Novo Sesc Mogi em 20 mil m²: você vai usar a piscina, a biblioteca e o parque molhado em 6 anos?

Novo Sesc Mogi em 20 mil m²: você vai usar a piscina, a biblioteca e o parque molhado em 6 anos?

Uma noite de apresentações reacendeu expectativas antigas e trouxe números que mexem com a rotina de quem vive em Mogi.

A proposta do novo Sesc Mogi das Cruzes saiu do papel conceitual e ganhou forma pública, com cronograma, dados e uma visão clara de uso.

O que foi apresentado

Em evento na quarta-feira (29), o Sesc São Paulo detalhou o caminho até a nova unidade fixa em Mogi das Cruzes. A rede, que mantém 44 unidades no estado, mostrou como a experiência acumulada desde 2021 na cidade guiou decisões de projeto e programação. O prédio deve acolher cultura, esporte, lazer, educação, assistência e saúde em espaços pensados para convivência e circulação acessível.

O atual atendimento de 17 mil pessoas por mês ganhará um prédio próprio, com desenho voltado à integração da comunidade de Mogi e do Alto Tietê.

Concurso de arquitetura e escolha da proposta

O Sesc e o Instituto de Arquitetos do Brasil organizaram concurso público para selecionar o projeto. Foram 71 propostas inscritas, cinco finalistas e um vencedor. O escritório Victor de Almeida Presser Arquitetura e Construção Civil Ltda, com uma equipe de nove arquitetos, levou a melhor com uma solução que dialoga com o entorno e foca em flexibilidade de uso.

71 propostas avaliadas, 5 finalistas, 1 vencedora: processo com participação ampla e critérios transparentes.

Quando começa a obra

A direção local descreveu um caminho em duas fases. Primeiro, a etapa técnica e legal, que demanda levantamentos, memorial descritivo e licenças. Depois, a construção de fato, estimada para quatro anos após a liberação do alvará.

Fase Duração estimada O que acontece
Documentação e projetos executivos 2 anos Memoriais, detalhamentos, licenças e alvará
Obras 4 anos Construção, testes e comissionamento
Total previsto 6 anos Entrega do edifício e início das operações

Prazo total estimado: 6 anos entre a fase de documentos e a conclusão das obras, após o alvará municipal.

O que você vai encontrar no terreno de 20 mil m²

O projeto vencedor distribui atividades em áreas abertas e fechadas, com foco em transversalidade entre cultura e esporte. O conjunto nasce voltado à vida diária, e não a usos pontuais. A proposta prevê integração com a vizinhança e rotas acessíveis, além de operações modulares para receber eventos de diferentes escalas.

  • Pomar e horta educativa para ações de alimentação e sustentabilidade.
  • Parque molhado para famílias e atividades de verão.
  • Piscinas para práticas aquáticas e formação esportiva.
  • Quadras para modalidades coletivas e atividades livres.
  • Salas multifuncionais para cursos, oficinas e encontros.
  • Comedoria com programação alimentar e foco em bem-estar.
  • Biblioteca com acervos e mediação de leitura.

Com 20 mil m², a unidade combina áreas abertas e ambientes flexíveis para convivência, formação e práticas esportivas.

Sustentabilidade, acessibilidade e vizinhança

A diretriz central é combinar acessibilidade universal, soluções sustentáveis e relação ativa com a rua. O Sesc aponta alinhamento com pautas ambientais e conexão de aspectos naturais e urbanos na arquitetura. O desenho de acesso e a sinalização devem facilitar o uso por pessoas com mobilidade reduzida, idosos, crianças e público com deficiência.

Serviços em Mogi durante a transição

A direção busca um acordo com a prefeitura para manter atividades enquanto a obra não termina. A ideia é transferir a programação para o parque Ayrton Nogueira, evitando interrupções. A proposta mantém cursos, oficinas, ações esportivas e iniciativas culturais que já mobilizam quem mora na cidade.

Por que isso importa para você

A cidade hoje recebe ações do Sesc em espaço cedido. A nova unidade muda a escala. A previsão do conselho regional é ampliar o número de atividades e atendimentos, com alcance para municípios vizinhos do Alto Tietê. A unidade tende a virar referência regional de lazer, cultura e promoção de saúde.

Meta institucional: triplicar ações e ampliar o público, atendendo Mogi e cidades do Alto Tietê.

Como a seleção técnica melhora o resultado

Concursos de arquitetura aumentam a qualidade do projeto porque comparam soluções diante de critérios objetivos. A curadoria analisa implantação, circulação, flexibilidade e custos. O método dá visibilidade a equipes jovens e aproxima o resultado das demandas reais da população.

O que muda no dia a dia quando o Sesc abre

Equipamentos como piscina, quadras e biblioteca puxam fluxo constante de famílias, estudantes e trabalhadores. Programas de esporte e cultura favorecem o comércio do entorno. A oferta de cursos e oficinas gera qualificação e novas redes locais. A comedoria e o parque molhado criam pontos de encontro para diferentes faixas etárias.

Expectativas de uso e público

Com 17 mil atendimentos mensais hoje, o salto esperado pressiona o planejamento de acesso e transporte. Rotas de ônibus, ciclovias e vagas no entorno tendem a ganhar atenção em estudos de mobilidade. A governança do espaço precisa de escuta constante da vizinhança para reduzir conflitos e garantir convivência saudável.

Como acompanhar e participar

  • Participe de reuniões públicas quando a prefeitura abrir audiências para licenças e alvará.
  • Envie sugestões de atividades que façam sentido para seu bairro e sua faixa etária.
  • Organize grupos escolares e associações para visitas técnicas quando o Sesc disponibilizar.
  • Use os canais oficiais do Sesc Mogi para acompanhar etapas e programações temporárias.

O que observar no cronograma

Projetos dessa escala podem sofrer ajustes de prazo por fatores como licenças, mercado de construção e clima. Planeje expectativas para um horizonte de até seis anos a partir da emissão do alvará. A fase executiva detalha custos, materiais e sistemas prediais, o que ajuda a evitar retrabalho e desperdícios.

Dicas práticas para quem quer se preparar

Se você pretende usar piscina e quadras, vale organizar exames e documentos exigidos nos programas esportivos. Famílias com crianças pequenas podem se programar para atividades de leitura e contação de histórias na futura biblioteca. Grupos de idosos tendem a encontrar oferta contínua de aulas de movimento e ações de bem-estar.

Para educadores e artistas, a presença de salas multifuncionais abre chance de parcerias e propostas de oficinas. Pequenos negócios da região podem pensar em cardápios rápidos e serviços convenientes para picos de público. Associações de bairro podem mapear rotas seguras a pé e de bicicleta para minimizar deslocamentos de carro.

Termos e conceitos que ajudam a entender o projeto

  • Acessibilidade: desenho que permite uso autônomo por pessoas com diferentes condições físicas e sensoriais.
  • Flexibilidade: ambientes que mudam de configuração conforme a atividade, reduzindo custos operacionais.
  • Integração urbana: relação do prédio com calçadas, praças e transporte, reforçando segurança e vitalidade de rua.
  • Sustentabilidade: escolhas de materiais e sistemas que reduzem impacto ambiental e custo de operação.

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