Essa tendência de pet friendly home está mudando a decoração das brasileiras

Essa tendência de pet friendly home está mudando a decoração das brasileiras

Na pressa do dia a dia, a casa brasileira está lidando com um novo hóspede que virou morador: o pet. Sofás ganham capas, tapetes trocam de textura, plantas sobem para prateleiras altas. A tendência de casa pet friendly não é só moda de feed. É resposta prática a um país que ama bicho e vive em apartamentos menores.

Era sábado, oito e pouco, e a luz batia no piso de cimento queimado. A golden de Cecília se esticava na janela enquanto a gata escalava, confiante, a “estrada” de prateleiras até o topo da estante. O barulho do aspirador competia com a chaleira, e no sofá novo — tecido performance, zíper invisível — um cobertor dobrado servia de território compartilhado. Ali, cada objeto parecia escolhido com uma pergunta: vai durar com unhas, pelos, alegria? No corredor, uma portinhola embutida dava acesso ao banheirinho do gato. Uma varanda telada, discreta, dava a pista final. O design e a rotina já estavam namorando.

Quando o sofá vira casinha: a estética que acolhe patas

Pet friendly home não é “deixar subir no sofá” e pronto. É repensar alturas, percursos, texturas. No Brasil, isso aparece em capas com zíper para sofás, tapetes laváveis, nichos baixos que viram toca e prateleiras altas para gatos, tudo conversando com a paleta da casa.

Pensa na Camila, 32, que adotou dois vira-latas num apê de 58 m² em Salvador. Ela trocou o tapete felpudo por um kilim lavável, aposentou a mesinha de vidro e ganhou um banco baú para esconder brinquedos. Segundo a Abinpet, o Brasil figura entre os maiores mercados pet do mundo, com um número de animais que passa dos 140 milhões. As buscas por “decoração com pets” cresceram no Pinterest Brasil e no Google. Nada mais é tendência de nicho.

Existe lógica por trás do visual. Apartamentos compactos pedem menos tralha no chão e materiais resistentes a arranhões e líquidos. Isso puxa tons terrosos, microcimento, madeira com acabamento fosco, mantas de algodão pesado e tapetes de trama fechada que secam rápido. Em casa, o belo não precisa pedir desculpas ao prático. O resultado? Uma beleza mais honesta, com texturas que abraçam a bagunça boa do dia a dia.

Como aplicar o pet friendly sem perder estilo

Comece mapeando o caminho do seu pet. Onde ele dorme, come, toma sol, corre. Desenhe soluções para esses pontos: caminha sob o aparador, comedouro em estação fácil de limpar, duchinha na lavanderia com ralo ágil, prateleiras que viram passarela. Tecidos? Opte por sarja, lona, suede sintético, bouclé de trama cerrada e capas removíveis. Tapetes modulares clicáveis são ótimos aliados.

Erros comuns: tapete peludo que vira ímã de pelo, sofá sem capa, plantas tóxicas ao alcance, muitos objetos no chão. Eu já caí nessa. Sejamos honestas: ninguém faz isso todo dia. Por isso as soluções precisam ser automáticas, não heróicas. Eleve os cabos com canaletas, use tinta lavável nas paredes de rodinha, guarde brinquedos em caixas com tampa e etiqueta. Pequenos gestos, grande respiro visual.

Funciona melhor quando a casa conversa com o bicho e com você. Escolha um “kit de sobrevivência” e mantenha por perto: pano de microfibra, spray enzimático, escova tira pelos, capa reserva.

“Não é casa para cachorro. É casa com cachorro.” — me disse uma arquiteta em São Paulo, enquanto desenhava uma bancada com cuba rasa só para patas.

  • Tecidos: performance, capa removível, cores médias que disfarçam pelos.
  • Pisos: porcelanato acetinado, vinílico click, cimento com selador antiderrapante.
  • Truques: mantas estratégicas, rodapés altos, prateleiras gatificadas.
  • Segurança: tela discreta na varanda, travas em armários baixos, plantas não tóxicas.

O que essa mudança diz sobre a casa brasileira

A gente já viveu aquele momento em que o pote de água vira mar no corredor e, entre um pano e outro, dá risada. A casa pet friendly canoniza esse real. Menos perfeição vitrificada, mais marcas de vida. Quando a estética admite arranhão e recupera rápido, sobra tempo para brincar, receber amigos, abrir a janela sem medo. Isso cria uma nova etiqueta: a do cuidado que também é bonito. O consumo troca o “bem fininho” pelo “vai longe”. Arquitetos abraçam soluções modulares, donos aceitam texturas sinceras. E surgem pequenas gambiarras inteligentes, como grades invisíveis no rack e portinhas internas que desaparecem no painel. Muda o status do pet, muda o desenho da casa. E a conversa sobre design fica mais amorosa.

Ponto Chave Detalhe Interesse do leitor
Tecido que dura Lona, sarja, suede sintético, capas com zíper Sofá bonito sem sofrimento
Fluxo do pet Prateleiras, nichos, duchinha, estação de comida Casa organizada e fácil de limpar
Segurança estética Tela na varanda, plantas não tóxicas, cabos escondidos Paz com estilo

FAQ :

  • O que é uma casa pet friendly na prática?É um conjunto de escolhas — materiais, alturas, percursos — que facilita a vida com pets sem sacrificar o visual. Pensa em beleza que aguenta rotina.
  • Quais tecidos funcionam melhor em sofás?Sarja, lona, bouclé de trama fechada e suede sintético. Prefira capas removíveis para lavar rápido e retomar a forma.
  • Como evitar cheiro e bagunça?Crie uma estação de higiene com tapete emborrachado e panos à mão. Use spray enzimático e tapetes laváveis. Rotina curta, todos os dias.
  • Tenho apê pequeno. O que priorizar?Nichos com função dupla, banco baú, prateleiras para verticalizar o intervalo do gato, tapete modular. Menos coisas no chão.
  • Quais plantas são seguras para pets?Samambaia, areca-bambu, calatéias, peperômias e ripsális. Evite comigo-ninguém-pode, costela-de-adão jovem e espada-de-são-jorge ao alcance.

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