A orla e os bairros de Santos vão ganhar cores, risos e encontros que prometem balançar a rotina dos moradores.
De quarta (5) a domingo (9), a cidade recebe a 3ª edição do Festival Circolando Circo na Cidade, com programação gratuita que ocupa Concha Acústica, bairros e até a Ilha Diana. São espetáculos, cortejos e oficinas pensados para todas as idades.
De 5 a 9 de novembro, o Circolando espalha circo, teatro e música por Santos, com abertura às 19h, na Concha Acústica do Gonzaga.
O que vai acontecer e onde
O festival combina apresentações de rua, números clássicos de circo-teatro e atividades formativas. A curadoria reúne companhias de várias vertentes e investe na circulação por diferentes pontos da cidade, aproximando artistas e público. A seguir, um mapa prático dos principais horários e locais.
| Dia | Horário | Atração | Local |
|---|---|---|---|
| Quarta (5) | 19h | E agora? Quem vai ‘fazê?’ – Núcleo Pavanelli + entrega do Troféu Circolando | Concha Acústica (Gonzaga) |
| Quinta (6) | 10h | Com a pulga atrás da orelha – Família Herzog | Caruara |
| Quinta (6) | 14h | El gran circo de flóris e poropopó – Bordallo Cultural | Caruara |
| Quinta (6) | 19h | Nariz de Pedra – Bella Cia | Concha Acústica |
| Sexta (7) | 10h e 14h | Com a pulga atrás da orelha – Família Herzog | Ilha Diana |
| Sexta (7) | 19h | Ôtovinu – Palhaço Fusquinha | Concha Acústica |
| Sábado (8) | 18h | Circo Caiçara | Concha Acústica |
| Sábado (8) | 19h | O Mágico – Mágico Ramirez | Concha Acústica |
| Domingo (9) | 13h | Cortejo de artistas pela orla | Saída: frente à Concha Acústica |
| Domingo (9) | 14h | Riso de uma nota sol – Mirabolante e Cia | Concha Acústica |
| Domingo (9) | 15h | Charanga da Tramp – Cia Tramp | Concha Acústica |
| Domingo (9) | 16h | Tarde de Gala: Figaza Malabares (Painé Santamaria); Cia Este Lado Para Cima (João Marcílio e Kauã Bryan); Berinjela, A Grande! (Erika Romana); O Show – Martim Garcia Contorcionismo (Núria Volpe) | Concha Acústica |
Entrada gratuita em todos os dias. A programação ocorre a céu aberto e em bairros, ampliando o acesso ao circo.
Abertura na concha acústica
A noite de quarta inaugura a festa com o Núcleo Pavanelli e seu circo-teatro de humor popular. Esquetes clássicas e palhaçaria se encontram com a entrega do Troféu Circolando, gesto que reconhece trajetórias que mantêm o circo vivo na região. A Concha Acústica, na orla do Gonzaga, vira praça de encontro para famílias, estudantes e quem passa pela praia no fim do dia.
Bairros e ilha no roteiro
Na quinta, Caruara recebe duas sessões. A proposta descentraliza a oferta cultural e leva a experiência circense para quem vive longe do eixo turístico. Sexta, a vez é da Ilha Diana, com apresentações em dois horários. O deslocamento dos artistas até comunidades ribeirinhas fortalece vínculos e cria novas plateias, inclusive para crianças que têm pouco contato com artes presenciais.
Domingo com cortejo e gala
O domingo começa com cortejo às 13h, saída em frente à Concha Acústica. O trajeto pela orla carrega música, passos de palhaços, malabares e acrobacias. O público acompanha caminhando, fotografa, dança e puxa conversa com as trupes. A sequência de espetáculos emenda com a Tarde de Gala às 16h, um formato tradicional que reúne números curtos e virtuosísticos.
Cortejo na praia às 13h de domingo. Tarde de Gala às 16h, com malabarismo, contorcionismo, acrobacias e palhaçaria.
Quem organiza e por que isso movimenta a cidade
O Circolando é realizado pela Porto Circense e pela BellaCia, com apoio da Secretaria de Cultura. O desenho do evento privilegia artistas que circulam por praças, escolas e orla, promovendo encontros diretos e sem barreiras de bilheteria. Em uma semana de alta passagem de moradores e turistas, a cidade ganha programação gratuita, enquanto artistas ganham visibilidade e novas parcerias.
O festival também ativa a economia criativa: vendedores ambulantes trabalham mais, equipamentos culturais se conectam com grupos locais e as companhias visitantes trocam saberes em oficinas. A presença de crianças nas primeiras fileiras renova a tradição do circo de rua, que há décadas faz parte da memória afetiva santista.
Oficinas e aprendizado
As oficinas abrem espaço para iniciantes. Técnicas básicas de palhaçaria, malabares e acrobacias de solo costumam ser trabalhadas com segurança, aquecimento e progressão simples. Para quem nunca participou, o ambiente é acolhedor e colaborativo. O objetivo é dar noção de corpo, ritmo e jogo cênico, sem cobrança de performance final.
- Quem pode participar: atividades geralmente acolhem todas as idades; verifique vagas no local dos encontros.
- O que vestir: roupas leves e que permitam movimentos amplos, além de tênis fechado.
- Cuidados básicos: hidratação, alimentação leve e respeito aos limites do corpo durante exercícios.
Como aproveitar melhor a experiência
Ir cedo ajuda a encontrar bom lugar, especialmente nas sessões do pôr do sol. Leve água, protetor solar e, se preferir, uma canga ou almofada para sentar. Em dias de vento, um agasalho leve resolve. Para quem vai com crianças, combine um ponto de encontro visível e identifique o horário de cada atração.
- Transporte: a Concha Acústica fica na orla do Gonzaga, com acesso por linhas de ônibus e ciclovias.
- Acessibilidade: espaços abertos tendem a permitir circulação de cadeiras de rodas e carrinhos de bebê.
- Resíduos: leve seu próprio copo e faça descarte correto para manter a praia limpa.
O que o circo entrega para o público
Além do entretenimento, o circo aprimora coordenação motora, atenção e senso de coletividade. Para crianças e adolescentes, o contato com palhaçaria e malabares estimula criatividade e disciplina. Para adultos, assistir a números ao ar livre cria respiro no cotidiano e amplia repertórios culturais. Em uma cidade litorânea, esse encontro com a rua gera convivência saudável e fortalece o uso dos espaços públicos.
Quer começar nas artes do circo? Uma sequência simples para treinar em casa inclui alongamento de 10 minutos, exercícios de equilíbrio com linha no chão, jogo de bolinhas leves com duas mãos e prática de ritmo batendo palmas em tempos regulares. Com poucas etapas, você percebe evolução em coordenação e foco. Em oficinas do festival, instrutores orientam variações seguras e ajustes de postura.
Para quem vive da orla aos morros, o Circolando cria rituais compartilhados: ver um cortejo passar, juntar a família para rir de um tropeço calculado, assistir a um contorcionista que desafia o olhar. São experiências que costuram memórias e aproximam vizinhos. O convite está feito para cinco dias de arte gratuita, espalhada por Santos, na semana em que o circo pede passagem.


