Band mira a Sul-Americana e desafia Record e SBT: seu time vai perder jogos na TV aberta?

Band mira a Sul-Americana e desafia Record e SBT: seu time vai perder jogos na TV aberta?

Os direitos do futebol sul-americano reacendem uma disputa bilionária e podem mexer na sua rotina de quinta à noite.

O novo pacote de transmissão da Copa Sul-Americana movimenta emissoras e patrocinadores no Brasil. Band, Record e SBT acionaram suas áreas esportivas, comerciais e jurídicas para tentar garantir espaço num torneio que cresceu de relevância e receita. As conversas passam por Conmebol e FC Diez Media e já provocam reposicionamentos internos.

O que está em jogo

A Copa Sul-Americana é o segundo torneio de clubes mais importante da Conmebol. Reúne grandes praças, empurra jogos para horários nobres e entrega volume de partidas ao longo de toda a temporada. Em TV aberta, vira um ativo de grade consistente, com impacto em audiência, faturamento e presença digital.

A Band estuda voltar a exibir a Sul-Americana após mais de uma década. A última passagem foi em 2012.

Executivos da emissora com sede no Morumbi participaram de um encontro em São Paulo, organizado pela Conmebol em parceria com a FC Diez Media. O objetivo foi apresentar condições comerciais, formatos e exigências técnicas a potenciais parceiros. Record e SBT também se movimentam para manter ou conquistar janelas na competição.

Por que a band mira a competição

A band vê na Sul-Americana um caminho viável para reforçar o portfólio esportivo em TV aberta. O torneio oferece calendário claro, noites de quinta ocupadas e potencial de patrocínios setoriais. A emissora avalia sinergia com jornalismo, entretenimento e digital, além de possibilidade de ativações regionais por meio de afiliadas.

Audiência e faturamento

Jogos com clubes brasileiros elevam o reach e atraem anunciantes que buscam presença em eventos ao vivo. O produto permite cota de patrocínio, ofertas de break regionalizado e conteúdos de intervalo com branded content.

  • Marcas de apostas, fintechs e bancos digitais tendem a investir em placas virtuais e ações de pré-jogo.
  • Alimentos e bebidas usam a faixa noturna para campanhas de grande cobertura em dias fixos.
  • Varejo ativa ofertas relâmpago com call-to-action durante os 90 minutos.

Jogo ao vivo segura plateia, amplia permanência no streaming simultâneo e gera repercussão social imediata.

Como record e sbt se movem

Hoje, o SBT exibe a Sul-Americana em TV aberta e tenta preservar o torneio para manter relevância esportiva. A Record prepara proposta agressiva para ocupar esse espaço e reorganizar sua presença nos direitos de futebol. A entrada da band pressiona preços e condições contratuais e abre a porta para modelos de divisão de jogos por janelas.

Estratégias possíveis

  • Exclusividade em TV aberta, com sublicenciamento digital negociado à parte.
  • Partilha por dias ou fases, com uma emissora cuidando de quinta-feira e outra de jogos extras.
  • Pacotes por praça, priorizando times locais em afiliadas estratégicas.
  • Produção centralizada da Conmebol com inserções de pré e pós-jogo feitos nas emissoras.

Record quer tirar a competição do SBT. A band surge como terceiro vetor e muda a mesa de negociação.

Calendário, formato e exigências

O torneio começa com fase preliminar entre clubes do mesmo país, avança para grupos, tem repescagem com terceiros da Libertadores e segue em mata-mata até a final em sede única. Esse desenho garante volume de partidas e jornadas com múltiplas janelas por semana. Conmebol exige padrão internacional de produção, com câmeras, áudio internacional, VAR integrado e integração de dados oficiais.

Em TV aberta, a quinta à noite concentra o maior potencial. Em fases decisivas, há chance de mudar horários para proteger a performance e acomodar praças com fuso horário diferente.

Comparativo das emissoras na corrida

Emissora Ponto forte na disputa O que pode pesar
Band Tradição em esporte e agilidade editorial Necessidade de recompor grade com volume recorrente
Record Capilaridade comercial e estrutura de produção Organização de janelas com produtos fixos noturnos
SBT Experiência recente com o torneio em TV aberta Pressão por manter custos e entregar performance

O que muda para você e para seu time

O torcedor sente o efeito no acesso aos jogos. Se a competição ficar com uma única emissora, a comunicação fica concentrada e a experiência tende a ser padronizada. Se houver compartilhamento, cada praça pode receber partidas diferentes, com variações de narradores e linguagem.

  • TV aberta garante alcance amplo, inclusive para quem depende do sinal digital terrestre.
  • Apps das emissoras costumam oferecer sinal simultâneo com push de gols e melhores momentos.
  • Afiliadas regionais podem priorizar partidas com clubes locais e horários ajustados.

Para quem acompanha do celular, a definição da janela digital impacta a estabilidade do streaming, a disponibilidade de replays e o multitela durante o jogo.

Cenários prováveis nas próximas semanas

As propostas tendem a incluir metas de audiência por fase, contrapartidas de mídia e entregas multiplataforma. A Conmebol busca previsibilidade de produção e visibilidade continental. As emissoras querem margem para ativar marcas e criar programas de apoio no pré e no pós-jogo.

  • Renovação com manutenção do modelo atual em TV aberta.
  • Migração para nova casa com exclusividade e planos de patrocínio fechados em pacote anual.
  • Arranjo híbrido com divisão por fases e sublicenciamento digital.

Como marcas e torcedores podem se preparar

Marcas que investem em esporte devem mapear as rodadas-chave, alinhar criativos para breaks curtos e prever ativações regionais. Vale testar formatos de segunda tela com cupons, fantasy e quiz durante o intervalo. A presença em ações de pré-jogo ajuda a construir lembrança antes do apito inicial.

O torcedor pode organizar a temporada com base no calendário da Sul-Americana. Vale acompanhar o desempenho do seu time na fase nacional, entender as regras da repescagem e verificar quais praças exibem cada jogo. Aplicativos das emissoras costumam enviar alertas de transmissão e compilados de lances, úteis para quem não consegue ver o jogo completo.

Termos como “exclusividade de janelas”, “sublicenciamento” e “produção host” devem aparecer nas conversas. Eles definem quem gera o sinal, quem pode retransmitir online e como se dividem entrevistas e conteúdo de bastidores. Com a band de volta à mesa e a record pressionando o sbt, o tabuleiro ganha novas combinações e aumenta a chance de formatos flexíveis ao público e às marcas.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *