Com um documento na mão, o brasileiro vê o mapa se abrir e o planejamento ficar mais simples, barato e com menos surpresas.
Novos acordos, checagens digitais e regras mais claras mexem com a sua próxima viagem. O passaporte nacional ganhou fôlego, e a lista de países acessíveis cresceu. A disputa entre nações por turistas e talentos também empurra mudanças rápidas. Quem acompanha esse movimento amplia rotas, corta burocracias e evita gastos desnecessários.
Passaporte brasileiro hoje
O documento do Brasil garante entrada sem visto em 169 países e territórios, segundo o Henley Passport Index. A base usa dados da IATA e considera isenções, autorizações eletrônicas e vistos na chegada. O Brasil ocupa o 19º lugar do ranking formal, empatado com Argentina e San Marino. Na leitura que agrega todos os empates, aparece na 46ª posição.
169 destinos sem visto. 19º lugar no índice. Mais portas abertas para quem planeja viajar ainda este ano.
Singapura permanece no topo, com 193 acessos livres. Logo atrás, Japão e França somam 192. Alemanha, Espanha e Itália reúnem 191. O Brasil se mantém competitivo na comparação regional e supera grandes emergentes em mobilidade.
O que mede o índice
O Henley Passport Index quantifica onde cada nacionalidade pode chegar sem visto prévio. A metodologia soma destinos com isenção, eTA, eVisa e vistos concedidos no desembarque. Quanto maior o alcance, maior a força do passaporte. As revisões são periódicas e refletem acordos diplomáticos, capacidade consular e critérios de segurança.
Força de passaporte reflete diplomacia, economia e segurança, e influencia negócios, estudo e turismo.
Entenda as categorias de acesso
- Isenção total: entrada apenas com passaporte dentro da validade.
- Autorização eletrônica (eTA/eVisa): pedido online simples, antes do embarque.
- Visto na chegada: emissão no aeroporto, com taxa e formulário local.
- Visto prévio: solicitação no consulado, com análise e prazos variáveis.
Onde você entra sem visto
Brasileiros circulam sem visto pela maioria da Europa e da América do Sul, além de parte da Oceania e da Ásia. Destinos populares, como Reino Unido, França, Itália, Japão, Nova Zelândia, Tailândia e Emirados Árabes Unidos, estão acessíveis com regras diretas. A lista recente também favorece China, Catar, Turquia, Rússia, Egito e Marrocos, que exigiam mais documentos anos atrás.
Vantagens práticas para o viajante
- Planejamento mais curto e economia com taxas consulares.
- Mais datas disponíveis, já que não há espera por aprovação de visto.
- Flexibilidade para aproveitar promoções de passagens.
- Menos risco de perder voos por pendências de documentação.
Também há portas abertas no Caribe e na África. Barbados, Bahamas, Aruba e Antígua e Barbuda recebem bem o turista brasileiro. África do Sul, Quênia, Zâmbia e Tanzânia aderiram a regimes que simplificam o acesso para turismo e negócios de curta duração.
Caribe e África ampliam opções de férias e safáris, com entrada simplificada e rotas cada vez mais frequentes.
Quem ainda pede visto
Em 57 países e territórios, o visto continua obrigatório para brasileiros. A relação inclui Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia e México. Arábia Saudita, Vietnã, Nigéria, Cuba e Afeganistão também mantêm controle rígido. Nos EUA, custo e volume de solicitações alongam prazos. O planejamento precisa considerar entrevistas, taxas e deslocamentos a centros de atendimento.
Como reduzir a burocracia
- Simule datas e consulados com menor fila antes de comprar a passagem.
- Separe comprovantes de renda, vínculo empregatício e roteiro detalhado.
- Cheque exigências de vacina e seguro médico, que aceleram triagem.
- Considere vistos de múltiplas entradas quando houver conexões regionais.
Variações do ranking e o que vem pela frente
O passaporte brasileiro oscilou nos últimos anos, mas mostrou ganho recente com novos acordos na Ásia e no Leste Europeu. A tendência global aponta para sistemas eletrônicos e procedimentos pré-embarque. Países atraem estudantes, nômades digitais e investidores com programas específicos. A mobilidade virou um ativo econômico e um termômetro de competitividade internacional.
| Posição | País | Destinos sem visto |
|---|---|---|
| 1º | Singapura | 193 |
| 2º | Japão e França | 192 |
| 3º | Alemanha, Espanha e Itália | 191 |
| 19º | Brasil (empate com Argentina e San Marino) | 169 |
Checklist rápido antes do embarque
- Validade do passaporte: muitos destinos pedem 6 meses além do retorno.
- Passagens e hospedagem: reserve com opção de reembolso em rotas sujeitas a visto.
- Comprovantes: leve seguro saúde, planos de viagem e comprovante financeiro.
- Regras de conexão: verifique se o aeroporto exige autorização de trânsito.
- Vacinas: febre amarela e outras podem ser exigidas, conforme a rota.
Como usar eVisa e eTA sem dor de cabeça
Leia os requisitos e prazos diretamente na plataforma oficial. Preencha dados como no passaporte. Envie foto com fundo neutro. Pague em cartão internacional. Guarde confirmação eletrônica e, se possível, imprima o recibo. Algumas companhias aéreas conferem o documento ainda no check-in.
O que muda para quem estuda ou trabalha
Isenção de visto para turismo não se aplica a estudo ou trabalho remunerado. Universidades pedem cartas de aceitação e comprovantes de renda. Contratos formais exigem autorizações específicas. Nômades digitais precisam checar programas próprios, que variam em custo e exigências. Regimes de reciprocidade podem alterar prazos rapidamente.
Planejamento financeiro
- Reserve verba para taxas, legalizações e traduções juramentadas.
- Calcule custos de envio de documentos e deslocamentos para entrevistas.
- Evite comprar passagens não reembolsáveis antes da decisão de visto.
Informações complementares úteis
Alguns países concedem isenção apenas para passaportes comuns. Quem possui passaporte de serviço ou emergencial pode ter regras diferentes. Menores viajando sem um dos responsáveis precisam de autorização com firma reconhecida. A imigração pode solicitar prova de retorno e recursos para a estadia, mesmo com isenção de visto.
Renovar o passaporte com antecedência evita contratempos. O documento brasileiro novo tem chip e paginação mais segura. Agendamentos abrem em janelas que variam por cidade. Quem viaja muito pode optar por 64 páginas para reduzir idas ao posto. Em épocas de alta temporada, os horários somem rápido, e vale programar o pedido com meses de folga.
Mais destinos sem visto reduzem custos, mas não eliminam checagens de fronteira. Preparação continua sendo a diferença.


