Novas regras, leitor no volante e pórticos sem cancela. O bolso sente primeiro, mas há atalhos legais para pagar menos.
As cobranças começaram e o modelo mudou para free flow, sem cabines. A cobrança depende do pórtico, do trajeto e de onde você entra ou sai da rodovia. Moradores de pontos específicos de Mogi das Cruzes têm isenção ou desconto relevante.
O que mudou com o free flow
O sistema free flow identifica a passagem pelo pórtico por tag ou leitura de placa. Não há parada. A tarifa vem por trecho, e o valor final do deslocamento resulta da soma dos pórticos cruzados.
Dentro de Mogi das Cruzes, deslocamentos internos não pagam. No Taboão, passar pelo P2 e acessar o km 38+300 garante isenção na mesma viagem.
Há também um controle de acesso pela Estrada da Pedreira. Quem circula por ali não tem isenção total, mas paga menos no P2 graças a um desconto automático.
Quanto custa em cada pórtico
Veja valores base para carros de passeio e as regras aplicadas em cada ponto de cobrança:
| Rodovia | Pórtico | Km | Valor base | Regras locais |
|---|---|---|---|---|
| Mogi-Dutra | P1 (Arujá) | km 37+150 (N) / km 37+780 (S) | R$ 1,56 | Todos pagam |
| Mogi-Dutra | P2 (Mogi) | km 41+600 (N) / km 40+800 (S) | R$ 1,99 | Isento para moradores do Taboão que usem o acesso do km 38+300 na mesma viagem; desconto de 70% para quem circula pela Estrada da Pedreira (R$ 0,57). |
| Mogi-Bertioga | P3 | km 92+740 (N e S) | R$ 6,96 | Sem isenções locais; valem benefícios gerais de tag/DUF |
Estrada da Pedreira: 70% de desconto no P2. De R$ 1,99 cai para R$ 0,57 quando o acesso ocorre por essa via.
Quem tem direito a pagar menos
- Isenção para deslocamentos internos dentro de Mogi das Cruzes.
- Isenção no P2 para moradores do distrito do Taboão que passem pelo pórtico nos dois sentidos na mesma viagem e utilizem o acesso do km 38+300.
- Desconto de 70% no P2 para quem acessa pela Estrada da Pedreira (Itapeti, Jardim Piatã 1 e 2, Parque Novo Horizonte e condomínios como o Aruã).
- Motociclistas não pagam.
- Usuários com tag têm 5% de desconto em cada passagem.
- Desconto de Usuário Frequente (DUF) para carros com tag: a partir da 11ª passagem no mês no mesmo trecho, 10%; a partir da 21ª, 20%.
Três trajetos típicos e quanto sai
- Mogi das Cruzes ↔ Arujá: P1 + P2. R$ 3,55 na ida e R$ 3,55 na volta. Total: R$ 7,10.
- Estrada da Pedreira ↔ Arujá: paga P1 integral e P2 com 70% de desconto. Total ida e volta: R$ 4,26.
- Mogi das Cruzes ↔ Bertioga (P3): R$ 6,96 por sentido. Total ida e volta: R$ 13,92.
Com tag, além dos 5% por passagem, o DUF reduz ainda mais o custo mensal em trajetos repetidos.
Como pagar e evitar dor de cabeça
Sem tag, a cobrança sai no seu CPF/placa. O pagamento pode ser feito em até 30 dias corridos após a passagem.
- Formas aceitas: cartão de crédito, débito e PIX.
- Consulta e quitação: site e app da concessionária CNL ou totens nas bases de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).
- Canal de atendimento: 0800 098 88 55.
A tag agiliza a leitura, aplica 5% automaticamente e habilita o DUF. Para quem cruza pórticos com frequência, a economia mensal supera a taxa de manutenção de muitas tags.
Pontos de passagem e geografia
Na Mogi-Dutra, os pórticos ficam nos seguintes marcos:
- Km 37+150 (sentido Norte) e km 37+780 (sentido Sul) — P1, em Arujá.
- Km 41+600 (sentido Norte) e km 40+800 (sentido Sul) — P2, em Mogi.
Na Mogi-Bertioga, o P3 está no km 92+740, ambos os sentidos.
Reação em Mogi e o debate público
A Prefeitura de Mogi das Cruzes enviou carta aberta ao governador Tarcísio de Freitas, assinada por autoridades e entidades locais, reiterando oposição ao pedágio. O texto afirma que a Mogi-Dutra funciona como avenida urbana para moradores e lembra que a via recebeu recursos municipais nos anos 1970.
Quando você não paga nada no P2
Deslocamento interno
Se a origem e o destino ficam dentro de Mogi das Cruzes, o sistema reconhece o trajeto e não gera tarifa. O controle de acesso confirma o uso local da rodovia.
Distrito do Taboão
Quem entra ou sai pelo Taboão e usa o acesso do km 38+300, passando pelo P2 nos dois sentidos na mesma viagem, fica isento. Essa regra evita cobrança para quem depende do trecho como via de ligação do bairro.
Planeje o gasto e reduza a conta
Mapeie sua rotina semanal. Se você cruza o mesmo pórtico mais de 10 vezes por mês, a tag ativa o DUF e a conta cai na segunda metade do mês. Em rotas como Mogi–Arujá, isso impacta no orçamento mensal de combustível e manutenção.
Para famílias com dois carros, avaliar uma tag em cada veículo simplifica o controle das passagens e concentra os descontos por placa/trecho. Em viagens à serra pela Mogi-Bertioga, lembre-se: não existem isenções locais no P3; a redução depende da tag e do volume de passagens.


