Parque Nova Tamandaré entrega lazer e terminal em Belém: você vai usar 8 quiosques e 500 lugares?

Parque Nova Tamandaré entrega lazer e terminal em Belém: você vai usar 8 quiosques e 500 lugares?

À beira dos canais de Belém, um corredor verde promete mudar hábitos, rotas e encontros de quem vive a Cidade Velha.

O antigo eixo da Avenida Tamandaré passa por requalificação urbana que soma lazer, cultura e transporte hidroviário num mesmo percurso.

O que muda para quem vive e trabalha no bairro histórico

A entrega do Parque Linear da Nova Tamandaré redesenha nove quadras em uma das áreas mais tradicionais de Belém. A via ganha áreas de descanso, sombreamento e equipamentos públicos que atraem famílias, trabalhadores e visitantes. O desenho privilegia o pedestre, cria conexões com o entorno e convida a ocupar o espaço de forma segura.

Moradores de longa data relatam sensação de valorização e pertencimento. Quem caminha pela avenida já percebeu mais gente praticando exercícios, convivendo nas praças e usando a ciclovia. O comércio de bairro tende a reagir, com quiosques e serviços ancorando fluxo diário e movimentando a economia local.

Nove quadras, oito quiosques, ciclovia, playground, espaço pet e academia ao ar livre formam um corredor de convivência.

Equipamentos que chegam com o parque

  • 8 quiosques para alimentação e serviços de apoio
  • Ciclovia contínua conectando as nove quadras
  • Playground para crianças e espaço pet dedicado
  • Academia ao ar livre com aparelhos de baixo impacto
  • Duas praças reurbanizadas com mobiliário e arborização
  • Arborização e paisagismo para ampliar sombra e conforto térmico

As obras começaram em abril de 2024 e incluíram a instalação de cinco comportas no canal. A retirada gradual de tapumes abriu o campo visual e sinalizou a mudança na dinâmica do lugar. A partir da entrega, a expectativa é de maior circulação diurna e noturna, com iluminação pública reforçada e presença mais constante de usuários.

Terminal hidroviário: mobilidade que corta caminho pela água

Anexo ao parque, o Terminal Fluvial Turístico da Tamandaré adiciona uma camada estratégica à mobilidade urbana. Com 1.300 m² distribuídos em dois pavimentos, a estrutura foi pensada para receber 500 passageiros por dia, com embarque e desembarque cobertos. O conjunto inclui mirante, restaurante e 12 salas administrativas.

Segurança e eficiência operam lado a lado: câmeras de monitoramento, sistema de energia solar e acessos por rampa metálica, flutuantes e passarela compõem a infraestrutura. A proposta dialoga com a vocação amazônica de se deslocar pelos rios, reduzindo dependência de vias terrestres congestionadas e oferecendo alternativa limpa para moradores e turistas.

Capacidade para 500 passageiros por dia, energia solar e embarque coberto sinalizam uma virada sustentável na orla.

Como o terminal se integra ao dia a dia

O novo equipamento tende a encurtar rotas entre a área central e bairros ribeirinhos, além de servir de porta de acesso para ilhas próximas. Quem trabalha no centro ganha a chance de combinar caminhada, bicicleta e travessia fluvial em um mesmo trajeto. A proximidade com o parque facilita a espera por embarcações em ambiente confortável, com oferta de serviços e áreas cobertas.

A obra também se conecta ao calendário de Belém. Durante a realização da COP30, o terminal amplia a capacidade de recepção e de deslocamento por via aquática, deixando como legado uma infraestrutura que continua útil para a população após o evento.

Patrimônio, paisagem e memória urbana preservados

O projeto da Nova Tamandaré busca reconectar passado e futuro. A recuperação de áreas públicas respeita a hidrografia e o traçado histórico. Elementos de paisagismo e mobiliário urbano foram escolhidos para valorizar a paisagem e manter referências afetivas do bairro. O parque vira um espaço de memória viva, onde cultura, descanso e mobilidade se somam.

O órgão de patrimônio estadual participou do desenho para alinhar intervenções com a proteção do conjunto histórico. O resultado favorece o uso cotidiano, sem descaracterizar a identidade da Cidade Velha, e cria condições para circuitos culturais, feiras e atividades ao ar livre.

Serviços, prazos e números em um só lugar

Indicador Valor
Quadras requalificadas 9
Quiosques 8
Comportas instaladas no canal 5
Área do terminal 1.300 m²
Capacidade diária do terminal 500 passageiros
Salas administrativas 12
Data de entrega 3 de novembro

O que observar nos primeiros dias

  • Horários e frequência das embarcações podem variar conforme marés e ajustes operacionais iniciais.
  • Ciclistas devem respeitar limites de velocidade na ciclovia e compartilhar a pista com pedestres.
  • Animais no espaço pet precisam de guia e supervisão constante.
  • Resíduos devem ser descartados nos pontos indicados para manter o parque limpo.
  • Em dias de maior fluxo, chegue com antecedência para o embarque no terminal.

Por que parques lineares fazem diferença em cidades ribeirinhas

Em áreas equatoriais úmidas, o conforto térmico depende de sombra, ventilação e permeabilidade do solo. Corredores verdes diminuem ilhas de calor, ampliam áreas porosas e ajudam a escoar água de chuva. A presença de gente no espaço público desencoraja vandalismo e aumenta a sensação de segurança. Equipamentos esportivos e de convivência estimulam hábitos saudáveis, com impactos diretos na saúde coletiva.

Quando a requalificação soma transporte hidroviário, o ganho vai além do lazer. Travessias por rio cortam trajetos, aliviam o trânsito e reduzem emissões. A combinação bicicleta + barco + caminhada oferece mobilidade de baixo carbono e diversifica opções de deslocamento em dias de chuva forte ou engarrafamentos.

Dicas práticas para planejar seu uso do parque e do terminal

Quem pretende adotar o novo corredor no cotidiano pode testar rotas em horários diferentes, avaliando tempo, conforto e segurança. Levar garrafa reutilizável e protetor solar ajuda a enfrentar o calor. Apps de previsão de maré e de clima apoiam a decisão de usar o terminal. Para famílias, o melhor é definir um ponto de encontro nos quiosques ou nas praças, evitando dispersão em horários movimentados.

Empreendedores locais podem avaliar oportunidades ligadas ao fluxo de pedestres: cafés de passagem rápida, locação de bikes, oficinas leves e programação cultural de fim de tarde. A operação do terminal com energia solar abre margem para ações educativas sobre consumo responsável. Escolas e coletivos culturais podem usar o parque como sala aberta para atividades que combinam história, ambiente e cidadania.

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