Campineiro, seu Bilhete Único mudou: pagar R$ 6,20 pela 2ª, 3ª ou 4ª via vale a pena para você?

Campineiro, seu Bilhete Único mudou: pagar R$ 6,20 pela 2ª, 3ª ou 4ª via vale a pena para você?

Uma mudança no Bilhete Único mexe na rotina de milhares em Campinas e reabre a conversa sobre preço, acesso e justiça.

A partir de segunda-feira (3), a emissão de qualquer nova via do Bilhete Único passa a custar o equivalente a uma tarifa. Hoje, isso significa R$ 6,20. A regra foi oficializada pela Resolução Setransp nº 391/2025, publicada no Diário Oficial do Município, e mira mais equidade no acesso ao transporte coletivo.

O que muda na emissão de novas vias

Até agora, quem perdia o cartão pagava valores progressivos: duas tarifas pela segunda via, seis pela terceira e oito pela quarta. O modelo penalizava fortemente reincidências e criava custos altos em situações de furto, perda recorrente ou desgaste acelerado.

A nova regra iguala tudo: cada nova via custa uma tarifa. No cenário atual, R$ 6,20, independentemente de ser a 2ª, 3ª ou 4ª via.

Situação Antes Agora
2ª via 2 tarifas (R$ 12,40) 1 tarifa (R$ 6,20)
3ª via 6 tarifas (R$ 37,20) 1 tarifa (R$ 6,20)
4ª via 8 tarifas (R$ 49,60) 1 tarifa (R$ 6,20)

Quem fica isento de taxa

  • Primeira via do Bilhete Único segue gratuita.
  • Não há cobrança quando for constatado defeito de fabricação no cartão.
  • Não há taxa para emitir novo cartão quando o anterior tiver sido emitido há mais de cinco anos.

Primeira via continua sem custo. E, se o cartão tiver mais de cinco anos, a troca também sai sem cobrança.

Prazo e créditos: como fica seu saldo

O prazo de emissão da nova via é de até dois dias úteis a partir da solicitação. O saldo remanescente migra automaticamente para o novo cartão, o que reduz prejuízo e evita que o usuário perca créditos em caso de extravio.

Por que a mudança interessa a quem usa ônibus todo dia

A medida busca ampliar a inclusão e simplificar o acesso ao transporte público. No dia a dia, quem depende do Bilhete Único passa a lidar com previsibilidade de custo, algo crucial para quem monta o orçamento do mês com base em tarifas.

Impacto no bolso: quanto você economiza

  • Se você precisava da 2ª via: o custo cai de R$ 12,40 para R$ 6,20. Economia de R$ 6,20.
  • Se chegava à 3ª via: de R$ 37,20 para R$ 6,20. Economia de R$ 31,00.
  • Na 4ª via: de R$ 49,60 para R$ 6,20. Economia de R$ 43,40.

Esse alívio faz diferença para trabalhadores que usam o cartão diariamente, estudantes com rotina de baldeações e famílias em que mais de uma pessoa utiliza o BU. O custo previsível reduz o receio de pedir nova via quando necessário.

Como solicitar a nova via sem dor de cabeça

Em situações de perda, furto ou dano, agir rápido reduz transtornos. O bloqueio imediato do cartão antigo protege os créditos. A solicitação da nova via pode ser feita nos canais oficiais e pontos de atendimento credenciados. Tenha documentos pessoais em mãos e, em caso de furto, registre ocorrência para resguardar seus direitos e facilitar conferências.

  • Bloqueie o cartão antigo assim que notar a perda para evitar uso indevido.
  • Leve documento com foto e CPF ao atendimento para agilizar a verificação do cadastro.
  • Se houver suspeita de defeito de fabricação, descreva o problema no ato do pedido para análise de isenção.
  • Guarde protocolos e comprovantes até a emissão da nova via e a confirmação da transferência do saldo.

O que diz a nova resolução

A Resolução Setransp nº 391/2025 define o valor fixo da reemissão atrelado a uma tarifa vigente e padroniza exceções. O texto foi divulgado no Diário Oficial do Município, o que dá segurança jurídica à mudança e baliza a atuação dos operadores do sistema.

Objetivo declarado: promover equidade, inclusão e facilidade de acesso ao transporte em Campinas.

Cenários práticos para o usuário

Se você perdeu o cartão duas vezes no ano

Antes, a segunda via custaria R$ 12,40 e, se o problema se repetisse, a terceira via sairia por R$ 37,20. Com a nova regra, cada reemissão fica em R$ 6,20. A economia acumulada em dois pedidos chega a R$ 37,20.

Se o cartão apresentou defeito

Quando a análise confirma falha de fabricação, não há taxa. Vale relatar o problema com detalhes e, se possível, mostrar o comportamento do chip na validação para facilitar a avaliação técnica.

Se seu cartão já tem mais de cinco anos

O plástico sofre desgaste natural. Para cartões emitidos há mais de cinco anos, a nova via não é cobrada. Isso reduz o risco de parada inesperada no validador por deterioração do suporte físico.

Dicas para evitar prejuízos e alongar a vida do cartão

  • Use capa protetora para evitar risco e quebra do chip.
  • Guarde o cartão longe de calor excessivo, umidade e campos magnéticos fortes.
  • Evite flexionar o cartão no bolso de trás ou mochila lotada.
  • Mantenha seu cadastro atualizado para acelerar atendimento e transferência de créditos.

O que esperar daqui para frente

Como o valor da reemissão acompanha a tarifa vigente, um reajuste no preço da passagem refletiria automaticamente no custo da nova via. O modelo traz simplicidade, mas pede atenção do usuário em períodos de atualização tarifária.

A previsibilidade no custo de reemissão também facilita políticas de gestão de perdas pelas operadoras e pode reduzir barreiras de retorno ao sistema quando o usuário perde o cartão. Com saldo transferido em até dois dias úteis, a interrupção da rotina tende a ser mais curta, o que ajuda a manter frequência de viagens e planejamento de deslocamentos.

Para quem organiza o orçamento, vale simular cenários domésticos: em uma família com duas pessoas que usam o BU diariamente, dois pedidos de nova via no ano, que antes poderiam somar R$ 49,60 ou mais, agora custam R$ 12,40 no total. Esse alívio pode cobrir, por exemplo, uma viagem extra de ida e volta em dia de consulta ou trabalho.

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