Uma noite de rivalidades televisivas, provocações antigas e muita curiosidade levou fãs ao Ibirapuera para um card de boxe que rendeu assunto.
O encontro entre dois campeões de realities virou atração central do Fight Music Show 7. A plateia esperou respostas no ringue. O duelo trouxe intensidade, estratégia e momentos de vaia. O resultado mexeu com quem acompanhou cada golpe.
Sacha Bali venceu Davi Brito por decisão unânime (59-55) no Fight Music Show 7, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
Como foi a luta
Primeiro e segundo rounds
Sacha entrou com maior ritmo e mostrou preparo físico superior. Ele conectou sequências limpas, controlou a distância e travou as investidas do ex-BBB. Davi tentou responder na curta distância. No fim do assalto inicial, conseguiu derrubar o rival, mas sem causar danos decisivos. No segundo round, Sacha manteve as combinações rápidas e o domínio do centro do ringue. Davi esboçou reação com boas esquivas. O ator, no entanto, pontuou melhor e seguiu mais efetivo.
Terceiro e quarto rounds
O terceiro round perdeu intensidade e gerou vaias no ginásio. A troca de golpes diminuiu e os dois passaram a estudar mais. Na quarta parcial, Davi ajustou o tempo e avançou com agressividade. Sacha respondeu com precisão e encurralou o adversário nas cordas, reacendendo a torcida. O controle da distância voltou a pesar a favor do campeão de A Fazenda 16.
Rounds finais e apito dos juízes
O cansaço apareceu para os dois. Sacha preservou melhor o fôlego nos minutos finais e administrou a vantagem com jabs e combinações curtas. Davi buscou uma mão salvadora, mas não encontrou o golpe que mudasse a história. Na leitura das papeletas, os juízes apontaram 59-55 para Sacha, confirmando a superioridade técnica construída ao longo do combate.
Provocações nas redes e falas de teor homofóbico elevaram a tensão pré-luta; no microfone, Sacha cobrou respeito após a vitória.
Clima prévio e recados após o duelo
O confronto vinha aquecido desde outubro, quando os dois passaram a trocar provocações públicas. Davi prometeu “dar um pau” em Sacha e usou expressões de teor homofóbico, o que aumentou a pressão. No fim, após a luta, Sacha sintetizou sua leitura do embate. “Respeito e humildade vencem a soberba e a petulância”, afirmou, antes de provocar o rival pelas promessas não cumpridas.
Fight Music Show em foco
Formato e proposta
O FMS mistura boxe e entretenimento com celebridades, atletas e músicos. A fórmula, criada em 2022, ganhou força ao colocar nomes com forte engajamento frente a frente. O projeto chamou atenção já na estreia, quando Whindersson Nunes e Acelino “Popó” Freitas dividiram o ringue. Em 2024, Popó voltou para encarar Cléber Bambam. No FMS 7, a luta entre Sacha e Davi reuniu dois campeões dos maiores realities do país, o que ampliou o alcance e trouxe públicos distintos para o evento.
Participações e entretenimento
A noite no Ibirapuera reuniu televisão, esporte e música. O humorista e ator Ed Gama atuou como announcer oficial, conduzindo as apresentações. O card ainda teve artistas e criadores de conteúdo circulando pelo ginásio, com novas atrações musicais anunciadas durante os intervalos. O FMS se consolidou como vitrine de performances, negociações de futuras lutas e ativações de marcas, compondo um espetáculo além das cordas.
O que significa o placar 59-55
No boxe, a pontuação por round costuma seguir o sistema 10-point must. O vencedor do assalto recebe 10 pontos. O perdedor leva 9 ou menos, quando há domínio claro, queda ou punição. O resultado 59-55 indica vantagem de quatro pontos ao final das parciais, sinal de que Sacha venceu a maioria dos rounds e abriu margem confortável. Esse tipo de placar pode incluir um assalto com 10-8, caso os árbitros entendam que houve amplo controle técnico, mesmo sem nocaute.
Para quem acompanhou no ginásio, alguns elementos pesaram. Sacha controlou o ritmo desde cedo, conectou golpes em sequência e travou as entradas de Davi com jabs e passos laterais. Quando o adversário conseguiu acelerar, o ator respondeu com precisão e reverteu a pressão, mantendo o placar sob controle até o fim.
O que observar nas lutas de celebridades
- Preparo físico: quem mantém a guarda alta e o volume de golpes no fim tende a pontuar melhor.
- Controle de distância: jabs e passos curtos definem quem dita o ritmo e a zona de impacto.
- Combinações: séries curtas e precisas contam para os juízes e minam a confiança do oponente.
- Gestão de energia: explosões sem planejamento costumam cobrar preço nos rounds finais.
- Leitura tática: adaptar a estratégia quando a primeira ideia não funciona evita placares elásticos.
Destaques por round
| Round | Momento-chave | Vantagem percebida |
|---|---|---|
| 1º | Sacha impõe ritmo e acerta boas sequências; Davi derruba no fim, sem dano relevante | Sacha |
| 2º | Combinações rápidas de Sacha e controle da distância; Davi se esquiva, mas pontua pouco | Sacha |
| 3º | Queda de intensidade e vaias do público; estudo e poucos golpes limpos | Equilíbrio |
| 4º | Davi avança; Sacha encurrala nas cordas com sequência precisa | Sacha |
| Rounds finais | Gestão de fôlego e jabs de controle; tentativa de pressão de Davi sem efetividade | Sacha |
Quem mais esteve no evento
- Nego do Borel
- Thomaz Costa
- Diego Grossi
- Inaê Barros
- Mendigata
- Rômulo Deu Cria
- Kew
- Victor Ruiz
- Vidigal
- He-Man
- Lucas Mineiro
- Leonardo Moraes
- Gabriel Souza Galindo
- Marins
- Cabo Pereira
Para onde essa rivalidade pode levar
Eventos como o FMS abrem portas para novas combinações e contratos. A presença de dois campeões de realities mostra apelo com diferentes audiências. Uma possível revanche depende de negociação, interesse das partes e calendário do projeto. Por ora, Sacha capitaliza uma vitória marcante. Davi, por sua vez, ganha experiência e material para ajustar treino, estratégia e postura pública.
Dica prática para o fã que quer avaliar o próximo card
Olhe o intervalo entre o anúncio e a luta. Quem tem mais tempo de camp tende a chegar com fôlego e plano de jogo mais nítidos. Repare na proposta de cada lutador: volume de jabs, entradas em linha, uso do clinch e capacidade de se defender ao sair das cordas. Esses detalhes costumam explicar placares como o 59-55 que decidiu a noite no Ibirapuera.


