Latam mira Oriente Médio e novos destinos em Europa e África: você voaria? veja 7 mudanças para 2026

Latam mira Oriente Médio e novos destinos em Europa e África: você voaria? veja 7 mudanças para 2026

Planos de novas rotas internacionais ganham fôlego na Latam e indicam um 2026 movimentado para quem cruza o Atlântico.

A Latam confirmou que analisa um destino direto no Oriente Médio e que estuda ampliar sua presença na Europa e na África. Ao mesmo tempo, a companhia programou reforços de frequências para rotas já consolidadas a partir de 2026, especialmente a partir de São Paulo (Guarulhos). Os movimentos miram demanda reprimida, maior conectividade e disputam passageiros com concorrentes tradicionais.

O que está na mesa

A Latam avalia um novo voo direto para o Oriente Médio e considera ampliar bases na África e na Europa.

O plano para o Oriente Médio reacende uma frente que a empresa deixou em 2021, quando encerrou a operação para Tel Aviv. Agora, a análise inclui alternativas que permitam conectar o Brasil a mercados do Golfo e, por tabela, encurtar acessos à Ásia. Doha surge como candidata natural por causa do acordo de compartilhamento com a Qatar Airways, que viabiliza conexões para Índia, Sudeste Asiático e China com uma única parada.

Na África, a Latam voa hoje para Joanesburgo. A procura por lazer e intercâmbio cultural abre espaço para ampliar o mapa: Cidade do Cabo vira possibilidade, e há apelo de destinos como Cairo e Casablanca, muito procurados por brasileiros. Na Europa, a empresa cobre o eixo ocidental mais tradicional, mas deixa lacunas notáveis, como Dublin e Porto, cidades com comunidades brasileiras expressivas.

Oriente Médio: ligação direta e acesso à Ásia

Um voo direto para o Golfo reduz o tempo total de viagem a cidades asiáticas quando comparado a conexões longas via Europa. Doha oferece rede extensa e slot mais flexível do que hubs congestionados. Além disso, a sinergia com o codeshare da Qatar Airways simplifica bagagem, check-in e acúmulo de pontos no Latam Pass.

Tel Aviv volta ao radar por ser mercado com tráfego corporativo e turístico, mas a rota exige estabilidade geopolítica e previsibilidade operacional. Em qualquer cenário, o hub de Guarulhos tende a concentrar a oferta, já que reúne demanda, manutenção e tripulações prontas para operações de longo curso.

África: além de Joanesburgo

A ampliação para a África atende um público que busca safáris, vinícolas e cidades históricas. Cidade do Cabo combina sazonalidade forte de verão, hotéis bem avaliados e atrativos ao ar livre. Ao norte, Cairo e Casablanca interessam por preço e apelo cultural; hoje, brasileiros dependem de conexões ou de voos semanais limitados com companhias estrangeiras. A Latam pode capturar esse fluxo com horários que encaixem bem conexões domésticas no Brasil.

Europa: lacunas que chamam atenção

Dublin concentra estudantes e profissionais de tecnologia brasileiros. Um voo de Guarulhos para a Irlanda abriria um corredor direto para um público fiel e com viagens recorrentes. No caso do Porto, a demanda turística cresce e complementa Lisboa, onde a concorrência pressiona tarifas. A empresa já provou fôlego em capitais clássicas; atacar esses nichos amplia margem e fidelidade.

O que já está confirmado para 2026

Reforços em rotas para América do Norte e Europa começam entre abril e junho de 2026, com mais voos partindo de São Paulo.

  • Orlando terá dois voos diários a partir de junho.
  • Madri dobra para 14 frequências semanais a partir de abril.
  • Roma passa a voo diário em junho.
  • Barcelona vira diária em junho, após aumento em abril.
  • Los Angeles cresce para cinco voos por semana em junho.
  • Miami salta para 15 frequências semanais em junho (reforço pontual).
  • Boston ganha quarta frequência semanal em maio.
Rota Situação atual A partir de 2026 Início previsto
São Paulo – Orlando 9/semana 14/semana (2 diários) junho/2026
São Paulo – Los Angeles 4/semana 5/semana junho/2026
São Paulo – Miami 14/semana 15/semana (reforço de junho) junho/2026
São Paulo – Boston 3/semana 4/semana maio/2026
São Paulo – Roma 5/semana 7/semana (diário) junho/2026
São Paulo – Barcelona 4/semana 5/semana (abril) e 7/semana (junho) abril e junho/2026
São Paulo – Madri 10/semana 14/semana (2 diários) abril/2026

