Mais opções de horário, conexões diretas e trajetos encurtados chegam ao radar de quem precisa viajar pelo Brasil, já hoje.
A semana começou com mudanças concretas para quem voa. A LATAM colocou em operação sete ligações domésticas inéditas que aproximam capitais, polos regionais e destinos turísticos, criando alternativas reais de horários e rotas sem escala.
Novas ligações e horários
A companhia ampliou a malha com voos diretos que reduzem conexões e trazem mais combinações de ida e volta. O plano mira eficiência operacional e melhora perceptível na experiência do passageiro, com uso de aeronaves da família Airbus em alta ocupação.
O trecho Boa Vista–Guarulhos estreia como o voo direto doméstico mais longo do país, com 4h35 de duração.
| Rota | Frequência e dias | Aeronaves | Observações |
|---|---|---|---|
| Boa Vista – São Paulo/Guarulhos | 2 por semana (terças e sábados) | Airbus A320 | Voo direto mais longo do Brasil (4h35) |
| Brasília – Foz do Iguaçu | 7 por semana (segunda a domingo) | Airbus A321 e A320 | Conexões rápidas para o Centro-Oeste |
| São Paulo/Congonhas – São Luís | 5 por semana (segunda a sexta) | Airbus A320 | Ligação direta com o Nordeste |
| São Paulo/Guarulhos – Ribeirão Preto | 14 por semana (2 diários) | Airbus A319 e A320 | Integração de polo regional ao hub internacional |
| Curitiba – Rio de Janeiro/Galeão | 14 por semana (2 diários) | Airbus A320 | Mais oferta entre Sul e Sudeste |
| São Paulo/Congonhas – Natal | 7 por semana (diário) | Airbus A320 e A319 | Chegada direta ao litoral potiguar |
| São Paulo/Congonhas – Ilhéus | 2 por semana (sábados e domingos) | Airbus A319 e A320 | De sazonal a regular, com operação fixa |
O que muda para quem viaja
As novas opções impactam rotinas de trabalho, lazer e logística. Quem parte de cidades fora do eixo tradicional passa a ganhar atalhos, menos tempo em conexão e maior previsibilidade de horários.
- Redução de conexões em rotas históricas, como Norte–Sudeste e Centro-Oeste–Sul.
- Melhor distribuição de horários, com voos diários em rotas de alta demanda.
- Mais assentos disponíveis em aeronaves A320 e A321, que atendem bem ao perfil doméstico.
- Acesso direto a hubs, ampliando possibilidades de ligação para outras regiões e para o exterior.
- Regularização de rotas antes sazonais, caso de Congonhas–Ilhéus, que vira oferta fixa de fim de semana.
Conexões mais curtas, viagens mais previsíveis
O movimento fortalece hubs como Guarulhos, Congonhas e Brasília. Boa Vista ganha um acesso direto ao maior aeroporto internacional do país, o que abre combinações com voos de longa distância. No Centro-Oeste, Foz do Iguaçu se conectou diariamente a Brasília, ganhando capilaridade para negócios e turismo.
No Nordeste, São Luís e Natal passam a receber voos diretos de Congonhas, o aeroporto preferido por quem opera no eixo corporativo da capital paulista. Já Ilhéus ganha regularidade, importante para a alta e a baixa temporada.
Impacto regional e turismo
Ribeirão Preto entra em rota direta com Guarulhos duas vezes ao dia. O efeito prático está no acesso sem baldeação a uma malha internacional ampla, útil para exportadores, saúde e eventos. Curitiba e Rio/Galeão ampliam a ponte entre Sul e Sudeste com duas frequências diárias, o que dilui picos de demanda e beneficia tarifas em períodos de maior procura.
Desde 2021, a LATAM expandiu de 44 para 59 aeroportos no Brasil e elevou a oferta doméstica em 8,5% no primeiro semestre de 2025.
