Uma rotina familiar virou corrida contra o tempo, orações e celular na mão. Pais se reconhecem nesse medo silencioso.
Nas últimas horas, a pequena Helena, filha de Neymar Jr. com a influenciadora Amanda Kimberlly, virou assunto nas redes ao sofrer um acidente dentro de casa e ser levada às pressas para atendimento médico. O episódio reacendeu um alerta que cabe em qualquer lar com crianças: portas, dobradiças e distração formam um trio perigoso que pede prevenção constante.
O susto e a cirurgia
Segundo relato publicado por Amanda Kimberlly, Helena, de um ano, teve o dedo preso no fechamento de uma porta nesta sexta-feira (31). O ferimento exigiu avaliação imediata e um procedimento cirúrgico de emergência, realizado no mesmo dia. A mãe descreveu o episódio como um “susto” que interrompeu a rotina e mobilizou a família.
Helena passou por cirurgia de emergência após prender o dedo na porta e, segundo a família, já se recupera bem em casa.
Depois da operação, Amanda relatou que a criança reagiu de forma rápida ao tratamento. Mesmo com um curativo volumoso no braço, a menina voltou a brincar e não demonstrou dor, sinal frequente de boa resposta em lesões desse tipo. A influenciadora também registrou um momento de gratidão ao observar, no hospital, outras crianças enfrentando quadros mais complexos e prolongados.
Relato da mãe
Em postagens, Amanda descreveu a sequência do dia: correria até o hospital, avaliação, procedimento e, algumas horas depois, retorno para casa. O tom foi de alívio ao final, com agradecimentos pela recuperação da filha e pela assistência recebida. O episódio, marcado pelo “último dia do mês”, ganhou forte repercussão porque muitos pais se viram na mesma cena: um descuido de segundos que muda tudo.
Onde estava o atacante
Neymar permanece em Santos e se prepara para voltar a campo em partida marcada para as 16h, contra o Fortaleza. Até o fechamento desta reportagem, o jogador não havia comentado o acidente nas redes. Além de Helena, o camisa 10 é pai de Davi Lucca, 14 anos, fruto da relação com Carol Dantas; e de Mavie, 2, e Mel, com três meses, do relacionamento com Bruna Biancardi.
O que é uma lesão por porta em crianças
Lesões por esmagamento em portas estão entre os acidentes domésticos mais comuns na infância. O mecanismo costuma envolver a dobra da porta ou o impacto da batida. Dependendo da força, o dano pode ir de uma contusão simples à fratura da falange, laceração do leito ungueal (região da unha) ou, em quadros mais severos, amputação parcial da ponta do dedo.
No hospital, a equipe avalia sangramento, sensibilidade, movimento e integridade da unha. Radiografias ajudam a identificar fraturas. Em muitos casos, a correção exige anestesia local ou sedação, limpeza cirúrgica, sutura e, quando a unha sofre deslocamento, reparo do leito ungueal. A cirurgia imediata reduz risco de infecção, de sequelas funcionais e de deformidades da unha.
Procure atendimento urgente se houver sangramento persistente, deformidade visível, dormência, exposição óssea ou suspeita de fratura.
Sinais de alerta
- Sangramento que não cessa após compressão contínua por 10 minutos.
- Deformidade, dedo torto ou incapacidade de mexer a articulação.
- Unha deslocada, rasgada na base ou corte profundo com exposição do leito ungueal.
- Dor intensa com ponta do dedo muito pálida, arroxeada ou fria.
- Perda de sensibilidade ou formigamento persistente.
- Ferimento sujo, mordida associada ou vacinação antitetânica desatualizada.
Como reduzir o risco em casa
Prevenção precisa de rotina e de pequenos dispositivos que fazem diferença no dia a dia. Portas merecem atenção redobrada em casas com bebês e crianças curiosas, que alcançam maçanetas antes de entender o perigo das dobradiças.
Dicas práticas
- Instale protetores de porta que impedem o fechamento completo e evitam esmagamento dos dedos.
- Coloque travas de dobradiça ou espumas em formato “C” na parte superior da porta, fora do alcance da criança.
- Prefira amortecedores ou sistemas de fechamento suave para reduzir impactos.
- Evite correntes de ar fortes: segure portas com calços quando janelas estiverem abertas.
- Ensine cuidadores e visitas a nunca deixar crianças brincarem atrás de portas.
- Organize os ambientes de passagem: retire brinquedos do chão que incentivem a criança a ficar na linha da porta.
| Faixa etária | Medida mais útil |
|---|---|
| 0 a 2 anos | Protetores de porta, travas de dobradiça e supervisão constante |
| 3 a 5 anos | Protetores e educação sobre manter as mãos longe da área da dobradiça |
| 6 anos ou mais | Regras claras de segurança e portas com amortecedor |
A família do jogador hoje
O episódio também reacende o olhar para a dinâmica de uma família grande, dividida entre agendas, viagens e a rotina das crianças. Veja um retrato rápido:
| Nome | Idade | Mãe |
|---|---|---|
| Davi Lucca | 14 anos | Carol Dantas |
| Mavie | 2 anos | Bruna Biancardi |
| Mel | 3 meses | Bruna Biancardi |
| Helena | 1 ano | Amanda Kimberlly |
Entre treinos, compromissos públicos e a rotina dos filhos, episódios como o desta sexta mostram que o imprevisto doméstico atinge qualquer família e pede coordenação rápida entre quem está em casa e quem está fora.
O que esperar nos próximos dias
Após uma cirurgia no dedo, é comum o uso de curativo volumoso para proteção e imobilização parcial. A orientação médica costuma incluir elevação da mão nas primeiras 48 horas, troca de curativos, manutenção de limpeza e observação de sinais de infecção, como vermelhidão intensa, febre ou secreção. Dor tende a reduzir gradualmente; analgésicos podem ser prescritos.
Atividades físicas devem ficar limitadas, especialmente aquelas com risco de queda ou impacto nas mãos. Em crianças, os médicos costumam reavaliar a cicatrização em curto prazo e, quando indicado, encaminhar para fisioterapia simples, focada em amplitude de movimento, a fim de evitar rigidez.
Cuidados no dia a dia
- Mantenha a mão limpa e seca; troque o curativo como orientado pelo médico.
- Evite molhar o curativo no banho; use proteção plástica adequada.
- Observe cor, temperatura e sensibilidade dos dedos; alterações exigem reavaliação.
- Não retire imobilizações por conta própria; isso pode comprometer a cicatrização.
Recuperação rápida em crianças é frequente, mas acompanhamento médico e rotina de cuidados fazem toda a diferença no resultado.
Para pais e cuidadores: preparo que funciona
Vale montar um pequeno kit de primeiros socorros com gaze estéril, soro fisiológico, bandagens, luvas e termômetro. Combine com a família quem leva a criança ao hospital, quem organiza documentos e quem informa outros cuidadores. Uma simulação rápida desse passo a passo, feita num dia comum, reduz erros quando a pressa entra em cena.
Em casas com mais de uma criança, distribua tarefas: um adulto acalma o pequeno, outro separa itens e chama transporte. Liste contatos de emergência em local visível. Ajustes simples — como protetores de porta e treinamento básico — custam pouco tempo e reduzem o risco dos três desfechos mais temidos nessas situações: fratura, dano à unha e corte profundo.


