Um caçador renegado, uma ciborgue enigmática e um planeta hostil. Alianças improváveis nascem quando sobreviver vira prioridade.
O novo capítulo da franquia Predador aposta na inversão de papéis e no suspense físico para renovar a série. A produção estreia nos cinemas do Brasil nesta quinta-feira, 6 de novembro, cercada por expectativa e elogios da crítica internacional.
O que muda no novo capítulo
Predador: Terras Selvagens se passa em um planeta remoto, num futuro distante. O protagonista é um jovem Yautja rejeitado pelo próprio clã. Ele virou alvo de caçadores e precisa provar valor em um terreno que pune qualquer erro.
Nesse cenário, surge Thia, interpretada por Elle Fanning. Ela é uma ciborgue com agenda própria e habilidades que rivalizam com as do predador. A aproximação entre os dois não nasce da confiança, e sim da necessidade. A cooperação vira ferramenta de sobrevivência, e a dupla aprende a ler o ambiente para antecipar ameaças.
A premissa inverte o jogo: o predador se torna presa, e a caça ganha contornos de parceria estratégica.
Uma parceria que desafia o instinto
O Yautja sempre seguiu um código de honra baseado em troféus e ritos. Thia opera com lógica, dados e precisão. O embate de métodos cria fricção dramática. Cada decisão oferece risco calculado. O filme investe em táticas de combate, uso de terreno e leitura de padrões do adversário.
O mundo desconhecido também é personagem. Tempestades, fauna agressiva e recursos escassos pressionam escolhas. A tensão cresce em sequências que priorizam o corpo dos atores e efeitos práticos, com tecnologia surgindo como extensão das habilidades, não como atalho.
Quem está por trás das câmeras
A direção é de Dan Trachtenberg, cineasta que já tinha surpreendido ao revitalizar a franquia com Prey (2022). O foco dele está no suspense sustentado por espaço, silêncio e pontos de vista. A câmera se aproxima dos personagens para medir respiração, peso do equipamento e custo de cada movimento.
Elenco e personagens
Elle Fanning assume o papel de Thia, uma figura que combina vulnerabilidade e frieza calculada. Dimitrius Schuster-Koloamatangi e Stefan Grube integram o elenco, ampliando o mosaico de forças que compõem o conflito do planeta. O jovem Yautja, sem nome divulgado, carrega a narrativa nascido do erro e da insistência.
- Direção: Dan Trachtenberg
- Elenco: Elle Fanning, Dimitrius Schuster-Koloamatangi, Stefan Grube
- Duração: 1h47
- Lançamento no Brasil: 6 de novembro de 2025
- Título original: Predator: Badlands
Recepção e termômetro de estreia
No Rotten Tomatoes, o longa soma 90% de aprovação da crítica até o momento. A avaliação destaca a energia das cenas de ação e a decisão de transformar o predador em alvo. Em veículos espanhóis e norte-americanos, repete-se a ideia de “espetáculo feroz” que equilibra ficção científica com tensão de sobrevivência.
A aprovação crítica bate 90% no Rotten Tomatoes e apoia a leitura de que a franquia encontrou novo fôlego.
O orçamento estimado gira em torno de 100 milhões de dólares, segundo relatos de bastidores. Se confirmado, esse valor supera o de O Predador (2018), que custou cerca de 88 milhões e teve desempenho comercial abaixo do esperado. O novo filme chega, portanto, com responsabilidade de reposicionar a marca nas bilheterias.
Por que essa história interessa agora
Filmes de ação e ficção científica passam por uma fase em que a escala visual precisa servir a personagens críveis. Terras Selvagens segue essa linha. Entre os dois protagonistas, a confiança não é dada. Ela é conquistada em pequenos acordos, nascidos do cálculo que a sobrevivência impõe.
O subgênero “caçador vira presa” conversa com discussões sobre poder, dominação e tecnologia. Quando uma máquina com traços humanos coopera com um caçador biológico, surgem perguntas sobre instinto, algoritmos e adaptação. O filme levanta esses temas sem interromper o fluxo da ação.
Yautja em foco
Yautja é como a espécie do Predador se denomina. A tradição deles envolve duelos, hierarquia rígida e prova constante de capacidade. A figura rejeitada do filme ajuda a olhar essas regras por outro ângulo. O personagem precisa reconstruir o próprio código, escolher aliados e aprender a falhar sem virar estadia permanente no deserto rochoso que o cerca.
As tecnologias clássicas retornam. Camuflagem ativa, visão térmica e armamentos de precisão não evitam o desgaste físico. A narrativa insiste na leitura do ambiente. Barulho entrega posição. Calor denuncia esconderijos. O mérito da dupla se mede pela capacidade de transformar desvantagem em plano.
Para o público que vai ao cinema
Quem acompanha a franquia desde 1987 verá símbolos conhecidos em uma história com foco em sobrevivência e parceria tática. Quem chega agora encontra um filme independente o suficiente para funcionar sem bagagem anterior. A fotografia enfatiza textura de rochas, poeira e variações de luz, o que combina com a ação pensada em etapas.
- Sessões começam no dia 6, com previsão de grande ocupação em capitais.
- Procure horários com projeção calibrada para cenas noturnas e de camuflagem.
- A franquia costuma ter janela exclusiva nos cinemas antes de chegar ao streaming; a duração dessa janela pode variar.
Pistas úteis para ampliar a experiência
Quem quiser contexto pode revisitar Prey (2022), também de Trachtenberg, que trabalhou tensão e geografia do combate com orçamento mais contido. A comparação ajuda a entender como Terras Selvagens escala a ação sem perder clareza. Também vale buscar materiais sobre o conceito de “caça adaptativa”, muito presente em táticas reais de rastreamento: leitura de pegadas, controle de respiração e uso de relevo para ganhar vantagem.
Para quem se interessa por produção, o orçamento de 100 milhões exige desempenho consistente no primeiro fim de semana. Esse recorte dita o boca a boca, influencia o número de sessões na segunda semana e embala a negociação com formatos premium. Em contrapartida, a boa pontuação crítica pode sustentar a permanência do filme em cartaz mesmo após o pico inicial.


