Com o fim do mês chegando e a feira pesando no bolso, uma data próxima deve mexer com a rotina doméstica.
Com promessa de variedade e preços amigáveis, uma edição especial do Feirão do Pescado volta ao radar dos manauaras. A ação terá dois pontos estratégicos de atendimento, horários estendidos e foco em peixes regionais com procedência controlada. A organização já começou a ajustar logística, segurança sanitária e descarte de resíduos para que a compra corra sem aperto e com qualidade.
O que vai acontecer e por que interessa a você
A Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) confirmou uma edição especial do Feirão do Pescado para 28 e 29 de novembro em Manaus. A proposta é simples: aproximar quem produz de quem compra, garantir peixe fresco, legalizado e com preço acessível, e fortalecer a piscicultura local e o manejo sustentável.
Datas marcadas e madrugadão na agenda: 28 e 29 de novembro, a partir de 5h30, com atendimento em dois pontos da cidade.
Segundo a coordenação técnica, o feirão busca dar vazão à produção regional e oferecer uma alternativa direta ao consumidor. A equipe já discutiu rotas de chegada de cargas, armazenamento em gelo, fiscalização e limpeza dos pontos. Isso reduz perdas, melhora a experiência de compra e protege a saúde de quem leva o peixe para casa.
Locais, horários e como se organizar
Os dois pontos de venda ficarão na zona sul e na zona norte, para facilitar o acesso de diferentes bairros. Os horários foram estendidos no primeiro dia e concentrados na manhã do segundo.
| Data | Horário | Pontos de venda |
|---|---|---|
| 28 de novembro (quinta) | 5h30 às 19h | Centro Cultural Povos da Amazônia (antiga Bola da Suframa, zona sul) e Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola (Cidade Nova, zona norte) |
| 29 de novembro (sexta) | 5h30 às 13h | Mesmos locais |
Dois pontos, um objetivo: levar peixe regional, com certificação e preço acessível, para mais famílias de Manaus.
Como planejar sua compra
- Chegue cedo para mais variedade e lotes recém-embarcados no gelo.
- Leve caixa térmica com gelo ou acumuladores frios; o trajeto em dias quentes aumenta o risco de perda.
- Calcule 200 a 300 g por pessoa por refeição se comprar em postas ou filés; peças inteiras podem render mais, conforme o corte.
- Observe olhos brilhantes, guelras avermelhadas e cheiro suave. Rejeite peixes com cheiro ácido ou olhos opacos afundados.
- Peça nota fiscal e verifique a identificação do fornecedor no rótulo ou no balcão.
O que deve estar à venda
A oferta costuma refletir a sazonalidade e a disponibilidade da piscicultura e do manejo regularizado. Espécies regionais aparecem com frequência e atendem do churrasco à panela do dia a dia.
- Tambaqui e tambaqui de cativeiro (inteiro, postas ou cortes, conforme disponibilidade);
- Matrinxã e tambatinga;
- Pirarucu de manejo ou de cultivo, com certificações específicas;
- Curimatã, pacu e outras espécies regionais, conforme chegada dos lotes.
Os formatos de venda variam: peças inteiras, cortes e, quando possível, filés. A coordenação técnica sinaliza foco em certificação sanitária e origem legal, reduzindo o risco de compra irregular.
Peixe regional com procedência checada e manejo regularizado aumenta a segurança alimentar e valoriza quem produz no Amazonas.
Bastidores que fazem diferença: logística e sustentabilidade
A ADS iniciou o alinhamento com a equipe técnica ainda em outubro para desenhar rotas, tempos de exposição em gelo e a limpeza dos pontos. O plano inclui recipientes para resíduos, orientação aos feirantes e supervisão sanitária durante o expediente. O objetivo é manter o produto na temperatura correta e o entorno organizado, mesmo com grande fluxo de pessoas.
Por que isso ajuda o produtor e o consumidor
Para o piscicultor, o feirão reduz a intermediação e melhora o giro de estoque perto do fim do mês. Para o consumidor, os preços tendem a ficar mais competitivos e a procedência mais clara. A presença de manejo e de piscicultura, com documentação e certificações, também desestimula a informalidade.
Roteiro rápido para a sua compra funcionar
- Horário: prefira a primeira hora da manhã para lotes mais frios e filas menores.
- Transporte: caixas térmicas com gelo garantem melhor conservação até chegar em casa.
- Armazenamento: refrigere imediatamente; para congelar, porcione, retire o excesso de umidade e identifique com data.
- Cozinha: para assados, postas de tambaqui ganham com tempero simples (sal, pimenta, limão) e calor alto rápido.
- Segurança: não recongele peixe descongelado; ao consumir cru, use produto previamente congelado para reduzir riscos.
Perguntas práticas que o público costuma fazer
Formas de pagamento variam por banca. Muitos feirantes adotam meios eletrônicos, mas leve dinheiro para agilizar. Leve sacolas reforçadas ou caixas retornáveis para reduzir plástico descartável. Crianças e idosos devem evitar longas esperas sob o sol; a manhã bem cedo é o horário mais confortável.
Disponibilidade e ajustes
A dinâmica de feiras depende de logística, clima e chegada dos caminhões. Espécies e volumes podem mudar ao longo do dia. Em caso de alta demanda, lotes se esgotam rápido. Vale monitorar os dois pontos e alternar entre eles se buscar itens específicos.
Contexto que amplia a decisão de compra
Piscicultura e manejo regularizado não são a mesma coisa. A primeira cria peixes em sistemas controlados, com alimentação e rastreio; o segundo retira peixes de estoques naturais dentro de regras técnicas e cotas, com fiscalização. Nos dois casos, a certificação sanitária e a documentação de origem reduzem risco de contaminação, fortalecem a renda local e ajudam a conservar espécies.
Para quem faz conta de casa, vale uma simulação simples: uma família de quatro pessoas que consome peixe duas vezes por semana precisa de 1,6 a 2,4 kg de cortes por semana, dependendo do apetite e do tipo de preparo. Compras maiores no feirão, com porcionamento e congelamento correto, podem reduzir idas ao mercado e estabilizar o cardápio do mês.
Há também ganhos colaterais. O feirão costuma estimular técnicas melhores de conservação entre os feirantes, padroniza comunicação de preços e cria referências para a temporada de festas. Se você pretende receber amigos em dezembro, antecipe cortes versáteis — como postas de tambaqui e filés de pirarucu — e evite sobrecarga no fim do ano, quando a demanda dispara e as filas crescem.


