O fluxo parou de repente no meio do dia na SP-340. Motoristas tentaram desviar, aplicativos mudaram rotas e a paciência acabou cedo no sentido interior, em Mogi Mirim.
Equipes de resgate e viaturas ocuparam o canteiro central e um trecho da pista. Passageiros desceram assustados, alguns com escoriações. O relógio marcava início de tarde quando a operação de atendimento começou, sob sol forte e tráfego pesado.
O que se sabe até agora
Um ônibus tombou no canteiro da Rodovia Governador Adhemar Pereira de Barros (SP-340), em Mogi Mirim, por volta das 12h46 desta sexta-feira (31). A concessionária Renovias informou que o veículo transportava 16 pessoas. Oito passageiros sofreram ferimentos leves.
Trecho no km 165, sentido interior, ficou com faixa bloqueada. A lentidão atingiu cerca de 4 km, entre os kms 162 e 166.
Equipes da Renovias, do Corpo de Bombeiros e do Samu atuaram no socorro. A Polícia Militar Rodoviária controlou o tráfego e sinalizou a área para evitar novos incidentes. Não há confirmação sobre as causas do tombamento.
Atendimento às vítimas
O encaminhamento dos feridos ocorreu de forma escalonada, distribuindo a demanda entre unidades de Mogi Mirim e Mogi Guaçu.
| Encaminhamento | Quantidade | Destino |
|---|---|---|
| Resgate Renovias | 2 | Hospital 22 de Outubro (Mogi Mirim) |
| Samu | 2 | Hospital São Francisco (Mogi Guaçu) |
| Corpo de Bombeiros | 2 | UPA Santa Marta (Mogi Guaçu) |
| Recusa de atendimento | 2 | Sem encaminhamento |
Ao todo, 8 passageiros tiveram ferimentos leves. Dois recusaram atendimento após avaliação no local.
Trânsito e rotas de fuga no trecho
A faixa bloqueada no sentido interior gerou filas intermitentes e reflexo no sentido oposto. Quem segue entre Mogi Mirim e Mogi Guaçu costuma usar a SP-340 como eixo principal. Em cenários de retenção, vale considerar acessos urbanos para contornar o trecho entre os kms 162 e 166, sempre observando a sinalização e a orientação dos agentes.
- Antecipe a saída e ajuste o trajeto em tempo real pelo navegador;
- Use retornos e acessos locais indicados por painéis e cones;
- Mantenha distância de segurança para evitar colisões traseiras durante o anda e para;
- Não pare no acostamento para filmar ou fotografar a cena;
- Respeite o corredor de emergência para ambulâncias e viaturas.
O que pode ter causado o tombamento
Peritos e equipes técnicas devem avaliar marcas de frenagem, posição final do veículo e relatos dos ocupantes. Em ocorrências com ônibus, fatores frequentes entram no radar dos investigadores:
- Manobra evasiva diante de um obstáculo repentino;
- Velocidade incompatível com o desenho da curva ou condição do asfalto;
- Pista molhada ou aderência reduzida por sujeira e detritos;
- Vento lateral forte em trechos abertos;
- Falha mecânica, como pneu danificado ou problema de suspensão;
- Fadiga do condutor em viagens longas.
Sem laudo, qualquer hipótese permanece aberta. A concessionária deve informar quando concluir a limpeza, a vistoria e a liberação total da pista.
Como os passageiros podem buscar assistência
Quem se feriu ou teve pertences danificados pode acionar a empresa responsável pelo ônibus e registrar boletim na polícia. O Código de Defesa do Consumidor garante reparação por danos materiais e morais quando houver responsabilidade do transportador.
- Guarde pulseiras de atendimento, receitas e notas de gastos médicos;
- Solicite o número do chamado aberto pela concessionária e pelos socorristas;
- Peça à empresa os dados do seguro da frota e o procedimento de reembolso;
- Fotografe documentos e objetos danificados para compor o dossiê;
- Se necessário, busque orientação no Procon da sua cidade.
Segurança viária: lições práticas para motoristas
Trechos de pista dupla com canteiro central pedem atenção redobrada a mudanças súbitas de fluxo. Um tombamento costuma gerar curiosidade e freada brusca, combinação perigosa. Algumas atitudes reduzem o risco de colisões secundárias.
Checklist rápido para quem cruza a SP-340
- Reduza suavemente ao avistar viaturas e cones;
- Acenda o pisca-alerta se o tráfego à frente estiver parado;
- Evite trocar de faixa na última hora e sinalize com antecedência;
- Deixe livre a faixa de rolamento onde circulam os socorros;
- Não use o celular em deslocamento.
Acidente atendido às 12h46, em Mogi Mirim. Resgate concluído com feridos leves e tráfego em recuperação progressiva.
Depois do susto: o que fazer nas horas seguintes
Quem participou do incidente, mesmo sem ferimentos aparentes, pode sentir dor de cabeça, rigidez no pescoço ou ansiedade. A orientação é procurar avaliação médica e registrar os sintomas. Apresente o número do atendimento para facilitar o histórico.
O seguro obrigatório de trânsito prevê cobertura para vítimas de acidentes, conforme regras vigentes. Guarde comprovantes de consultas e procedimentos, pois eles sustentam pedidos de reembolso ou indenização quando cabíveis. Em viagens de fretamento, verifique também a apólice contratada pela empresa que organizou o trajeto.
O que esperar das próximas horas na rodovia
Após a retirada do ônibus, a equipe de manutenção costuma lavar a pista e recolocar defensas e placas. Essa etapa ainda pode exigir redução de velocidade e bloqueios momentâneos. O tráfego tende a normalizar gradualmente, mas o reflexo se mantém por algum tempo em acessos e alças próximas.
Se você depende da SP-340 no fim da tarde, considere sair mais cedo ou atrasar o deslocamento para fugir do efeito cascata. Verifique o nível de combustível e água do radiador antes de enfrentar possíveis paradas prolongadas. Para ônibus e caminhões, vale reforçar a amarração de cargas e a checagem de pneus antes de pegar a estrada.