Estratégia e números do crescimento
A empresa sustenta o avanço com eficiência operacional e ajuste fino de frota. No acumulado de 2025, projeta encerrar o ano com aumento doméstico entre 9,5% e 10,5% em assentos-quilômetro ofertados. A expansão veio acompanhada de sete novas bases abertas neste ano: Pelotas, Fernando de Noronha, Ribeirão Preto, Campinas, Bonito, Dourados e Parnaíba.
No mercado, a companhia mantém liderança doméstica e internacional desde 2021, segundo a ANAC. No segmento corporativo, permanece como a preferida pelo segundo ano seguido, de acordo com a Abracorp.
Internacional segue em alta
A malha para fora do país soma voos próprios do Brasil para 90 destinos e projeta alta de até 11% na oferta internacional. Entre as novidades recentes, estão Fortaleza–Lisboa, Rio–Buenos Aires e Porto Alegre–Buenos Aires. Também há lançamentos anunciados, como Florianópolis–Lima e Guarulhos–Córdoba, que reforçam a triangulação com hubs andinos e do Cone Sul.
Mais rotas domésticas alimentam voos internacionais, enquanto ligações diretas aliviam gargalos de conexão nos grandes centros.
Pontos práticos para planejar a viagem
Quem pretende aproveitar as novas ligações pode ganhar tempo e flexibilidade com alguns cuidados simples.
- Verifique os dias de operação: algumas rotas rodam só em dias específicos (caso de Boa Vista–Guarulhos e Congonhas–Ilhéus).
- Escolha o aeroporto certo em São Paulo: Congonhas facilita deslocamentos na cidade; Guarulhos concentra conexões internacionais.
- Considere a aeronave: A321 e A320 costumam oferecer mais assentos e opções de fileiras; o A319 atende mercados menores.
- Calcule o tempo porta a porta: voos diretos encurtam a jornada e reduzem riscos de perda de conexão.
- Antecipe check-in e bagagem: rotas cheias exigem chegada adiantada no aeroporto, especialmente em horários de pico.
Como essa malha pode favorecer o seu roteiro
Com Boa Vista ligada a Guarulhos, um passageiro do extremo Norte pode conectar com menor atrito a rotas para Europa e Estados Unidos. No Nordeste, voos de Congonhas para São Luís e Natal simplificam viagens corporativas, com ida na semana e retorno planejado sem troca de aeroporto em São Paulo.
Quem viaja a lazer para Ilhéus encontra uma oferta regular aos fins de semana, útil para viagens curtas. Já para eventos e negócios no interior paulista, Guarulhos–Ribeirão Preto com voos diários cria janela maior de horários e margem para remarcações sem migrar de companhia.
Detalhes que fazem diferença
No campo da tarifa, a maior disponibilidade costuma suavizar picos de preço em datas de alta. A regularidade também ajuda a reduzir imprevistos operacionais típicos de malhas enxutas. Em termos de conforto, a padronização da frota Airbus facilita a experiência a bordo, com configuração conhecida pelos viajantes frequentes.
Para quem acumula pontos, as novas rotas aumentam as oportunidades de pontuar e resgatar no programa, inclusive com trechos curtos que completam saldo para bilhetes internacionais. No planejamento de férias, vale mapear feriados locais das cidades atendidas, o que pode alterar demanda e preços.
O que observar nos próximos meses
A resposta do mercado dirá quais horários ganham mais robustez e se novas frequências entram na malha. A rota mais longa, Boa Vista–Guarulhos, tende a medir a demanda do Norte para o hub internacional. Se a ocupação for alta, a tendência é estabilizar preços e, em ciclos de alta temporada, ampliar a oferta.
Nos destinos turísticos, como Foz do Iguaçu e Ilhéus, a presença semanal e a regularização de operações criam previsibilidade. Agências locais e redes hoteleiras costumam ajustar pacotes conforme a estabilidade dos voos. Isso afeta a atratividade de viagens combinadas, que juntam natureza, praia e cidades com boa infraestrutura.


