A rotina nas praças e avenidas começa a mudar. Ferramentas digitais entram em cena e prometem respostas mais rápidas.
Birigui concluiu a instalação de quatro câmeras do sistema municipal de videomonitoramento em pontos estratégicos. Moradores e comerciantes já percebem presença constante da Guarda Civil Municipal, agora com apoio de lentes que giram 360 graus e enxergam de longe.
O que aconteceu
A Secretaria de Segurança Pública finalizou a ativação da última câmera na Praça Dr. Gama, em operação desde a quarta-feira (29). Outras três unidades funcionam no Parque do Povo, que recebeu duas câmeras, e na avenida Nove de Julho, em frente à sede da Guarda Civil Municipal. Os equipamentos chegaram por doação, vieram do bairro Quinta da Mata e passaram por realocação técnica para cobrir áreas de maior circulação.
Instalação concluída: quatro câmeras speed dome com zoom óptico e giro de 360° entram em operação em Birigui.
Segundo a pasta, as câmeras são do tipo speed dome. O modelo gira continuamente, aproxima detalhes com zoom óptico e permite controle remoto pela central da GCM. O secretário de Segurança Pública, Vagner Freire, resume o objetivo: monitorar os locais 24 horas e ampliar a sensação de proteção.
Onde estão as novas câmeras
- Praça Dr. Gama — em operação desde quarta-feira (29).
- Parque do Povo — duas unidades voltadas a áreas de lazer e circulação.
- Avenida Nove de Julho — ponto em frente à sede da GCM.
| Ponto | Tipo | Cobertura | Status |
| Praça Dr. Gama | Speed dome | 360° com zoom óptico | Em operação |
| Parque do Povo (2 unidades) | Speed dome | 360° com zoom óptico | Em operação |
| Av. Nove de Julho (sede da GCM) | Speed dome | 360° com zoom óptico | Em operação |
Como funciona o sistema
A central de videomonitoramento opera as câmeras em tempo real. O operador gira o domo, aproxima um rosto, uma placa ou um objeto deixado no chão, e direciona a lente para o fluxo de pessoas. As imagens geram alertas para equipes de patrulha, que se deslocam para o local quando identificam risco, briga, dano ao patrimônio ou perturbação.
Monitoramento 24 horas operado pela central da Guarda Civil Municipal promete resposta mais rápida a ocorrências.
Esse modelo de vigilância costuma reduzir pequenos furtos e vandalismo em áreas monitoradas, inibir aglomerações de risco e apoiar buscas por pessoas desaparecidas. Em operações de trânsito, auxilia a registrar colisões e a orientar desvios durante eventos ou obras.
O que muda para você
Com câmeras ativas, a cidade ganha olhos permanentes nos locais de maior movimento. Isso impacta o cotidiano de quem usa praças, pistas de caminhada e corredores comerciais.
- Presença constante de equipes da GCM guiadas por imagem ao vivo.
- Mais chance de flagrante em crimes oportunistas e depredação.
- Apoio a ações de trânsito e a eventos com grande público.
- Registro visual que pode servir como prova em inquéritos.
Privacidade, regras e guarda de imagens
Cidades brasileiras costumam manter gravações por prazos definidos em norma interna, que variam conforme a capacidade de armazenamento e a finalidade. Em muitos municípios, o período típico fica entre 15 e 30 dias. A Lei Geral de Proteção de Dados orienta o uso por finalidade legítima, controle de acesso e descarte seguro após o prazo.
O pedido de cópia de imagens, quando cabível, costuma seguir um fluxo simples. Veja o que ajuda:
- Anotar data, horário aproximado e ponto exato da ocorrência.
- Registrar boletim de ocorrência quando houver crime ou dano.
- Protocolar requerimento formal junto à Secretaria de Segurança ou à GCM, informando o número do boletim.
- Agir rápido: prazos de guarda são limitados e a gravação pode ser sobrescrita.
Por que speed dome e não câmera fixa
O domo motorizado cobre amplas áreas e acompanha alvos em movimento. Em uma praça, a lente muda o foco do coreto para o estacionamento em segundos. Já a câmera fixa enquadra uma cena única, com custo menor e boa nitidez contínua. Uma rede eficiente combina os dois tipos: domos para cobertura dinâmica e fixas para pontos críticos, como entradas e caixas eletrônicos.
Manutenção e desafios operacionais
As câmeras vieram por doação, o que reduz custos de aquisição. A operação, porém, exige manutenção recorrente. Equipes precisam limpar lentes, checar fontes de energia e testear links de dados. Chuvas fortes podem causar variação de tensão. Galhos e placas podem gerar pontos cegos. Um plano de manutenção preventiva diminui falhas e preserva a qualidade das provas.
Pontos com grande fluxo pedem revisão de cabos, limpeza periódica e testes de gravação para evitar perda de evidências.
Perguntas que moradores costumam fazer
- As câmeras gravam som? Em geral, sistemas urbanos registram apenas imagem.
- Quem acessa as imagens? A central da GCM, com credenciais individuais e registro de acesso.
- As câmeras multam? O objetivo é segurança urbana. Autuação de trânsito exige sinalização e sistemas próprios.
O que pode vir a seguir
Experiências em outras cidades mostram caminhos possíveis para ganhar eficiência. A central pode adotar análises automáticas, como detecção de objeto abandonado, contagem de fluxo e alertas de aglomeração, sempre com regras claras de uso. Escolas, terminais e eixos comerciais costumam aparecer como candidatos em futuras expansões, caso a cidade opte por ampliar a rede.
Como a comunidade pode colaborar
Relatos de moradores ajudam a direcionar a câmera com precisão. Informar horários de maior risco, pontos de sombra e rotas de fuga complementa o trabalho do operador. Comerciantes podem alinhar horários de entrega e iluminação de vitrines para reduzir áreas escuras. Associações de bairro conseguem mapear rotas seguras para pedestres e ciclistas.
Para quem quer entender melhor o impacto no dia a dia, vale distinguir vigilância preventiva e resposta a incidentes. A preventiva ocorre quando a central acompanha a praça em horário de pico e reorienta a lente antes de um problema ganhar corpo. A resposta entra quando a equipe usa o zoom para identificar um autor, aciona a patrulha e preserva a cena para perícia. Esse ciclo depende de imagem nítida, operador atento e comunicação rápida via rádio.
Outro ponto prático envolve a responsabilidade compartilhada. Câmera não substitui iluminação pública, poda de árvores nem presença de guardas a pé. Ela funciona como multiplicador. Quando a cidade combina sinalização, calçadas acessíveis e rotas bem iluminadas, a lente enxerga melhor, e a patrulha chega com mais clareza ao endereço certo.


