre eu e você” num relatório. O cliente não reclamou, mas um diretor sublinhou de lápis vermelho. Ela ficou vermelha também. No café, comentou baixinho: “Falo assim desde sempre”. Não era falta de leitura. Era hábito, só isso.

Muita confusão vem da fonética mandando na gramática. A boca chama o “seje”. O plural empurra “houveram problemas”. A redundância empilha “há anos atrás”. E tem a hipercorreção, quando a gente força a formalidade e escorrega: “a nível de” querendo parecer técnico. A língua é viva, a norma é uma bússola.

Truques práticos para não cair nas mesmas dez armadilhas

Use a técnica dos 5 segundos: antes de enviar, respire e varra o texto com os olhos procurando só essas dez palavras-problema. Troque “houveram” por “houve”. Veja se “pra mim fazer” não pede “para eu fazer”. Leia em voz alta. O ouvido denuncia o tropeço que a pressa disfarça.

Todo mundo já viveu aquele momento em que apagou e reescreveu três vezes a mesma frase. Fique em paz. Errar é humano, insistir no erro porque “tá bom assim” é que custa caro. Sejamos honestos: ninguém faz isso todo dia. Então crie um check-list curtinho e salve no bloco de notas. Em duas semanas, vira reflexo.

Erros frequentes não definem quem você é; só mostram como você foi treinado a falar.

“Palavra errada não mede inteligência. Mede contexto, tempo e hábito. Revisão é um gesto de cuidado, não de frescura.” — professora de língua de uma escola pública

Aqui vai o encurtador de caminho, com exemplos do que costuma quebrar a perna no texto do Brasil inteiro:

  • “Menas” → o certo é “menos”.
  • “Seje/esteje” → o certo é “seja/esteja”.
  • “Houveram problemas” → o certo é “houve problemas”.
  • “Pra mim fazer” → o certo é “para eu fazer”.
  • “Há anos atrás” → o certo é “há anos” ou “anos atrás”.
  • “Entre eu e você” → o certo é “entre mim e você”.
  • “Ao invés de” (para contraste) → o certo é “em vez de” na maioria dos casos.
  • “Meio-dia e meio” → o certo é “meio-dia e meia”.
  • “Comprimento” (saudação) → o certo é “cumprimento” para saudar; “comprimento” é medida.
  • “A nível de” → troque por “em nível de”, ou, melhor, reescreva: “no planejamento”, “quanto ao planejamento”.

Um convite para brincar sério com as palavras

Escrever bem não é decorar gramática, é afinar a escuta do que a frase quer dizer. Quando você troca “houveram” por “houve”, não ganha uma medalha, ganha clareza. Quando evita “a nível de”, corta neblina. E quando escreve “para eu fazer”, assume o sujeito da ação, que é você.

Ninguém precisa virar nerd da norma culta para trabalhar melhor, paquerar melhor, brigar menos nos comentários. Basta domesticar dez gatinhos ariscos. Aos poucos, o corretor automático vira aliado, não dono do texto. E o leitor te lê sem tropeçar. Que palavra te derruba mais?

Ponto Chave Detalhe Interesse do leitor
Top 10 erros Lista com exemplos práticos e troca rápida Correção imediata no dia a dia
Por que acontecem Fala x escrita, hipercorreção, redundância Evitar repetir o mesmo tropeço
Como prevenir Técnica dos 5 segundos e check-list Economia de tempo e credibilidade

FAQ :

  • Esses erros “matam” minha credibilidade no trabalho?Não por si só. O conjunto pesa. Corrigir os mais comuns já melhora a leitura e a percepção sobre seu cuidado.
  • Posso usar “a gente foi” em e-mails?Sim, se o tom for informal. Para textos formais, prefira “nós fomos”. Ajuste ao contexto e ao interlocutor.
  • “Ao invés de” está sempre errado?Não. Ele indica oposição física. Na maioria das trocas de opção, “em vez de” é a escolha mais limpa.
  • “Pra mim fazer” pega mal em rede social?Depende do tom. Em registro neutro ou profissional, use “para eu fazer”. Em conversa solta, a fluidez manda.
  • Corretor do celular resolve tudo?Ajuda, mas erra feio em homônimos e concordâncias. A técnica dos 5 segundos fecha a brecha.

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