Norte de SC tem 6 pontos impróprios para banho: seu destino favorito está nessa lista de verão?

Norte de SC tem 6 pontos impróprios para banho: seu destino favorito está nessa lista de verão?

Calor chegando, mar convidativo e agenda cheia. Mas nem todo trecho do litoral está pronto para receber você e sua família.

O início da temporada traz expectativa e desloca milhares de pessoas para o Litoral Norte de Santa Catarina. A combinação de chuva forte, escoamento urbano e aumento do fluxo pressiona a qualidade da água. O último boletim do Instituto do Meio Ambiente indica que seis pontos específicos não apresentam condições seguras para banho.

Panorama da balneabilidade no norte de SC

O boletim com coletas realizadas entre 27 e 28 de outubro apontou seis pontos impróprios para banho no Norte catarinense, distribuídos entre Barra Velha, São Francisco do Sul e Itapoá. Balneário Barra do Sul, por sua vez, manteve todos os pontos liberados.

Seis trechos do Litoral Norte estão impróprios para banho, segundo análises recentes do IMA.

Durante a alta temporada, o IMA intensifica a rotina de testes. As coletas ocorrem de segunda a quarta-feira, com atualização conforme os resultados ficam prontos. A classificação considera o comportamento da água nas últimas cinco semanas, o que ajuda a reduzir oscilações pontuais.

Municípios e trechos afetados

Abaixo, os pontos com recomendação de evitar o banho, com base no relatório mais recente.

Município Praia/Corpo d’água Ponto Referência de localização
Barra Velha Lagoa de Barra Velha Ponto 5 Rua Doutor Plácido Gomes de Oliveira, altura do nº 336
Barra Velha Praia da Barra Velha Ponto 2 Em frente à Rua Humberto Pimentel
Barra Velha Praia da Barra Velha Ponto 3 Em frente à Rua Antônia Higina da Graça Moura
São Francisco do Sul Praia do Paulas Ponto 6 Em frente à Praça da Figueira
Itapoá Praia de Itapoá Ponto 1 Balneário Brasília, final da Avenida 650
Itapoá Praia de Itapoá Ponto 5 Balneário Barra do Saí, Av. Dom Henrique II, em frente ao mirante

Em todas essas áreas, a recomendação é evitar contato direto com a água até novo boletim apontar melhora. A situação pode mudar após períodos de estabilidade climática e ações de mitigação municipais.

Quando um ponto vira “impróprio”

A classificação segue um critério microbiológico. A água recebe a etiqueta “imprópria” quando o indicador de Escherichia coli, bactéria presente em fezes humanas e de animais, excede limites de segurança.

Critério do IMA: impróprio quando E. coli ultrapassa 800/100 mL em mais de 20% das amostras das últimas cinco semanas, ou quando a última coleta isolada supera 2.000/100 mL.

Esse parâmetro reduz falsos alarmes decorrentes de um dia ruim e melhora a leitura de tendência. Por outro lado, o aumento súbito após temporais fortes costuma derrubar a balneabilidade por até dois dias.

Evite entrar na água por 24 a 48 horas após chuva intensa. O escoamento pluvial carrega impurezas e micro-organismos para o mar.

Por que a água perde qualidade

Chuva volumosa aumenta o volume de águas de superfície, que arrasta matéria orgânica, lixo e sedimentos para rios, canais e praias. Quanto maior a urbanização do entorno, maior o risco de sobrecarga de drenagem.

Despejos irregulares e ligações clandestinas de esgoto agravam o cenário. Em áreas com rios e canais de maré, a oscilação de vento e correntes redistribui plumas de contaminação, impactando pontos específicos da faixa de areia.

No verão, a presença de mais banhistas, embarcações e quiosques eleva a pressão sobre os sistemas de coleta. Em dias de mar calmo, a água pode aparentar transparência, mas ainda carregar níveis de E. coli acima do recomendado.

Como se proteger sem abrir mão do mar

Rotina simples reduz riscos para crianças, gestantes, idosos e pessoas com pele sensível.

  • Prefira locais sinalizados como próprios no boletim mais recente e em placas na orla.
  • Evite entrar na água nas 24–48 horas após tempestades ou enxurradas.
  • Desconfie de água turva, com espuma persistente, odor forte ou proximidade de saídas de canais.
  • Após o banho de mar, lave o corpo com água doce e seque áreas de dobras e ouvidos.
  • Use chinelo na areia úmida e descarte resíduos no lixo, para não atrair vetores.
  • Leve um kit de primeiros cuidados: soro fisiológico, curativos e antisséptico.

Efeitos na economia e no seu roteiro

Restaurantes, pousadas e quiosques sentem a oscilação da balneabilidade. Trechos impróprios afastam famílias e esportistas, concentrando visitantes em praias vizinhas. Municípios costumam reforçar limpeza de drenagens, instalar barreiras em canais e executar ações emergenciais de saneamento ao longo do verão.

Para quem já comprou pacotes, a variação de balneabilidade não impede viagens, mas pode justificar readequação de passeios ao ar livre. Atividades como trilhas, cicloturismo, visitas a fortalezas históricas, esportes de areia e passeios de barco em áreas próprias mantêm a programação ativa.

Sinais de alerta para a saúde

A água contaminada pode causar gastroenterites, otites, conjuntivites e dermatites. Crianças engolem mais água e têm maior chance de apresentar febre, vômito e diarreia.

Se os sintomas surgirem após o banho de mar, aumente a hidratação e procure atendimento médico, especialmente quando houver febre persistente, sangue nas fezes ou sinais de desidratação. Evite automedicação com antibióticos sem avaliação profissional.

O que esperar dos próximos dias

Com tempo firme e redução do escoamento, a tendência é de melhora gradual em vários pontos. As prefeituras podem promover limpezas preventivas em bocas de lobo e canais, o que ajuda a mitigar a carga orgânica que chega às praias. Turistas e moradores ganham quando o saneamento básico funciona e quando cada um faz sua parte para reduzir o lixo.

Informações úteis para planejar seu banho de mar

  • Verifique a data do último boletim e dê preferência a análises feitas na mesma semana.
  • Evite o primeiro mergulho do dia em pontos próximos a canais de drenagem ou rios.
  • Procure os trechos mais ventilados, com corrente fraca e boa renovação de água.
  • Em caso de dúvida, caminhe alguns metros até áreas tradicionalmente classificadas como próprias.

Os seis pontos listados exigem atenção imediata. Programas robustos de saneamento e fiscalização permanente tendem a reduzir episódios de água imprópria. Até lá, a combinação de informação atualizada, leitura das condições locais e escolha consciente do ponto de banho ajuda você a curtir o verão com menos risco e mais tranquilidade.

Leave a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *