No almoço de hoje, um peixe assado com coco crocante virou assunto entre clientes e chefs que gostam do bom e barato.
Em São Paulo, durante um encontro gastronômico, uma receita assinada por um capixaba ganhou holofotes e reacendeu a disputa do a quilo.
Vitória coloca o a quilo no mapa
O restaurante Mister Cook, de Vitória, levou o troféu nacional do concurso O Quilo é Nosso, após vencer a etapa capixaba. A final aconteceu nesta quinta (30), no evento Mesa ao Vivo, em São Paulo, reunindo 16 casas na disputa. À frente do fogão, o chef Hélio da Silva apresentou a Tilápia do Espírito Santo: Tradição e Consciência, prato que celebra ingredientes locais e técnicas de cozinha responsável.
Mister Cook, de Vitória, é o melhor restaurante a quilo do Brasil em 2025, segundo o concurso O Quilo é Nosso.
A receita, que já havia garantido o título estadual de melhor self-service do Espírito Santo, destacou preparo cuidadoso, combinação direta de sabores e foco no aproveitamento integral dos alimentos. O resultado coroou o movimento de restaurantes a quilo que investem em sabor, origem e redução de desperdício.
O prato campeão
A tilápia chega à mesa assada, suculenta e com crosta dourada. O peixe recebe um molho de tomates e ervas e ganha textura com chips de coco, apontando para a cozinha capixaba que valoriza frescor, acidez equilibrada e ingredientes da região. A proposta conversa com o dia a dia do self-service: sabor claro, execução eficiente e apresentação que convida o cliente a montar o prato com autonomia.
- Base: tilápia assada, com ponto exato e pele firme;
- Molho: tomates cozidos lentamente com ervas frescas;
- Textura: chips de coco crocante para contraste;
- Ideia central: valorizar o ingrediente e reduzir desperdícios;
- Mensagem: prato autoral que cabe no ritmo do a quilo.
Peixe assado, molho de tomates e ervas, coco crocante: três elementos, um prato marcante no buffet.
Como funciona a disputa
O Quilo é Nosso avalia restaurantes a quilo de várias cidades do país e combina voto do público com análise técnica. Em 2025, a organização incluiu critérios ligados ao aproveitamento integral de alimentos, reforçando a importância de práticas sustentáveis na rotina do buffet.
| Etapa | Quem avalia | O que conta |
| Municipal/Regional | Voto popular + júri local | Sabor, regularidade, experiência do cliente |
| Estadual | Júri técnico estadual | Execução do prato vencedor e identidade regional |
| Nacional | Júri técnico nacional | Conjunto da obra, originalidade e boas práticas (aproveitamento integral) |
Dezesseis estabelecimentos chegaram à final em São Paulo, sob avaliação técnica e olhar do público.
O que esse título muda para você
Para quem almoça no a quilo, a premiação sinaliza um padrão de qualidade que vai além da variedade. A combinação de sabor consistente, respeito ao ingrediente e gestão de desperdícios tende a se espalhar pelo segmento. Quem é cliente sente no prato: mais receitas sazonais, preparos com cascas e talos quando fizer sentido, e buffets que privilegiam frescor em vez de excesso.
Dicas rápidas para montar um prato justo no self-service
- Comece pelas saladas e grãos: folhas firmes e temperos frescos indicam cuidado.
- Prefira proteínas assadas ou grelhadas com molhos à parte para controlar o peso.
- Observe as guarnições: legumes com crocância e cor viva costumam ter preparo correto.
- Evite grandes porções de frituras saturadas; elas pesam no bolso e na digestão.
- Prove combinações simples: um bom molho transforma um corte básico.
Preço, peso e estratégia: faça a conta
O preço por quilo varia conforme a cidade, a sazonalidade e a qualidade dos insumos. A melhor forma de comparar é calcular o custo do seu prato médio em diferentes casas e observar constância no sabor. Uma conta simples ajuda na decisão diária.
- Exemplo prático: se o quilo custa R$ 79,90 e você serve 450 g, a conta sai a R$ 35,95.
- Objetivo do dia: 350 g a 500 g costumam atender bem sem desperdício.
- Estratégia: monte primeiro a proteína e os legumes; finalize com molho.
O a quilo recompensa quem escolhe bem: menos peso no prato, mais intensidade de sabor.
Por que a vitória capixaba importa
O Espírito Santo há décadas forma cozinheiros que tratam peixes e frutos do mar com técnica e respeito à origem. Quando um restaurante a quilo capixaba vence um prêmio nacional, o recado vai além do cardápio: dá para conciliar volume de serviço, preço competitivo e personalidade regional. Essa referência incentiva outras casas a revisitar o repertório local, trabalhar ervas frescas, apostar em molhos feitos do zero e incorporar aproveitamento integral no cotidiano.
Sustentabilidade que chega ao prato
O aproveitamento integral reduz custos e sobra de cozinha. Tal prática inclui uso de talos e folhas quando combinam com o sabor, caldo feito de aparas e planejamento de produção para evitar excedentes. Quando o concurso valoriza esses critérios, a operação do buffet ganha eficiência e transparência, e o cliente recebe comida mais fresca, preparada em ciclos menores.
- Benefícios para o restaurante: giro de estoque mais rápido e margem mais estável.
- Benefícios para o cliente: pratos com ingredientes melhores, menos variação de sabor.
- Benefícios ambientais: menor volume de resíduos orgânicos.
O que observar nas próximas visitas ao a quilo
Foque em três sinais: bancada viva e organizada, preparos com identidade e comunicação clara. Quando a casa sinaliza a origem do peixe, destaca técnicas de cocção e explica os molhos, mostra controle de processo. Cardápios que mudam conforme a safra também indicam maturidade na compra de insumos. Isso tudo costuma resultar em refeições mais equilibradas, sem peso desnecessário e com preço que faz sentido.
Se você tem rotina de almoço fora, crie seu próprio “índice do prato”: anote quanto pesou, quanto pagou e o que mais agradou no dia. Em duas semanas, dá para identificar lugares onde a soma sabor + custo + constância compensa. E, quando pintar uma receita campeã como a tilápia com coco, aproveite para provar combinações novas sem estourar a balança nem o orçamento.


