A capital mineira do morango se prepara para quatro dias de negócios, sabores e atrações que mexem com toda a cidade.
A Morango Agrotech abre as porteiras nesta quinta-feira e anima Bom Repouso até domingo, com entrada gratuita, concursos, shows e dezenas de estandes. O encontro promete tecnologia para o campo e renda para ações sociais da APAE, com expectativa de circulação diária superior a mil pessoas.
Por que Bom Repouso virou vitrine
O município cravou lugar no mapa do agronegócio do Sul de Minas. Segundo dados da Embrapa, a cidade colhe cerca de 29 mil toneladas de morango por ano. Essa escala sustenta empregos, atrai serviços e estimula investimentos em técnicas que aumentam produtividade e qualidade.
Bom Repouso colhe aproximadamente 29 mil toneladas de morango por ano, segundo a Embrapa.
A feira nasce desse ambiente. Ela reúne produtores, fornecedores, pesquisadores e consumidores em torno de soluções que afetam o dia a dia no campo: manejo, irrigação, nutrição, controle de pragas, pós-colheita e comercialização. A programação soma conhecimento com entretenimento para manter o parque cheio do começo ao fim.
O que esperar da edição 2025
Os organizadores projetam mais de mil visitantes por dia. Os estandes abrem em horários alternados e a grade combina palestras técnicas, competições, desfiles e música ao vivo. O concurso “Melhor morango de Bom Repouso” reconhece quem entrega fruto com padrão superior de doçura, aparência e firmeza. O julgamento valoriza manejo consistente e boas práticas na lavoura.
Entrada gratuita, prêmios em dinheiro e renda integral destinada à APAE do município.
Outra frente que chama atenção é a ação beneficente: toda a arrecadação do evento vai para a APAE de Bom Repouso. A entidade recebe apoio direto de visitantes e expositores, especialmente no almoço solidário de domingo.
Tecnologia aplicada ao campo
Nos estandes, produtores encontram ferramentas que já mudam a rotina das estufas: gotejamento com controle de vazão, sensores de umidade do solo, cultivo em substrato, mulching para reduzir plantas daninhas e bioinsumos para pressão de pragas. Também ganham espaço soluções digitais, como cadernos de campo eletrônicos, mapas de vigor e aplicativos de recomendação de adubação.
Pesquisadores discutem fatores que vêm pesando nas lavouras do Sul de Minas, como variações de temperatura, chuvas fora de época e pressão de doenças. Técnicas de prevenção em ambiente protegido, protocolos de pulverização mais assertivos e calibragem de equipamentos entram na pauta com linguagem prática.
Programação dia a dia
Os horários priorizam o público produtor e as famílias. Veja os destaques organizados por data.
| Data | Horário | Atrações principais |
|---|---|---|
| Quinta (30/10) | 18h30–21h30 | Abertura oficial, início dos estandes, desfile Rainha Moranguinho (5 a 8 anos e Boa Vizinhança) e show da banda Beerneditos |
| Sexta (31/10) | 16h–21h30 | Estandes, desfiles Rainha Moranguinho (9 a 12 anos) e Rainha Morango Agrotech (13+), show com Cristiano Andrade |
| Sábado (01/11) | 11h–22h | Corridas Kids e adulto do Desafio Morango Agrotech, desfile da Corte 2025 e show com Os Brutos de Minas |
| Domingo (02/11) | 8h–17h | Prova de bike, almoço beneficente da APAE, banda dos Garcias, capoeira, concurso Melhor Morango, show com Gean Carlos e Giuliano e sorteio de prêmios |
Mais de 1.000 pessoas devem circular diariamente pelos corredores, segundo a organização.
Impacto econômico e social
Feiras agro fortalecem a economia local em cadeia. O fluxo de visitantes movimenta hospedagem, alimentação, transporte, pequenos comércios e prestadores de serviço. Para o produtor, a proximidade com fornecedores encurta prazos de entrega e abre espaço para negociação direta, muitas vezes com condições de feira.
