Porto-alegrenses, você vai perder? Buena Vista Social Orchestra toca 3/12 no Salão de Atos da PUCRS

Porto-alegrenses, você vai perder? Buena Vista Social Orchestra toca 3/12 no Salão de Atos da PUCRS

Metais quentes, voz rouca e histórias de Havana prometem reacender lembranças no sul do país, com ritmo que convida.

O retorno do som cubano tradicional ao palco gaúcho ganha data e endereço. A Buena Vista Social Orchestra agenda uma parada em Porto Alegre no início de dezembro, com direção musical de Jesus “Aguaje” Ramos e repertório que celebra décadas de boleros, danzones e sons de raiz. A apresentação se insere em nova etapa da turnê sul-americana, após sessões lotadas no primeiro semestre.

O que vai acontecer

A orquestra se apresenta em 3 de dezembro, no Salão de Atos da PUCRS, no bairro Partenon. A venda de ingressos ocorre pelo site Clube do Ingresso. A formação traz instrumentistas cubanos e arranjos que preservam a estética consagrada nos anos 1990, quando o projeto original virou referência mundial.

Porto Alegre recebe a Buena Vista Social Orchestra em 3 de dezembro, sob a batuta de Jesus “Aguaje” Ramos, figura-chave do Buena Vista Social Club.

O show promete clima intimista, mesmo em palco amplo. O público costuma cantar refrões, marcar o compasso com palmas e transformar o salão em pista de dança. A cenografia privilegia a madeira dos instrumentos e o brilho contido dos metais, com iluminação quente para destacar solos e vozes.

Quem está no comando

Jesus “Aguaje” Ramos assina a direção artística e conduz o repertório. Maestro e trombonista, ele participou da gênese do Buena Vista Social Club, trabalhando com veteranos que moldaram o som de Havana. A orquestra atual se ancora nessa trajetória para manter o pulso do son cubano vivo e relevante.

De projeto a fenômeno global

Nos anos 1990, o músico e produtor Ry Cooder reuniu artistas de diferentes gerações para gravar canções tradicionais de Cuba. O encontro virou um marco. O grande público voltou a ouvir son, bolero e guaracha, enquanto ícones veteranos ganharam novas plateias pelo mundo. A proposta original continua a inspirar turnês e formações que respeitam a linguagem de época sem perder frescor.

A orquestra funciona como guardiã de um repertório histórico, com arranjos fiéis, swing calibrado e espaço para improvisos de palco.

O que esperar do repertório

A seleção costuma mesclar clássicos consagrados e temas que ressaltam a cadência caribenha. O foco recai nos ritmos que tornaram o estilo reconhecível para quem escuta rádio, trilhas de filmes e playlists latinas. É muito provável que surjam temas marcados por refrões fáceis, guias de metais e diálogos entre percussões e cordas.

  • Ritmos: son cubano, bolero, danzón, cha-cha-chá e guaracha.
  • Instrumentos de destaque: trombone, trompete, tumbadoras, bongô, baixo, piano e o tres cubano.
  • Clima de show: alternância entre números dançantes e canções lentas, com solos de sopros e vozes em coro.
  • Homenagens: lembranças a mestres que consolidaram a tradição, em arranjos que preservam melodias originais.

Quem acompanhou a turnê do primeiro semestre relata apresentações precisas e calorosas, com dinâmica que valoriza o compasso e a narrativa das letras. O formato favorece quem assiste sentado e quem prefere levantar para dançar nos corredores nas canções mais aceleradas.

Serviço

Data 3 de dezembro (quarta-feira)
Local Salão de Atos da PUCRS
Endereço Avenida Ipiranga, 6681, Partenon
Cidade Porto Alegre (RS)
Ingressos À venda pelo site Clube do Ingresso

Por que isso importa para Porto Alegre

A capital gaúcha mantém público fiel para música latina. Casas e festivais locais já provaram apetite por propostas de raiz e cruzamentos com jazz. A chegada da Buena Vista Social Orchestra reforça esse elo e amplia o cardápio cultural às vésperas do verão. A data favorece quem quer encerrar o ano com uma experiência ao vivo que combina nostalgia e vigor.

Impacto cultural e econômico

Shows desse porte movimentam restaurantes e bares do entorno. Aplicativos de mobilidade registram maior procura na faixa noturna. A programação também estimula escolas de dança de salão, que costumam organizar grupos para assistir juntos e treinar passos típicos em encontros posteriores.

Quem curte música ao vivo encontra no espetáculo uma chance de ouvir arranjos clássicos com precisão de estúdio e energia de palco.

Como se preparar para a noite

  • Chegue com antecedência para evitar filas e localizar o assento com calma.
  • Verifique a rota no aplicativo de transporte e programe o retorno.
  • Considere o estacionamento do campus, sujeito a disponibilidade e cobrança.
  • Leve um agasalho leve, já que a climatização pode variar com o público.
  • Hidrate-se e respeite os intervalos entre músicas para fotografar sem atrapalhar a visão alheia.

Termos que ajudam a entender o show

Quem chega com algumas noções de estilo aproveita melhor as sutilezas dos arranjos. Abaixo, conceitos que costumam aparecer nas falas de palco e nas letras.

  • Son cubano: gênero que mistura influências espanholas e africanas. Base de muitas canções do repertório.
  • Danzón: ritmo elegante, com andamento médio e espaço para madeira e metais.
  • Guaracha: mais acelerada e festiva, com letras bem-humoradas e percussão incisiva.
  • Tres cubano: instrumento de cordas metálicas, timbre brilhante e função rítmica-harmônica.
  • Montuno: seção repetitiva, usada para chamar o público à resposta em coro e abrir espaço para solos.

Para ir além do show

Uma forma prática de ampliar a experiência é montar uma audição guiada em casa, alternando gravações históricas e registros mais recentes. Compare a condução da percussão, o balanço do baixo e as linhas de sopros. Esse exercício ajuda a perceber como a orquestra atualiza o fraseado sem descaracterizar a forma.

Quem não conseguir ingresso pode acompanhar a agenda da turnê sul-americana. O grupo costuma anunciar novas datas em capitais vizinhas, o que abre alternativas de viagem rápida. Verifique também iniciativas locais de dança caribenha. A prática dos passos facilita a leitura rítmica e torna a plateia mais participativa em números com montuno prolongado.

Para quem pensa em começar a tocar ritmos cubanos, vale buscar aulas introdutórias de percussão afrocubana e harmonia voltada ao son. O aprendizado do clave, da condução do bongô e das células do tumbao no baixo oferece base sólida para compreender a arquitetura das músicas que ganham vida no palco.

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