Comunidade de Rio Claro se despede de farmacêutico aos 63 na Rua 14: você lembra de Luciano?

Comunidade de Rio Claro se despede de farmacêutico aos 63 na Rua 14: você lembra de Luciano?

No começo da semana, um gesto coletivo mobilizou vizinhos e clientes em Rio Claro, comovendo quem circula pela Rua 14.

O adeus a Luciano Viana da Silva, 63, expôs o laço entre balcão de farmácia e vida de bairro. A rotina se interrompeu e a vizinhança se reconheceu no luto. As memórias vieram de conversas rápidas, receitas corrigidas e pequenos cuidados diários.

Adeus a um vizinho de balcão

O velório ocorreu na tarde de segunda-feira, 3, no Memorial Cidade Jardim. Familiares, amigos e moradores dos bairros Parque Universitário, BNH, Vila Olinda e das proximidades da Rua 14 compareceram. A despedida reuniu pessoas de diferentes idades. Muitos chegaram com lembranças de atendimentos e favores simples, que se acumulam ao longo de anos.

Conhecido na Drogaria Olinda, Luciano cultivou confiança com quem dependia de orientação segura para o uso de remédios. Ele se tornou referência em horários de aperto, quando faltava um item na farmacinha ou surgia uma dúvida sobre dosagem. Essa rede de proximidade explica a presença maciça no adeus.

Velório no Memorial Cidade Jardim e presença marcante de moradores da região da Rua 14, Parque Universitário, BNH e Vila Olinda.

Homenagem no poder público e nas redes

Na sessão ordinária da Câmara Municipal, na noite de segunda, vereadores fizeram um minuto de silêncio. O gesto reconheceu a atuação do farmacêutico no cotidiano da população. Não foi uma homenagem formal apenas. Partiu de um reconhecimento prático: a farmácia de bairro como ponto de cuidado e acolhimento.

Nas redes sociais, vizinhos e clientes publicaram mensagens. As postagens destacaram dedicação, paciência e a forma direta com que Luciano orientava o uso correto de medicamentos. Muitas menções lembraram a porta aberta da Drogaria Olinda e o jeito de atender pelo nome.

Minuto de silêncio na Câmara Municipal e condolências nas redes reforçaram o papel comunitário do atendimento farmacêutico.

Trajetória entre a formação e o serviço

A carreira de Luciano não se limitou ao balcão da drogaria. Colegas relembraram sua passagem pela Santa Casa de Misericórdia de Rio Claro. Essa vivência hospitalar costuma ampliar o repertório clínico. Traz prática em protocolos, interações medicamentosas e segurança do paciente.

Amigos também recordaram o período de estudos no Centro Universitário Hermínio Ometto, em Araras. A formação sólida ajuda a explicar a confiança construída. O cotidiano de farmácia pede atualização constante. Luciano era visto como alguém atento a bula, legislação e condutas.

Vínculo Cidade Foco lembrado pela comunidade
Drogaria Olinda Rio Claro Atendimento próximo e orientação sobre uso de medicamentos
Santa Casa de Misericórdia Rio Claro Experiência hospitalar e atenção à segurança do paciente
Centro Universitário Hermínio Ometto Araras Formação acadêmica e base técnica

O que os moradores destacaram

  • Disponibilidade para conferir receitas e evitar interações indesejadas.
  • Conselhos objetivos em linguagem simples, sem jargões.
  • Memória para nomes e histórico de quem comprava com frequência.
  • Indicação responsável de quando buscar atendimento médico.

Por que farmácia de bairro cria laços

Farmácias comunitárias ficam no caminho de casa, na esquina do trabalho e perto da escola. A circulação diária transforma o balcão em ponto de orientação rápida. Quem convive com hipertensão, diabetes ou dor crônica encontra apoio para ajustar horários e formas de uso. Esse vínculo não substitui consulta médica, mas funciona como triagem segura.

Em áreas como as imediações da Rua 14, a presença constante do profissional aproxima serviços de saúde da rotina. Pequenos alertas evitam complicações, como reforçar contraindicação de anti-inflamatório para quem tem gastrite, ou revisar a técnica de inalação em bombinha. Quando isso se repete por anos, o profissional vira vizinho de confiança.

Farmácia de bairro reduz barreiras de acesso e sustenta hábitos de cuidado que começam em casa.

O impacto do adeus para quem fica

A despedida reorganiza rotas e hábitos. Clientes costumam adaptar o cuidado com medicamentos à orientação de quem conhece seu histórico. A ausência de Luciano exige atenção redobrada nas primeiras semanas, até que a rotina com novos profissionais se consolide.

Para familiares, amigos e colegas, os relatos públicos funcionam como suporte emocional. O luto ganha contorno quando a comunidade compartilha histórias de ajuda concreta. Essa troca também inspira jovens profissionais que ingressam na área farmacêutica.

Boas práticas para manter o cuidado

  • Leve sempre a receita atualizada e evite automedicação, especialmente em antibióticos.
  • Informe alergias e doenças crônicas a cada compra, mesmo que o atendente já conheça você.
  • Guarde comprimidos na embalagem original, longe de calor e umidade.
  • Peça conferência de interações quando usar fitoterápicos ou suplementos junto com remédios de uso contínuo.
  • Mantenha uma lista de medicamentos em casa, com horários e dosagens revisados.

Como a comunidade pode preservar o legado

Vizinhos e clientes podem ajudar a manter o padrão de cuidado que marcou a atuação de Luciano. Um caminho é fortalecer a relação com quem assume o balcão. Informe seu histórico, leve exames recentes e faça perguntas claras. Outro passo é apoiar ações educativas, como aferição de pressão e campanhas de descarte correto de medicamentos vencidos.

A rede pública e as farmácias privadas podem somar esforços em datas de vacinação, em orientações sobre uso racional de antibióticos e no acompanhamento de idosos polimedicados. Essas iniciativas evitam internações e reduzem custos familiares. A experiência de profissionais com perfil comunitário mostra como atenção de baixa complexidade previne problemas maiores.

Informações práticas para o dia a dia

Em casos de dúvidas sobre tratamentos, registre sintomas, horários e efeitos percebidos. Leve esse relato ao farmacêutico e ao médico. Esse hábito dá clareza e acelera ajustes. Para famílias que cuidam de idosos, organizar uma caixa de remédios com separadores por turno reduz erros. Treine mais de uma pessoa para a rotina, para que o cuidado não dependa de um único responsável.

Sobre saúde mental do luto, vale um cuidado simples: rotina, alimentação regular e sono. Procure conversar com pessoas próximas. Se sinais de tristeza intensa persistirem por semanas, busque atendimento psicológico. O suporte emocional favorece a retomada da vida prática e protege vínculos que sustentam a comunidade.

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