Enquanto flashes disputavam espaço, um encontro improvável uniu música pop, samba e clima em uma noite de promessas verdes no Rio.
No Museu do Amanhã, um tapete verde recebeu Príncipe William ao lado de Anitta, Seu Jorge, Kylie Minogue e Shawn Mendes. O Earthshot Prize levou glamour à zona portuária e colocou a pauta ambiental no centro, com shows, ritmos de escola de samba e mensagens sobre soluções reais para o planeta.
Tapete verde no Museu do Amanhã
O público se concentrou diante do museu ainda no fim da tarde. William chegou sob aplausos, acenou com discrição e seguiu pela área de imprensa. Ao lado dele, artistas consagrados emprestaram visibilidade e apelo pop a uma causa que cresce no debate público.
Anitta e Seu Jorge cruzaram o tapete em clima de cumplicidade. Kylie Minogue e Shawn Mendes reforçaram a presença internacional. O formato “tapete verde” resumiu o espírito da cerimônia: glamour a serviço de metas ambientais.
Rio de Janeiro virou vitrine global de inovação ambiental, com cultura popular puxando a conversa sobre soluções.
Música, samba e mensagens
A bateria da Beija-Flor abriu a cerimônia com batidas que preencheram a Praça Mauá. Em seguida, Anitta assumiu o palco com Mas, que nada!, de Jorge Ben Jor, costurando brasilidade com uma proposta de futuro.
Projeções de florestas e cores da bandeira formaram o cenário para um dueto raro. Anitta dividiu o microfone com Gilberto Gil em Garota de Ipanema. A combinação entre música icônica e discurso ambiental ajudou a fixar o recado.
Cultura e clima caminharam juntos: samba, pop e MPB dividiram a cena com metas de inovação e impacto.
O que está em jogo no Earthshot Prize
Lançado por Príncipe William, o Earthshot Prize reconhece soluções que possam ganhar escala e gerar efeitos rápidos. Cinco categorias guiam a escolha dos vencedores e financiam projetos com recursos e mentoria.
- Foco em soluções aplicáveis e escaláveis, não apenas em ideias.
- Rede global de apoio para acelerar projetos em diferentes países.
- Prêmios anuais para multiplicar impacto em curto e médio prazo.
| Categoria | Objetivo |
|---|---|
| Proteger e restaurar a natureza | Recuperar ecossistemas, conter desmatamento e fortalecer biodiversidade. |
| Limpar o ar | Reduzir poluentes urbanos e industriais com tecnologia e gestão pública. |
| Reviver os oceanos | Regenerar recifes, manguezais e diminuir a poluição marinha. |
| Construir um mundo sem lixo | Estimular economia circular, reuso e novos materiais. |
| Consertar o clima | Cortar emissões, ampliar renováveis e armazenar carbono com eficiência. |
Cada uma dessas frentes costuma premiar, a cada edição, um vencedor com £1 milhão e acompanhamento técnico. A estratégia mira a fase mais crítica de uma inovação: sair do piloto e entrar no mundo real.
Presenças que atraem atenção global
A lista de convidados ampliou o alcance do evento. Kylie Minogue e Shawn Mendes circularam pelo tapete e interagiram com artistas brasileiros. A mistura de nomes pop com referências da música nacional movimentou redes e imprensa internacional.
Seu Jorge levou carisma e uma ponte direta com o público brasileiro. Anitta, habituada a palcos globais, equilibrou performance e discurso. Gilberto Gil, em participação especial, entregou simbolismo e memória afetiva. O conjunto gerou uma moldura cultural forte para uma noite dedicada à inovação ambiental.
Repercussão local e gestos diplomáticos
O Rio se beneficia desse tipo de encontro. A cidade ganha agenda positiva, atrai parceiros e se conecta a redes de financiamento climático. Nos bastidores, autoridades municipais discutiram formas de aproximar iniciativas locais do pipeline de soluções do prêmio.
Na esfera institucional, voltou ao debate a concessão do título de cidadão honorário ao Príncipe William. A proposta circula na Câmara Municipal e funciona como gesto de cooperação com uma plataforma que apoia projetos de impacto ambiental.
Por que o palco carioca importa
O Museu do Amanhã já recebeu debates de ciência, tecnologia e mudanças climáticas. A cerimônia reforçou essa vocação. O entorno da Baía de Guanabara impôs um lembrete visual: restauração de manguezais, gestão de resíduos e qualidade da água seguem como prioridades.
Pesquisadores e empreendedores da região avaliam que a presença de uma rede como a do Earthshot acelera conexões. Startups ambientais, cooperativas de reciclagem e projetos de reflorestamento ganham caminho para testar e escalar soluções com mentoria e visibilidade.
- Quem esteve lá: Príncipe William, Anitta, Seu Jorge, Kylie Minogue, Shawn Mendes e Gilberto Gil.
- O que tocou: bateria da Beija-Flor, Mas, que nada! e Garota de Ipanema em dueto emblemático.
- O que ficou: recado claro sobre soluções escaláveis e foco em resultados imediatos.
Próximos passos e oportunidades
Projetos brasileiros ligados a restauração florestal, saneamento inteligente e reciclagem de alto valor ganham janela de oportunidade. O momento favorece alianças entre universidades, poder público e empresas, com métricas transparentes e metas anuais. Resultados medidos por redução de emissões, empregos verdes e custos evitados tendem a atrair financiamento.
Para quem acompanha de casa, pequenas ações criam efeito de rede. Separação correta de resíduos, apoio a cooperativas, preferência por materiais reutilizáveis e uso racional de energia reduzem pressões locais. Escolas e associações de bairro podem propor mutirões em mangues e praias, com mapeamento de resíduos e avaliação de microplásticos.
Como avaliar impacto de soluções
Três perguntas ajudam a medir promessas ambientais: resolve problema real, escala com custo decrescente e gera benefício social? Essa triagem evita modismos e orienta investimentos. Ferramentas de medição de carbono e indicadores de biodiversidade simplificados apoiam escolhas públicas e privadas.
Para quem lidera iniciativas, vale construir um plano de escalabilidade. Piloto de três a seis meses com metas claras, parceiros locais e testes de custo por unidade aumenta a chance de tração. Redes como a do Earthshot costumam valorizar métricas auditáveis e replicabilidade em cidades diferentes.


