Se você mora na zona norte, prepare um plano B: a rotina de torneira aberta pode mudar nesta quinta.
Para ampliar a oferta de água tratada, o DMAE agenda intervenções no Sistema São João que afetam bairros da zona norte. A movimentação de equipes e máquinas ocorre ao longo do dia e pode reduzir a pressão nas torneiras de quem vive e trabalha no entorno.
O que vai acontecer
O Departamento Municipal de Água e Esgotos realiza o remanejamento de uma rede em operação para viabilizar a instalação de uma nova adutora de 900 milímetros na avenida Assis Brasil. Essa tubulação reforça o bombeamento da EBAT Ouro Preto, responsável por levar água de áreas mais baixas para as mais altas.
Das 8h até o fim da tarde, podem ocorrer baixa pressão ou interrupção temporária em trechos da zona norte de Porto Alegre.
A obra faz parte do pacote de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água São João, projetado para sustentar a demanda em períodos de maior consumo, especialmente durante o verão.
Áreas e vias com atenção redobrada
Os efeitos variam conforme o horário e o consumo local. Moradores e comerciantes dessas vias podem sentir oscilação no fornecimento:
- Avenidas Assis Brasil, Sarandi e Salvador Leão
- Entorno das ruas Abaeté, Ararás, Batovi, Itaeté e Três de Outubro
Mantenha reservatórios internos cheios antes das 8h e evite grandes consumos durante a intervenção.
Por que a obra é necessária
O consumo de água dispara nos dias quentes, e a rede precisa suportar picos sem colapsar. A nova adutora aumenta a capacidade de transporte de água tratada e reduz gargalos operacionais. O reforço da EBAT Ouro Preto complementa melhorias já entregues na sucção, que ajudaram a estabilizar a pressão em pontos críticos.
O que muda no Sistema São João
- Adutora de 900 mm na avenida Assis Brasil para ampliar a vazão.
- Reforço no bombeamento da EBAT Ouro Preto, que atende cotas mais altas.
- Ampliação da EBAT Sarandi em andamento, com maior capacidade instalada.
- Previsão de uma nova estação de bombeamento e de um reservatório adicional.
Investimento total previsto: R$ 87 milhões para ampliar a segurança hídrica e reduzir falhas em horários de pico.
Como se preparar no dia da intervenção
Você pode minimizar impactos com medidas simples que ajudam a atravessar o período de baixa pressão:
- Antecipe o enchimento de caixas d’água antes das 8h.
- Adie lavagens de roupa, limpeza pesada e uso de mangueiras.
- Feche bem as torneiras para evitar entrada de ar nas instalações internas.
- Se houver retorno da água com turbidez, deixe correr alguns minutos até clarear.
- Priorize o consumo humano e a preparação de alimentos.
Dicas para comércios e serviços
- Planeje produção e higienização no início da manhã.
- Garanta reserva técnica em caixas e galões certificados.
- Comunique colaboradores e clientes sobre possíveis alterações no atendimento.
Horários e possíveis efeitos
| Período | Possível efeito |
|---|---|
| 8h às 12h | Queda de pressão em pontos altos e pontas de rede |
| 12h às 17h | Interrupções temporárias e oscilações mais perceptíveis |
| Após 17h | Normalização gradual, com variação de bairro para bairro |
O retorno do abastecimento ocorre de forma progressiva. Pontos mais altos costumam demorar um pouco mais para equilibrar a pressão. Caso a água volte com coloração alterada, feche o registro, aguarde alguns minutos e reabra lentamente.
O que já foi entregue e o que falta
O projeto do Sistema São João avançou com a instalação de uma nova adutora de sucção na área da EBAT Ouro Preto. Esse reforço permite maior estabilidade no bombeamento e prepara a rede para receber o aumento de vazão da adutora principal.
Em paralelo, o DMAE amplia a EBAT Sarandi e projeta uma estação de bombeamento adicional, além de um novo reservatório. A combinação dos dois elementos melhora a resposta a picos de demanda e reduz a necessidade de manobras emergenciais.
Benefícios esperados após as obras
- Mais pressão nas horas mais quentes do dia.
- Menos interrupções em bairros de cota elevada.
- Redução de perdas e de vazamentos por sobrecarga na rede.
- Maior previsibilidade para negócios que dependem de água em volume.
Como a expansão impacta o verão
A cidade registra aumento expressivo de consumo no calor, com banhos mais longos, refrigeração de ambientes e lavagem de áreas externas. Sem reforço na infraestrutura, a rede opera no limite, o que exige manobras e pode gerar quedas de pressão. A nova adutora e os upgrades nas estações de bombeamento aliviam o sistema exatamente onde a demanda cresce.
Mais transporte de água tratada, mais armazenamento e mais bombeamento em pontos estratégicos: essa é a tríade que sustenta a demanda de verão.
Quando procurar atendimento
Quem observar falta total de água por período prolongado, vazamentos na rua, retorno com muita turbidez ou ruídos fora do normal na tubulação deve acionar a central de atendimento do DMAE. Tenha em mãos endereço completo, ponto de referência e, se possível, fotos do problema para agilizar o registro.
Boas práticas de reserva e segurança
Armazene água apenas em recipientes limpos e com tampa. Evite contato das mãos com a água reservada. Identifique galões para uso potável e para uso doméstico. Em imóveis com caixa d’água, deixe pelo menos 20% de reserva para emergências. Instale válvula de retenção e mantenha a limpeza da caixa em dia, preferencialmente a cada seis meses.
Perguntas que moradores costumam fazer
- Posso usar a máquina de lavar? Sim, mas programe fora do período crítico para evitar parar no meio do ciclo.
- O chuveiro pode queimar com baixa pressão? Modelos eletrônicos podem desarmar; desligue se a água falhar para evitar dano.
- Água voltou amarelada: o que fazer? Deixe correr alguns minutos; se persistir, reporte à central do DMAE.
O que observar após a normalização
Verifique se hidrômetros e registros funcionam sem travas. Observe ruídos de ar nas tubulações e libere lentamente as torneiras para expulsar bolhas. Cheque pontos de menor uso, como lavabos e áreas de serviço, para confirmar a estabilização da pressão. Anote horários da normalização no seu endereço; essa informação ajuda a equipe técnica em futuros planejamentos.
Para quem pensa em se proteger de novas intervenções, vale considerar a instalação de uma caixa d’água adequada ao consumo da família e, para comércios, um plano de contingência com escala de produção e rotinas de limpeza adaptadas. Em residências, priorize torneiras arejadas, redutores de vazão e manutenção de boias e registros. Esses ajustes aliviam a rede, diminuem a conta e reduzem o risco de ficar sem água nos picos.