No campo social, a destinação da renda à APAE multiplica o alcance do evento. A entidade atende famílias do município e investe em atendimento especializado. A participação do público nas atrações de domingo, como o almoço beneficente, ajuda a financiar novos projetos e manter serviços constantes durante o ano.
Qualidade que chega à mesa
O concurso de melhor fruto chama atenção para critérios que importam ao consumidor. Doçura (graus Brix), coloração uniforme, ausência de deformações e firmeza adequada reduzem perdas e valorizam o produto no atacado e no varejo. Ao adotar padrões de colheita e seleção, o produtor diminui devoluções e potencializa renda.
Como aproveitar a feira
Planeje a visita para não perder atividades e evitar filas. Um roteiro simples ajuda a girar pelos estandes e ainda curtir os shows.
- Chegue com antecedência nas aberturas de estandes para conversar com técnicos sem pressa.
- Separe perguntas práticas: custo por hectare, retorno do investimento e manutenção de equipamentos.
- Fotografe etiquetas técnicas e catálogos; isso facilita comparação depois.
- Reserve tempo para o concurso e os desfiles, que atraem famílias e lotam as arquibancadas.
- No domingo, programe o almoço solidário da APAE e a prova de bike pela manhã.
Entrada franca e programação para toda a família, com atrações técnicas e culturais ao longo dos quatro dias.
O morango que move o Sul de Minas
O cultivo cresceu apoiado em pequenas propriedades, mão de obra familiar e uma rede de assistência técnica atuante. A transição do campo aberto para sistemas protegidos, com túneis e casas de vegetação, mudou a curva de produtividade. Em paralelo, canais curtos de venda aproximaram produtores da feira livre e de empórios regionais, agregando valor à bandeja.
Desafios permanecem. O custo de insumos importados oscilou, e o clima exigiu respostas rápidas. O produtor que anota dados de safra, mede perdas e compara lotes consegue decidir melhor: troca de cultivar, momento da poda, ajuste de adubação e planejamento de colheita para datas de maior preço.
O que muda para o produtor depois da feira
Três mudanças cabem no curto prazo para quem visitar os estandes técnicos:
- Implantar gotejamento com medição de lâmina e acompanhamento de umidade por zona da estufa.
- Revisar o calendário nutricional com base em análises recentes de solo, água e substrato.
- Testar bioinsumos em faixas comparativas, registrando produtividade, qualidade e incidência de pragas.
Na pós-colheita, caixas ventiladas, pré-resfriamento e transporte refrigerado preservam firmeza e reduzem desperdícios. A feira costuma apresentar opções modulares e soluções compartilhadas para pequenos volumes, o que atende a realidade local sem exigir investimentos elevados de início.
Serviço e informações úteis
A Morango Agrotech vai de quinta (30/10) a domingo (02/11), em Bom Repouso, no Sul de Minas. A entrada é gratuita, e as atrações combinam atividades técnicas com programação cultural e esportiva. O acesso rodoviário ao município é sinalizado a partir das principais cidades da região. Quem vem de fora pode priorizar as vias federais até o Sul de Minas e seguir por rodovias estaduais nos trechos finais.
Leve agasalho leve para a noite, protetor solar para as atividades ao ar livre e água. Em dias de maior movimento, chegue cedo para estacionar com tranquilidade. Famílias com crianças encontram boa oferta de lanches e banheiros distribuídos pelo parque.
Conteúdo complementar para ampliar resultados
Quer medir o retorno de uma tecnologia que você conhecer na feira? Monte um teste em meia estufa ou em fileiras alternadas por 60 dias. Compare custo, produtividade e qualidade. Se a diferença for consistente, expanda gradualmente. Essa abordagem reduz risco e evita gastos desnecessários.
Produtores também podem aproveitar o encontro para organizar compras coletivas de insumos com vizinhos. O agrupamento de demanda costuma gerar descontos, reduzir frete e facilitar a entrega programada para momentos críticos da safra. A feira, ao reunir fornecedores e agricultores, cria o ambiente ideal para fechar essas condições na hora.


