A fila para a casa própria ganhou um empurrão inesperado. Prazos curtos, regras claras e uma ajuda que faz diferença.
A nova etapa do Feirão de Imóveis do programa Casa Paulista abre chance real de reduzir a entrada, ajustar parcelas e tirar do papel o plano da moradia própria. A ação alcança Marília e outras 17 cidades do Estado com cartas de crédito complementares, válidas só até domingo (dia 2).
O que está na mesa
O feirão coloca à disposição cartas de crédito entre R$ 10 mil e R$ 16 mil para famílias que se enquadram nas regras do Casa Paulista – Carta de Crédito Imobiliário. O apoio estadual complementa o financiamento contratado junto à Caixa Econômica Federal, que opera com recursos do FGTS.
As cartas de crédito variam de R$ 10 mil a R$ 16 mil e só podem ser usadas até domingo (dia 2).
Ao todo, 40 conjuntos residenciais de construtoras participam com empreendimentos que recebem apoio de recursos públicos, um desenho pensado para reduzir a entrada e facilitar a aprovação do crédito. Isso acelera a compra e amplia o acesso à moradia formal.
Marília tem feirão prorrogado
Em Marília, a etapa atual prorroga o feirão realizado entre 17 e 20 de outubro, que apresentou 217 imóveis. O atendimento acontece na Avenida Rio Branco, 119. Na sexta-feira, funciona das 9h às 20h; no sábado, das 9h às 17h; e no domingo, das 10h às 15h.
Marília, Avenida Rio Branco, 119: sexta (9h–20h), sábado (9h–17h) e domingo (10h–15h).
Como a carta de crédito ajuda no financiamento
A carta de crédito do Estado entra como complemento, abatendo parte da entrada ou do valor a financiar. O resultado é direto: menor necessidade de recursos próprios e, com frequência, parcelas mais acessíveis, dependendo do prazo aprovado pela Caixa e do perfil de renda da família.
Na prática
- Abate a entrada: o subsídio reduz o valor que você precisa ter na hora da assinatura.
- Encurta o financiamento: com menos saldo a financiar, o banco pode aprovar condições melhores.
- Combina com FGTS: o comprador pode usar o FGTS e a carta de crédito juntos, conforme as regras do banco.
- Vale para empreendimentos participantes: os imóveis são de construtoras com projetos habilitados no feirão.
Quem pode participar
O programa atende famílias com renda de até três salários mínimos, que não tenham imóvel em seu nome e não possuam financiamento imobiliário ativo. É necessário passar pela análise de crédito da Caixa, apresentar documentação e cumprir os critérios patrimoniais.
Documentos que costumam ser pedidos
- Documento de identidade e CPF de todos os proponentes.
- Comprovantes de renda atualizados (holerites ou documentos equivalentes).
- Comprovante de residência recente.
- Certidão de estado civil.
- Extrato do FGTS (se for utilizar).
- Declarações e autorizações exigidas pelo banco durante a análise.
Passo a passo para não perder o prazo
Exemplos de impacto no orçamento
Os números abaixo são ilustrativos para mostrar como a carta de crédito pode reduzir o valor financiado. As condições finais dependem da análise do banco, do preço do imóvel e do perfil do comprador.
| Preço do imóvel | Carta de crédito | Uso do FGTS (exemplo) | Valor a financiar |
|---|---|---|---|
| R$ 200.000 | R$ 16.000 | R$ 20.000 | R$ 164.000 |
| R$ 180.000 | R$ 12.000 | R$ 15.000 | R$ 153.000 |
| R$ 160.000 | R$ 10.000 | R$ 10.000 | R$ 140.000 |
Perguntas rápidas que surgem no balcão
Posso usar o FGTS junto?
Sim, desde que o comprador atenda às regras do FGTS e da Caixa. Normalmente, o FGTS pode compor a entrada, reduzir saldo devedor ou amortizar prestações, respeitando limites e carências do banco.
Quem é autônomo consegue?
Consegue, desde que comprove renda. Extratos bancários, declarações de imposto de renda e recibos podem ser considerados. A instituição avalia estabilidade dos recebimentos e capacidade de pagamento.
Imóvel usado entra?
O foco do feirão está em empreendimentos de construtoras participantes. Verifique no local se há opções específicas e as condições de cada projeto habilitado.
Custos que você precisa considerar
- CET do financiamento: envolve juros, seguros obrigatórios e taxas administrativas.
- Despesas de cartório e ITBI: verifique se há isenções ou reduções na sua cidade.
- Condomínio e IPTU: coloque na ponta do lápis para não apertar o orçamento mensal.
- Prazo e parcela: prazos maiores reduzem parcelas, mas aumentam o total pago ao longo do tempo.
Como tirar mais valor do feirão
Chegue com simulações prévias. Tenha clareza do teto de parcela que cabe no seu bolso sem comprometer reservas para emergências. Leve documentos organizados para agilizar a análise e evite decisões por impulso. Se possível, compare dois ou três empreendimentos do seu interesse e verifique padrão construtivo, localização, transporte e serviços no entorno.
Risco de perder o benefício por prazo
A carta de crédito tem janela curta. Se a proposta não for formalizada até domingo (dia 2), o subsídio não se aplica. Antecipe a visita, peça a simulação e guarde protocolos de atendimento. Em caso de dúvidas, retorne ao balcão do feirão no mesmo dia para ajustes de documentação.
Para quem está fora de Marília
A ação também alcança outras 17 cidades do Estado. Procure o ponto de atendimento mais próximo e confirme os horários locais, que podem variar. Leve a lista básica de documentos e solicite a simulação com base na sua renda familiar para entender o valor de carta de crédito disponível dentro das regras do programa.
Dica final para a sua decisão
Antes de assinar, revise a proposta com atenção ao CET, ao prazo e à evolução das parcelas. Simule cenários de queda e aumento de renda. Avalie um plano de amortização semestral com FGTS para reduzir juros futuramente. Se o empreendimento oferecer unidades com metragens diferentes, simule os dois tamanhos: às vezes, uma pequena redução de área equilibra o orçamento e preserva a saúde financeira da família.
