Caminhão cai no rio Tietê em São Paulo: você estaria seguro ao cruzar a ponte do Jaguará hoje?

Caminhão cai no rio Tietê em São Paulo: você estaria seguro ao cruzar a ponte do Jaguará hoje?

Sirenas ecoaram na Zona Oeste e motoristas pararam no acostamento, enquanto moradores tentavam entender a correria na Marginal do Tietê.

Na tarde desta quarta-feira (5), um caminhão tombou na altura do Jaguará, desceu o talude e atingiu o leito do Rio Tietê. Quatro pessoas se feriram. Duas ficaram presas nas ferragens. Uma vítima entrou em parada cardiorrespiratória e recebeu manobras de reanimação no local. O trânsito travou rapidamente em várias faixas.

O que aconteceu

O caminhão trafegava pela Marginal Tietê quando perdeu o controle na região do Jaguará, zona oeste de São Paulo. O veículo saiu da pista, capotou na área de margem e parou dentro do curso d’água raso do rio. O ponto fica próximo a acessos de grande fluxo, o que agravou a retenção de veículos de carga e carros de passeio.

Duas pessoas ficaram encarceradas na cabine e precisaram de desencarceradores. Ao todo, quatro ocupantes do caminhão tiveram ferimentos.

Imagens feitas por motoristas mostram equipes de resgate descendo até a margem enquanto curiosos reduziam a velocidade nas faixas vizinhas. A água turva, a inclinação do barranco e a posição do caminhão dificultaram o trabalho inicial.

Resgate mobilizou várias forças

O Corpo de Bombeiros deslocou nove viaturas e equipes especializadas em salvamento em altura e em áreas de difícil acesso. A Polícia Militar acionou um helicóptero Águia para apoio e possível remoção aeromédica. Viaturas do Samu atuaram no atendimento pré-hospitalar e no transporte das vítimas.

Nove viaturas dos Bombeiros, helicóptero Águia da PM e ambulâncias do Samu atenderam a ocorrência na Marginal Tietê.

Como foi o atendimento às vítimas

Assim que chegaram, os socorristas isolaram a área e estabilizaram o caminhão para evitar novo deslocamento. As equipes abriram a cabine e retiraram as vítimas com cuidado para não agravar fraturas e traumas. Uma delas sofreu parada cardiorrespiratória. Profissionais realizaram compressões, ventilação e medicação até recuperar sinais vitais. As demais apresentaram ferimentos moderados, com contusões e escoriações extensas.

  • 4 feridos, sendo 2 encarcerados no veículo
  • 1 vítima em parada cardiorrespiratória, reanimada no local
  • 9 viaturas dos Bombeiros em ação, além do Águia e Samu
  • Marginal Tietê com trânsito carregado no entorno do Jaguará

Recursos empregados no local

Agência Meios Função
Corpo de Bombeiros 9 viaturas, ferramentas de desencarceramento Resgate, estabilização do veículo, isolamento
Polícia Militar Helicóptero Águia Apoio aéreo, avaliação de evacuação e monitoramento
Samu Ambulâncias avançadas e básicas Atendimento pré-hospitalar e transporte

Impacto no trânsito e rotas alternativas

A retenção se formou rapidamente e atingiu trechos no sentido Lapa e no acesso à Rodovia Anhanguera. A passagem de viaturas e a curiosidade de condutores reduziram o fluxo em várias faixas. Motoristas enfrentaram lentidão por toda a extensão afetada e aumentaram o tempo de deslocamento no fim da tarde.

Evite trafegar pela Marginal Tietê no entorno do Jaguará até a retirada completa do veículo e limpeza da pista.

Quem precisa cruzar a região consegue aliviar o trajeto com rotas por vias internas de bairro, quando viáveis, ou optando pelo corredor da Avenida Raimundo Pereira de Magalhães e trechos da Marginal Pinheiros, conforme o destino. Caminhões devem avaliar janelas de restrição e redirecionar por anéis viários para não agravar a lentidão.

O que pode ter provocado o tombamento

As equipes periciais ainda vão determinar a causa. Em ocorrências desse tipo, fatores como frenagem brusca, carga mal distribuída, aquaplanagem perto da margem, distração e problemas mecânicos costumam aparecer nos laudos. O traçado com curvas, a proximidade do barranco e a diferença de níveis entre pista e talude aumentam o risco quando o condutor perde o controle.

Por que a região é sensível

A Marginal Tietê concentra tráfego intenso, com mistura de veículos leves, ônibus e caminhões. A proximidade com pontes, alças e entradas de rodovias cria pontos de conflito, principalmente no pico da tarde. Qualquer ocorrência perto da água exige técnica específica, já que o terreno é instável, escorregadio e sujeito a desbarrancamento. Isso explica a grande mobilização de equipes e a necessidade de apoio aéreo.

Como você pode dirigir com mais segurança perto de pontes e marginais

A condução defensiva reduz drasticamente o risco de acidentes em áreas como a do Tietê. Pequenas ações mudam o resultado quando surge um imprevisto.

  • Mantenha velocidade compatível com o fluxo e as condições de pista.
  • Evite mudar de faixa próximo a alças de acesso e saídas de pontes.
  • Não freie bruscamente em piso molhado; aumente a distância do veículo à frente.
  • Se dirigir caminhão, distribua a carga e cheque travas antes de sair.
  • Reforce a atenção em trechos com talude e ausência de barreiras rígidas.

Se você presenciar um acidente à beira de rio

Acionamento rápido e segurança pessoal fazem diferença. Chame 193 (Bombeiros) e 192 (Samu). Informe ponto de referência, sentido da via e número de vítimas. Evite descer até a água sem equipamento e sem treinamento. Observe cheiros de combustível e risco de curto-circuito. Sinalize com triângulo, pisca-alerta e, se possível, mantenha distância segura de curiosos.

Depois do resgate, o que acontece

Com as vítimas atendidas, os Bombeiros removem o veículo com guincho pesado e avaliam a estabilidade do talude. Técnicos fazem a limpeza de óleo e detritos para reabrir faixas com segurança. A perícia colhe dados do tacógrafo, verifica condições dos pneus e recolhe relatos. A transportadora deve acionar seguro e assistência ambiental para evitar contaminação da água.

Contexto e prevenção de novos casos

Acidentes envolvendo caminhões em marginais costumam gerar bloqueios amplos e risco elevado aos ocupantes. A adoção de barreiras de contenção, fiscalização de velocidade por trecho e campanhas de manutenção preventiva reduzem a gravidade. Programas de treinamento para motoristas profissionais, com foco em condução em piso molhado e gerenciamento de carga, ajudam a evitar tombamentos em curvas e perto de taludes.

Para quem circula diariamente, criar rotas alternativas de contingência e acompanhar aplicativos de trânsito diminui a exposição a bloqueios. Pequenas variações de horário e a checagem prévia do estado do veículo — freios, pneus, alinhamento e amarração de carga — têm custo baixo e impacto direto na segurança.

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