Servidores federais: seu auxílio-alimentação sobe 17,5% e chega a R$ 1.175 já em dezembro no bolso

Servidores federais: seu auxílio-alimentação sobe 17,5% e chega a R$ 1.175 já em dezembro no bolso

Uma rodada recente de negociações mexeu com o contracheque de quem atua no serviço público. A medida traz impacto direto no orçamento do mês.

Com decisões formalizadas e data marcada para valer, servidores da administração federal terão novo fôlego para custear refeições. A mudança nasce de acordo entre governo e entidades representativas e se ancora em regras publicadas no Diário Oficial.

O que muda a partir de 1º de dezembro

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos elevou o auxílio-alimentação dos servidores federais em 17,5%. O valor sai de R$ 1.000 para R$ 1.175, com implementação a partir de 1º de dezembro. O ajuste foi negociado na 12ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente e teve assinatura oficial em 6 de novembro.

O auxílio-alimentação passa a R$ 1.175 em dezembro, após aumento de 17,5% acertado na mesa de negociação.

A portaria assinada pela ministra Esther Dweck e publicada no Diário Oficial especifica o alcance: pessoas servidoras da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Ou seja, atinge carreiras do Executivo federal incluídas nessas estruturas.

Quem tem direito e como conferir

O pagamento segue a regra do órgão de lotação e acompanha a folha salarial. O benefício não substitui salário e visa custear alimentação em dias de trabalho.

  • Alcance: administração direta, autárquica e fundacional do Executivo federal;
  • Implementação: folha de dezembro, conforme cronograma de cada órgão;
  • Valor: R$ 1.175 por mês, após reajuste de 17,5%;
  • Consulta: sistemas oficiais de gestão de pessoas do governo e comunicados internos;
  • Dúvidas: setores de recursos humanos da unidade de lotação.

Impacto no bolso: quanto isso representa por dia

O auxílio é mensal, mas vale simular o equivalente por dia útil para dimensionar o poder de compra. Considerando 22 dias úteis:

  • Com R$ 1.000: cerca de R$ 45,45 por dia;
  • Com R$ 1.175: cerca de R$ 53,41 por dia;
  • Diferença diária estimada: cerca de R$ 7,96;
  • Ganho mensal: R$ 175 a mais.

Esse acréscimo ajuda a cobrir parte do avanço de preços em restaurantes por quilo, lanches e itens prontos. Em locais com tíquete médio entre R$ 35 e R$ 60, a diferença diária tende a aliviar a conta, sobretudo para quem almoça fora.

Evolução recente do benefício

Após seis anos sem reajustes, o benefício acumulou mudanças expressivas desde 2023. Veja a trajetória:

Ano/mês Valor do auxílio Variação no período
2023 R$ 658 +43,7% (partindo de R$ 458)
2024 R$ 1.000 +52,0% frente a R$ 658
2024 (dez) R$ 1.175 +17,5% frente a R$ 1.000

Desde 2023, o auxílio acumula alta de 156,55%, após período prolongado sem atualização nominal.

Negociação, calendário e próximos passos

O acordo que sustenta o reajuste sai da Mesa Nacional de Negociação Permanente e representa mais uma etapa no diálogo entre governo e entidades do funcionalismo. O Ministério projeta o impacto orçamentário no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026, já enviado ao Congresso Nacional.

O que vem em 2026

O termo de compromisso firmado prevê novo reajuste em abril de 2026. Também estabelece a aplicação do IPCA — índice oficial de inflação — aos auxílios creche e saúde a partir do mesmo mês, o que cria um parâmetro explícito de correção para esses benefícios.

Em abril de 2026, haverá nova rodada de ajustes e aplicação do IPCA aos auxílios creche e saúde.

Como isso afeta o dia a dia do servidor

A elevação do auxílio oferece margem adicional para quem almoça fora, compra marmitas ou faz mercado para levar refeições. Em capitais com refeição executiva acima de R$ 40, a diferença ajuda a manter hábitos sem apertar tanto o orçamento. Para quem trabalha em regiões com custo mais alto, o novo teto reduz a necessidade de complemento com recursos próprios.

Servidores que recebem tíquetes digitais podem perceber o crédito já no início do mês de competência, conforme rotina de cada órgão. A orientação é acompanhar o espelho de pagamento e o extrato do cartão de benefícios. Caso haja defasagem, o RH deve apontar prazos internos de implantação e eventuais ajustes retroativos.

O que observar ao planejar gastos com alimentação

  • Mapeie o tíquete médio da região de trabalho e da sua rota diária;
  • Compare preços de restaurantes por quilo, prato feito e marmitas;
  • Reveja a combinação “refeição fora + lanche” para reduzir desperdício;
  • Considere levar parte das refeições em dias de reunião externa ou deslocamentos longos;
  • Use o valor adicional para cobrir picos de preço em dias de maior movimento.

Perguntas rápidas que chegam ao RH

O reajuste vale para todas as carreiras?

O ato alcança servidores da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Situações específicas podem ter regras próprias, a depender de regulamentação interna.

O auxílio tem incidência tributária?

Órgãos tratam o auxílio-alimentação como verba indenizatória. As regras de tributação e bases de cálculo seguem normativos vigentes e devem ser consultadas no RH do órgão.

Posso acumular com outros benefícios?

Auxílios possuem naturezas distintas. O reajuste do auxílio-alimentação não interfere na elegibilidade de creche e saúde, que terão correção pelo IPCA a partir de abril de 2026, conforme o termo de compromisso.

Informações úteis para ampliar a discussão

O IPCA serve como referência para correções porque capta a variação de preços ao consumidor. Ao vincular creche e saúde a esse índice em 2026, o governo cria um trilho mais previsível para a recomposição. Já no auxílio-alimentação, a negociação periódica segue como principal mecanismo de ajuste.

Quem quiser estimar o efeito do novo valor no orçamento mensal pode montar um cenário com três faixas: gasto diário de R$ 45, R$ 55 e R$ 65, multiplicando por 22 dias úteis. O resultado mostra se o auxílio cobre integralmente as despesas de alimentação ou se ainda exige complemento. Essa conta ajuda a calibrar escolhas, como alternar restaurantes, negociar planos de marmita ou organizar compras semanais para levar comida ao trabalho.

Para equipes que atuam em teletrabalho parcial, o valor continua mensal e independe do local da refeição. A gestão do benefício permanece alinhada à jornada registrada. Em períodos de viagens, valem as normas de diárias e passagens, que caminham em trilhas diferentes do auxílio-alimentação.

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