Surpreso? Luka Doncic passa Michael Jordan e iguala Wilt Chamberlain: 3 jogos com 40+ e 63 anos

Surpreso? Luka Doncic passa Michael Jordan e iguala Wilt Chamberlain: 3 jogos com 40+ e 63 anos

Nas primeiras noites da temporada da NBA, um craque voltou de lesão com fome de bola e reacendeu debates sobre recordes antigos.

Com atuações consecutivas dominantes, Luka Doncic colocou o torcedor no centro da conversa. O armador do Los Angeles Lakers retornou em alto nível, liderou vitória apertada fora de casa e, ao empilhar números raros, mexeu com memórias que pareciam intocáveis.

O começo arrasador de Doncic

Nos três primeiros jogos da temporada, Doncic registrou 43, 49 e 44 pontos. Em cada partida, somou duplo-duplo com 12, 11 e 12 rebotes. A regularidade nas duas extremidades da quadra manteve o Lakers competitivo mesmo sob pressão, e o esloveno voltou às quadras após perder três confrontos por causa de uma entorse no dedo da mão esquerda e uma contusão na parte inferior da perna esquerda.

O retorno veio na vitória por 117 a 112 sobre o Memphis Grizzlies, quando anotou 44 pontos e liderou a equipe nos minutos finais. O impacto imediato não apareceu só na pontuação. Ele controlou o ritmo, chamou marcações duplas e criou espaços para arremessadores, algo que muda a dinâmica do Lakers desde a saída de bola.

Três jogos, três duplos-duplos e 40+ pontos em cada: o início de temporada recolocou Luka Doncic na conversa das maiores arrancadas já vistas.

Três jogos, três performances dominantes

Jogo Adversário Pontos Rebotes
Golden State Warriors 43 12
Minnesota 49 11
Memphis Grizzlies 44 12

As três partidas mostraram um padrão. Doncic alternou ritmo, atacou mismatch no poste baixo e castigou em pick-and-roll. Quando o adversário trocou a marcação, ele aproveitou o isolamento; quando dobrou a marcação, acelerou o passe para o lado fraco. O resultado aparece nos números, mas também no tipo de atenção defensiva que ele exige a cada posse.

Marca que resiste há 63 anos

Ao anotar ao menos 40 pontos nos três primeiros jogos do ano, Doncic igualou um feito que só Wilt Chamberlain havia alcançado. O lendário pivô iniciou temporadas com essa sequência em 1961-62 e 1962-63, período que já soma 63 anos de distância. Isso dá a medida da dificuldade: volume alto, eficiência e consistência em um recorte em que os times ainda tateiam ajustes táticos.

Somente Wilt Chamberlain, em 1961-62 e 1962-63, e agora Luka Doncic, abriram a temporada com três jogos seguidos de 40+ pontos.

Além do simbolismo histórico, a marca tem peso prático. Em começo de temporada, as comissões técnicas testam rotações, e as defesas variam bastante de plano. Manter produção acima de 40 mesmo assim sugere leitura rápida de cobertura, preparo físico ajustado após a pré-temporada e um arsenal ofensivo difícil de prever.

Acima de Michael Jordan nos três primeiros jogos

Outro recorte que ajuda a dimensionar a arrancada: apenas Chamberlain, Doncic e Michael Jordan alcançaram 125 pontos ou mais nos três primeiros jogos de uma edição da NBA. A sequência de Jordan foi de 50, 41 e 34. Doncic já aparece com 136 pontos no mesmo intervalo, pontuando com volume e impacto.

Com 136 pontos nos três primeiros jogos, Doncic ultrapassa o início de Jordan e crava lugar em uma lista de três nomes.

  • 40+ pontos em cada um dos três primeiros jogos, algo que só Wilt havia feito.
  • 136 pontos no total após três partidas, acima dos 125 de Michael Jordan em 1986-87.
  • Três duplos-duplos consecutivos no início do calendário.
  • Vitória por 117 a 112 em Memphis no jogo de retorno após lesão.

O que muda para os Lakers e para a liga

Para o Lakers, a explosão inicial facilita tarefas ao redor. Alas ganham arremessos mais limpos, pivôs recebem ângulos melhores de passe no short roll e a segunda unidade entra em quadra com vantagem de placar. Em jogos apertados, ter um criador capaz de gerar cesta em meia quadra reduz improviso e diminui a chance de desperdícios nos minutos de clutch.

Para a liga, a sequência de Doncic recalibra o sarrafo defensivo contra jogadores de alto volume. Técnicos se veem obrigados a alternar cobertura entre drop, blitz e zona em questão de posses. Em séries longas, esse nível de flexibilidade define quem entra no top 4 da conferência.

Como ele está produzindo tanto

Há três pilares nessa arrancada. Primeiro, o controle do ritmo: ele desacelera para ler a dobra e acelera na infiltração quando percebe o defensor de costas. Segundo, a seleção de arremessos: bolas de três em step-back, finalizações de contato e jogo de média distância quando a defesa fecha o aro. Terceiro, o rebote: ao garantir a posse defensiva, inicia o contra-ataque com vantagem e cria cestas fáceis sem precisar chamar jogada.

Somado a isso, o uso do corpo para proteger a bola ajuda a cavar faltas e a instalar o ataque na linha do lance livre. Em noites em que a mão não cai de fora, esse expediente mantém o placar girando e tira o adversário do ritmo.

Gestão física e próximos desafios táticos

O início veio após três jogos de ausência por uma entorse no dedo da mão esquerda e contusão na perna esquerda. A equipe técnica precisa equilibrar minutagem e treinos de contato. O objetivo: preservar explosão lateral e evitar sobrecarga nos períodos de back-to-back. Alternar pick-and-roll central com ações no lado curto do garrafão também poupa deslocamentos e mantém a defesa em dúvida.

As próximas pranchetas tendem a trazer mais blitz no alto e marcação por zona para retirar bola das mãos do armador. A resposta passa por:

  • toques rápidos no poste alto para punir a dobra;
  • cortes pela linha de fundo para atacar o espaço atrás da zona;
  • sequências curtas de bloqueios consecutivos para quebrar o cronômetro da defesa.

Para o leitor: como ler números de começo de temporada

Sequências como essa empolgam, mas pedem contexto. Amostras de três jogos amplificam altos e baixos. Olhe além dos pontos: criação de arremesso para colegas, controle de perdas de bola, eficiência em diferentes áreas da quadra e impacto nos minutos de clutch. Quando esses indicadores caminham juntos, a tendência de manutenção melhora.

Glossário útil para acompanhar a temporada

Duplo-duplo: quando um atleta consegue dígitos duplos em duas estatísticas principais, como pontos e rebotes. Esse tipo de marca aponta impacto multifuncional. Em elencos com criadores pesados, duplos-duplos frequentes costumam vir acompanhados de maior volume de assistências e rebotes defensivos, porque o armador inicia mais posses e fecha mais jogadas.

Gestão de carga: distribuição planejada de minutos, treinos e recuperação. Vantagem direta aparece na performance em jogos seguidos e na redução de quedas de rendimento em quartas finais. Risco: perda de ritmo para quem fica fora em dias alternados. Equilíbrio, aqui, faz diferença na briga por mando de quadra.

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