Uma segunda-feira em São Paulo pode soar diferente quando a orquestra toma a Paulista e mistura tradição com afeto popular.
O Masp arma uma noite de música que conversa com diferentes gerações e faz da av. Paulista um ponto de encontro sonoro. O maestro João Carlos Martins volta ao auditório do museu com a Bachiana Filarmônica Sesi-SP em apresentação gratuita e repertório reconhecível. A combinação liga o vigor do repertório clássico a canções que moram na memória afetiva brasileira.
Quando e como garantir seu ingresso
A distribuição acontece no site do Masp neste sábado (8), a partir das 18h. O show será na segunda (10), às 20h, no auditório do museu, com capacidade para 264 pessoas. Cada cadastro emite até dois bilhetes. O acesso é gratuito e sujeito à lotação.
Ingressos liberados no sábado (8), às 18h, no site do Masp. Limite: 2 por pessoa. Capacidade: 264 lugares.
Para evitar estresse, prepare o cadastro com antecedência e tenha os dados à mão. O fluxo costuma aumentar no momento da liberação. Reserve alguns minutos antes das 18h e use uma conexão estável. Caso se esgotem rápido, monitore possíveis devoluções nas horas seguintes.
O que vai soar no auditório
O programa percorre séculos e estéticas. Começa no lirismo italiano, faz escala no classicismo vienense e segue para o barroco mais popular de Vivaldi, com solo de violino. Na segunda parte, a orquestra mergulha em temas que falam de água e de paisagem, do cancioneiro internacional ao brasileiro.
| Obra | Compositor | Destaque |
|---|---|---|
| Intermezzo | Pietro Mascagni | abertura lírica e contemplativa |
| Sinfonia nº 1 (4º movimento) | Ludwig van Beethoven | energia clássica em alta rotação |
| As Quatro Estações | Antonio Vivaldi | solo do violinista Rodolfo Lota |
| Rio das Inquietas Águas | Simon & Garfunkel | arranjo orquestral de tema conhecido |
| Planeta Água | Guilherme Arantes | hino ambiental com nova textura sinfônica |
| Águas de Março | Tom Jobim | clássico da canção brasileira |
No final, João Carlos Martins assume o piano e oferece um número extra ao público.
A curadoria aproxima mundos sem criar barreiras. Quem se encanta com a vitalidade de Beethoven reconhece a pulsação de Vivaldi. Quem veio pelas canções sai com novas referências da sala de concerto. A temática aquática amarra a segunda parte e cria unidade narrativa.
Quem sobe ao palco
João Carlos Martins, maestro e pianista, comanda a Bachiana Filarmônica Sesi-SP, conjunto que populariza a música de concerto em espaços de grande circulação e ingressos acessíveis. O gesto do regente busca impacto rítmico e linhas claras. O formato enxuto do auditório coloca plateia e músicos em proximidade rara na cidade.
Solista convidado
O violinista Rodolfo Lota assume o protagonismo em As Quatro Estações. O ciclo de Vivaldi alterna contrastes, ritmos de dança e imagens sonoras. A escrita do solo pede articulação nítida, mudança rápida de caráter e senso dramático. O diálogo com a orquestra sustenta os climas de cada estação.
Serviço e orientações práticas
- Data e hora: segunda (10), às 20h.
- Local: Auditório do Masp, av. Paulista, 1.578, Bela Vista.
- Ingressos: grátis, distribuição no site do Masp a partir de sábado (8), 18h.
- Limite: dois ingressos por cadastro.
- Capacidade: 264 lugares, entrada por ordem de chegada.
- Chegue com 30 a 40 minutos de antecedência para acomodação tranquila.
Endereço confirmado: av. Paulista, 1.578, Bela Vista. Chegue cedo para garantir bom assento.
Por que vale reservar um lugar
O concerto cruza repertório central com peças populares que já circulam no seu dia a dia. Essa ponte amplia o alcance sem diluir a proposta artística. A Bachiana tem histórico de salas cheias e público heterogêneo, o que renova a experiência para iniciantes e ouvintes frequentes. O formato gratuito reduz barreiras e torna a noite uma oportunidade concreta para quem quer começar no repertório sinfônico.
O espaço do Masp ajuda. A acústica favorece transparência de timbres e a proximidade realça detalhes de arco, articulação e dinâmica. A sensação de sala pequena dá intensidade ao Intermezzo e deixa o Beethoven mais incisivo. Em Vivaldi, a leitura ganha cores vivas com o solista à frente.
Se não conseguir ingresso
Fique atento a possíveis devoluções no próprio sistema de emissão. Muita gente reserva e libera o bilhete perto do evento. Outra saída é acompanhar a programação da Bachiana, que costuma manter agenda frequente em São Paulo. Guarde o cadastro ativo para agilizar futuras retiradas.
Dicas para aproveitar melhor
Planeje o deslocamento com antecedência. A av. Paulista tem trânsito intenso no começo da noite, e a chegada antecipada melhora a escolha do assento. Se for em dupla, combine ponto de encontro. Leve um agasalho leve: salas climatizadas podem esfriar conforme a plateia se acomoda. Desligue o celular antes do início para não interromper a performance e evite ruídos de embalagem durante os movimentos mais silenciosos.
Para quem quer ir além do programa
Vale acompanhar o fio condutor das obras. No Intermezzo, perceba a linha melódica que cresce e recua como respiração. Em Beethoven, escute as tensões rítmicas e o humor do final. Em Vivaldi, identifique os efeitos que sugerem chuva, vento e canto de pássaros. Nas canções, compare o arranjo orquestral com as versões populares e observe como as cordas carregam a harmonia que, no original, fica no piano ou no violão.
Se você curte estudar antes, uma audição prévia ajuda a reconhecer temas e mudanças de caráter. Ouça trechos curtos e marque mentalmente as entradas principais. Durante o concerto, respire nos silêncios e acompanhe o gesto do regente. Essa escuta ativa transforma o espetáculo em experiência completa, sem custo e com grande retorno afetivo.


