IBGE revela os nomes e sobrenomes mais comuns no DF: você tem um deles? veja os 10 mais no ranking

IBGE revela os nomes e sobrenomes mais comuns no DF: você tem um deles? veja os 10 mais no ranking

Seu nome pode dizer de que época você veio e como sua família se conecta à história do DF e do Brasil.

A nova lista do IBGE traz um retrato geracional das preferências de batismo no Distrito Federal. O panorama mostra prenomes tradicionais em alta entre adultos e idosos e uma renovação entre os mais jovens, além de um sobrenome que atravessa séculos e domina documentos.

O que os números apontam

Maria lidera entre as mulheres no DF, com 158.296 registros e idade mediana de 53 anos. José encabeça entre os homens, com 47.453 registros e idade mediana de 54 anos.

Os dados divulgados pelo IBGE mostram que os prenomes mais frequentes no DF se concentram nas gerações acima dos 50 anos. A distribuição por idade revela que a liderança histórica de Maria e José já não se repete com a mesma força nas faixas mais jovens. O levantamento também confirma a onipresença de Silva como o sobrenome mais recorrente nos registros do DF.

Como ler a idade mediana

Idade mediana é a que separa o grupo ao meio. Entre as Marias com registro no DF, metade tem 53 anos ou mais e metade tem até 53. O mesmo raciocínio vale para os Josés, com mediana de 54 anos.

A mediana divide igualmente o conjunto: metade acima, metade abaixo. É um indicador menos sensível a extremos que a média.

Os nomes femininos mais frequentes

Entre mulheres, o pódio tem um distanciamento expressivo entre a primeira e a segunda colocada. A força cultural e religiosa de Maria ainda sustenta a liderança, enquanto Ana, Julia e Alice ganham espaço em faixas etárias mais novas.

  • Maria — 158.296
  • Ana — 62.576
  • Julia — 11.813
  • Francisca — 10.672
  • Amanda — 9.460
  • Mariana — 9.436
  • Letícia — 9.215
  • Fernanda — 9.184
  • Juliana — 8.885
  • Alice — 8.863

Maria aparece também entre os prenomes mais populares do país, segundo a base do IBGE. No DF, o nome soma mais de 158 mil registros, amparado por tradição bíblica e longa permanência no topo das preferências familiares.

Maria, tradição que atravessa gerações

Associado ao hebraico Miriam, Maria traz sentidos como “senhora soberana”, “vidente” e “amada”. A referência religiosa ampliou o uso, especialmente entre famílias cristãs. No DF, a metade das Marias tem 53 anos ou mais, sinal de que o ápice do batismo com esse nome ficou para trás, embora siga muito presente nos cartórios.

Os nomes masculinos mais frequentes

Entre homens, José e João dividem a ponta, seguidos por Pedro. Clássicos como Antonio, Francisco e Paulo seguem com grande base de registros, ao lado de Lucas e Gabriel, que refletem ondas mais recentes.

  • José — 47.453
  • João — 47.082
  • Pedro — 27.075
  • Antonio — 24.915
  • Lucas — 23.348
  • Francisco — 22.272
  • Gabriel — 21.347
  • Carlos — 20.219
  • Paulo — 18.414
  • Marcos — 16.156

José tem origem no hebraico Yosef, com sentidos como “aquele que acrescenta” e “Deus multiplica”. A associação bíblica e o peso da tradição familiar levaram o nome a atravessar décadas. A idade mediana de 54 anos indica que o auge de registros também ficou concentrado em adultos e idosos.

Sobrenomes que dominam documentos

Silva responde por 14% da população do DF, com 390.958 pessoas registradas com o sobrenome.

  • Silva — 390.958
  • Santos — 232.092
  • Oliveira — 166.287
  • Sousa — 182.823
  • Pereira — 137.568
  • Alves — 132.202
  • Souza — 111.593
  • Rodrigues — 101.290
  • Ferreira — 92.685
  • Lima — 89.728

Por que “Silva” é tão comum

Derivado do latim para “selva” ou “floresta”, Silva surgiu como designação ligada a lugares arborizados. O uso se consolidou em Portugal e se espalhou no Brasil durante a colonização. Com o tempo, tornou-se um marcador de pertencimento familiar adotado por diferentes grupos sociais. A ampla presença se explica por herança ibérica, padronização dos registros civis e transmissões intergeracionais do sobrenome.

Geração mais jovem muda o mapa dos nomes

O topo atual reúne nomes tradicionais, mas o comportamento de batismo nos últimos anos aponta outra direção nas faixas mais novas. Pais buscam sonoridade curta, grafias simples e referências culturais do momento. No DF, a presença de Alice entre os dez nomes femininos mais frequentes ilustra essa transição. Entre homens, Lucas e Gabriel ocupam posições de destaque, sinalizando ondas que ganharam fôlego nos anos 2000 e 2010.

Essa reconfiguração não derruba os clássicos de imediato. A lista considera toda a população viva, somando décadas de registros. Nomes tradicionais, por terem mais tempo de acumulação, seguem à frente. O efeito geracional aparece com nitidez quando se olha para a idade mediana, que desloca o centro de massa para faixas acima de 50 anos em Maria e José.

Do cartório à cultura pop

As escolhas de prenomes refletem religião, homenagens familiares, modas televisivas e influências internacionais. Em ciclos recentes no Brasil, nomes como Alice e Helena, entre meninas, e Miguel e Arthur, entre meninos, ganharam força em vários estados. A lista do DF, ao trazer Julia, Alice, Lucas e Gabriel entre os mais frequentes, sinaliza pontos de contato com essas tendências, ainda que misturados a uma base histórica robusta.

Retrato rápido em números

Indicador Valor
Maria no DF 158.296 registros | idade mediana: 53 anos
José no DF 47.453 registros | idade mediana: 54 anos
Participação de “Silva” 14% da população do DF (390.958 pessoas)

Como consultar seu nome na base do IBGE

O IBGE mantém uma ferramenta pública que permite verificar popularidade, origem e distribuição geográfica de prenomes e sobrenomes. Quem deseja pesquisar pode buscar pelo próprio nome e comparar com outras faixas etárias do DF e do país. A leitura de tendências por idade ajuda a entender se o nome cresceu ou perdeu fôlego entre recém-nascidos.

Vai registrar um bebê? Pontos práticos para decidir

  • Grafia e pronúncia: priorize variações simples para evitar erros em chamadas e documentos.
  • Homônimos: nomes muito populares aumentam chances de confusão em escolas, concursos e cadastros.
  • Combinação com sobrenomes: teste sonoridade e tamanho do conjunto, pensando em assinaturas e documentos.
  • Significado e história: verifique origem e referências culturais, incluindo possíveis associações midiáticas.
  • Futuro profissional: nomes muito raros ou com grafias incomuns podem gerar correções repetidas.

Duas ideias para usar os dados do ranking

Quem busca um nome clássico pode olhar o topo para compor duplos como “Ana Julia” ou “João Pedro” sem perder fluidez. Quem prefere algo menos comum pode cruzar nomes do meio da lista com sobrenomes frequentes, evitando homônimos e preservando boa sonoridade.

Nomes dizem de onde viemos; sobrenomes conectam histórias familiares. O ranking do IBGE ajuda a equilibrar tradição e novidade.

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