Um novo passeio no Vale do Itajaí tem rendido boas histórias, risadas e desafios para grupos de amigos e famílias inteiras.
Guabiruba, no interior de Santa Catarina, inaugurou o maior labirinto do Sul do Brasil e já mexe com a curiosidade do público. O atrativo reúne números chamativos, um toque de tradição germânica e um parque municipal com natureza, história e planos ambiciosos de infraestrutura.
Onde fica e quanto custa
O labirinto está aberto dentro do Parque Municipal Vereador Érico Vicentini, na Rua Orlandina Romani Vicentini, no bairro Guabiruba Sul. A entrada é gratuita e a visita pode ser feita diariamente, o que facilita encaixar o passeio na agenda da semana.
Entrada gratuita e visitação diária no Parque Municipal Vereador Érico Vicentini, em Guabiruba Sul.
Dimensões, percurso e o que esperar
O circuito chama atenção pelo desenho circular com 51,40 metros de diâmetro. As paredes verdes são formadas por cerca de 6,5 mil árvores da espécie Podocarpus, que chegam a 1,70 metro de altura. O trajeto, somado, alcança quase dois quilômetros.
Quem decide ir até o centro precisa completar 11 voltas. Não há pressa: o ritmo pode ser o das crianças, dos avós ou daquele amigo que adora fotografar cada quina do caminho. Placas distribuídas em 11 pontos oferecem curiosidades sobre Guabiruba em três idiomas — português, inglês e alemão — e transformam a caminhada em uma experiência cultural.
51,40 m de diâmetro, quase 2 km de percurso e 11 pontos informativos em português, inglês e alemão.
O que você vê durante o trajeto
- Corredores verdes de Podocarpus bem podados, ideais para fotos
- Painéis trilingues com dados históricos e culturais do município
- Curvas planejadas para aumentar o desafio sem cansar o visitante
- Ponto central com escultura temática e área para pausa
Centro do labirinto: tradição e homenagem
No coração do percurso, uma escultura do Pelznickel, personagem das tradições natalinas locais, dá o tom da herança cultural de Guabiruba. Além do simbolismo de Natal, a peça presta homenagem a Ryan Hodecker, morador que se caracterizava como o personagem e faleceu no início do ano. A presença do Pelznickel conecta o passeio ao calendário festivo e à memória afetiva da comunidade.
Amizade que virou paisagem
O projeto nasceu de uma parceria entre a prefeitura de Guabiruba e a cidade alemã coirmã, Karlsdorf-Neuthard. Parte das árvores foi adquirida graças a essa cooperação — mil unidades, segundo o município. A relação de irmandade vai além do discurso: está plantada, cresce com a manutenção do parque e serve de ponto de encontro para gerações.
Parque municipal, história e planos futuros
O parque ocupa um terreno amplo, já usado para eventos e com vocação para múltiplas atividades. A prefeitura projeta ali um complexo de lazer com ginásio municipal, quadras, área de camping e restaurante. A ideia é transformar o espaço em um polo de cultura, esporte e turismo, consolidando o labirinto como porta de entrada para novas experiências.
Patrimônio de 1913 ao lado da natureza
Dentro da área do parque está a primeira usina hidrelétrica do Vale do Itajaí, inaugurada pelo empreendedor João Bauer em 1913. O entorno reúne quedas d’água e trilhas que agradam quem gosta de caminhar, fotografar e respirar ar fresco.
Como organizar sua visita sem perrengue
O labirinto é um programa democrático, mas alguns cuidados elevam a experiência. O circuito, embora convidativo, pode exigir mais atenção de quem vai com crianças pequenas. A seguir, um guia rápido.
Tempo, horário e ritmo
- Tempo médio: reserve de 40 a 70 minutos, variando conforme o número de paradas.
- Horário: priorize manhãs ou fins de tarde em dias quentes para caminhar com mais conforto.
- Ritmo: a passarela verde permite pausas para fotos, leitura dos painéis e hidratação.
O que levar e quem aproveita mais
- Água, protetor solar e chapéu para os trechos sob sol.
- Calçado fechado com boa aderência.
- Celular carregado para fotos e para orientar o grupo em caso de dispersão.
- Famílias com crianças e grupos de amigos que buscam atividade leve com conteúdo cultural.
Informações práticas de referência
- Local: Parque Municipal Vereador Érico Vicentini, Rua Orlandina Romani Vicentini, bairro Guabiruba Sul.
- Preço: gratuito.
- Funcionamento: visitação diária.
- Características: 6,5 mil Podocarpus, 51,40 m de diâmetro, quase 2 km de percurso, 11 pontos informativos.
Por que o labirinto cativa moradores e turistas
O circuito combina três fatores: desafio lúdico, leitura rápida de história local e cenário fotogênico. Ao mesmo tempo, a presença do Pelznickel e a homenagem a Ryan Hodecker dão um sentido emocional ao passeio. A parceria com a cidade alemã soma um componente de intercâmbio que agrada a quem valoriza experiências com contexto.
Entenda a planta que dá forma ao caminho
O Podocarpus, espécie usada nas paredes do labirinto, se adapta bem ao corte periódico e permite linhas definidas. Essa característica ajuda a manter corredores claros sem prejudicar o crescimento. Para o visitante, o resultado é um trajeto “limpo”, com curvas que não intimidam iniciantes e ainda assim criam o efeito de desafio esperado.
Como combinar o labirinto com outras atividades no parque
Quem tem mais tempo pode incluir uma caminhada leve pelas trilhas e uma passada pela antiga hidrelétrica. A mistura de natureza, memória e lazer rende fotos diferentes e conversa com públicos variados. A tendência é que, com a instalação das novas estruturas, o parque ganhe ainda mais circulação, abrindo espaço para eventos, feiras e práticas esportivas.
Dicas finais para sua experiência ser melhor
Vá em grupo pequeno para manter o ritmo homogêneo e reduzir dispersões. Combine um ponto de encontro caso alguém se antecipe. Se for com crianças, proponha pequenas missões, como contar o número de placas informativas, para manter o foco no trajeto. Prefira dias secos para evitar caminho escorregadio. Em caso de necessidade de acessibilidade específica, vale checar as condições das trilhas internas do parque antes do passeio.