Como isso impacta você

Mais frequências costumam reduzir tarifas médias, ampliar janelas de horário e melhorar conexões para quem sai de outras capitais brasileiras. O reforço para Orlando, por exemplo, beneficia famílias em férias escolares, enquanto a duplicação de Madri cria mais assentos para quem conecta a cidades secundárias na Espanha e no restante da Europa.

O acordo de joint venture da Latam com a Delta nos Estados Unidos tende a alimentar as rotas da costa leste e do oeste, com bilhetes combinados mais simples e pontuação integrada no Latam Pass. No Golfo, o codeshare com a Qatar Airways deve facilitar emissões para a Ásia com uma única franquia de bagagem e menor risco de reconexão perdida.

Dicas práticas para comprar melhor

  • Monitore tarifas com 90 a 150 dias de antecedência para alta temporada e 45 a 90 dias para baixa.
  • Flexibilize em dois ou três dias a data de ida e de volta para capturar classes tarifárias mais baratas.
  • Considere saídas nas noites de terça e quarta; a demanda corporativa cai e a chance de preço menor cresce.
  • Use milhas em trechos de menor procura (ex.: ida em dia útil, volta no sábado) para reduzir o custo total.
  • Verifique conexões domésticas com tempo mínimo confortável em Guarulhos, especialmente se viajar com crianças.

O que pode acelerar ou atrasar os planos

Os novos voos dependem de aprovação regulatória, disponibilidade de slots em Guarulhos e alocação de aeronaves de longo curso. A Latam opera widebodies no grupo capazes de cumprir as rotas propostas e ajusta cronogramas conforme manutenção pesada e recebimento de novos narrowbodies para alimentar o hub. Variações no preço do combustível e no câmbio influenciam a decisão final de abrir uma rota direta ou apostar em acordos de conexão.

No Oriente Médio, o cenário geopolítico pesa: a empresa precisa de segurança operacional e previsibilidade para lançar uma rota de longa distância. Na África, acordos bilaterais e infraestrutura em aeroportos de destino também entram na conta. Na Europa, disputa por slots em cidades concorridas pode limitar horários nobres, o que afeta a experiência do passageiro e a rentabilidade.

Pontos de atenção e vantagens para o passageiro

Para quem planeja viajar em 2026, convém checar passaporte com validade superior a seis meses, necessidade de vistos e exigências de vacinação, que podem variar entre Oriente Médio e África. Em emissões com milhas, acompanhe os calendários de liberação de assentos prêmio nas novas frequências; empresas costumam ampliar disponibilidade quando abrem mais voos diários.

Horários mais densos favorecem quem conecta de cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Brasília. Em alguns casos, uma saída para Madri no começo da noite pode encaixar melhor com um voo doméstico pós-expediente, evitando pernoite em São Paulo. Para famílias, dois voos diários para Orlando significam mais chances de encontrar assentos contíguos e tarifas promocionais nos meses de férias.

Cenários para novos destinos e o que observar

Se a Latam confirmar Doha, o Brasil ganha uma ponte eficiente para Índia e Sudeste Asiático, com tempos totais competitivos frente a conexões via Europa. Um retorno a Tel Aviv exigirá estabilidade no calendário aéreo da região. Na África, a escolha entre Cidade do Cabo, Cairo e Casablanca indicará a aposta da empresa: lazer sazonal no sul, turismo histórico e conexões regionais no norte.

Na Europa, uma estreia em Dublin atenderia estudantes e profissionais que viajam várias vezes ao ano, criando fidelidade e ocupação estável. Já o Porto ampliaria a oferta para Portugal sem canibalizar Lisboa, com forte apelo para quem busca roteiros de vinho e cidades menores. Em qualquer caso, acompanhe anúncios de venda promocional de lançamento: as primeiras semanas após a abertura da rota costumam trazer tarifas agressivas e bons resgates no Latam Pass.

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