Depois de um fim de semana calmo, o início da semana guarda mudanças rápidas no céu catarinense e preocupação renovada.
Modelos e órgãos de monitoramento indicam uma nova rodada de pancadas fortes em Santa Catarina. A Defesa Civil mantém nível amarelo para situações de alagamento, queda de galhos, destelhamentos e falhas na rede elétrica.
O que muda no tempo
Áreas de baixa pressão voltam a organizar a instabilidade sobre o Sul do Brasil. O ar quente e úmido alimenta nuvens de desenvolvimento rápido. Esse cenário favorece temporais isolados em todas as regiões catarinenses.
As células de chuva podem crescer em pouco tempo e atingir diferentes cidades ao longo do dia. Há registro comum de descargas elétricas, vento em rajadas e granizo pontual quando esse padrão atmosférico se instala.
Defesa Civil emite nível amarelo em Santa Catarina: risco para alagamentos, destelhamentos e interrupções de energia.
Os volumes de chuva tendem a variar bastante de bairro para bairro. Em algumas áreas, a pancada passa rápido e deixa poucos milímetros. Em outras, a nuvem estaciona e favorece enxurradas localizadas, principalmente em fundos de vale e áreas urbanas com drenagem precária.
Onde e quando as pancadas chegam
O ciclo previsto começa pelo Oeste e pelos Planaltos, inclusive nas zonas de divisa com o Rio Grande do Sul. Em seguida, a instabilidade avança para o Vale do Itajaí e o Litoral, com maior probabilidade de trovoadas à medida que o sistema se desloca para leste.
| Região | Situação prevista |
|---|---|
| Oeste e Planaltos | Primeiras áreas a registrar pancadas fortes, com raios e vento em rajadas |
| Divisa com o RS | Instabilidade frequente, chance de granizo pontual |
| Vale do Itajaí | Chuva avança depois, com trovoadas e risco de alagamentos urbanos |
| Litoral | Pancadas ao longo do deslocamento do sistema, com rajadas de vento |
Temporais podem ser localmente intensos, com raios, rajadas de vento e granizo em pontos isolados.
Temperaturas previstas
- Planalto Sul: mínima de 11°C.
- Grande Florianópolis: mínimas acima de 14°C.
- Extremo Oeste: máximas perto de 26°C.
- Vale do Itajaí: máximas próximas de 25°C.
- Litoral Sul: máximas em torno de 24°C.
O padrão térmico indica ar abafado nas áreas mais baixas, o que ajuda a potencializar a formação das nuvens de tempestade durante a tarde e à noite.
Riscos associados e o que fazer
Os impactos mais comuns surgem de forma rápida quando a chuva vem forte. As principais ocorrências incluem enxurradas, queda de galhos, destelhamentos e falta de energia. Abaixo, medidas práticas que reduzem danos:
- Fique em local seguro durante raios e vento. Evite janelas, eletrodomésticos ligados e estruturas metálicas.
- Não estacione sob árvores, placas e fiações. Rajadas podem derrubar galhos e objetos soltos.
- Desvie de pontos com acúmulo de água. Uma lâmina rasa pode esconder buracos e correnteza.
- Desligue aparelhos sensíveis da tomada se a rede oscilar. Proteja equipamentos com filtros de linha.
- Organize rotas alternativas. Bairros com drenagem deficiente costumam travar o trânsito rapidamente.
Jamais atravesse áreas alagadas a pé ou de carro. A correnteza desloca veículos e o piso pode estar danificado.
Cuidados com a casa e com a rotina
- Revise calhas, ralos e bocas de lobo próximos. Remova folhas e resíduos para a água escoar.
- Reforce telhas soltas e verifique o estado de antenas e estruturas expostas ao vento.
- Guarde objetos do quintal que possam ser arremessados por rajadas.
- Mantenha lanternas, pilhas, carregadores portáteis e água potável à mão.
- Tenha medicamentos de uso contínuo organizados e acessíveis.
Como reconhecer a aproximação de tempo severo
Alguns sinais ajudam a identificar a chegada de nuvens perigosas. O horizonte escurece de forma abrupta, a temperatura cai, o vento muda de direção. Nuvens com base rebaixada, aspecto turvo e borda em “prateleira” indicam corrente ascendente forte, típica de tempestades.
- Raios frequentes ao longe sinalizam forte eletrificação na nuvem.
- Ruído de trovoada contínua geralmente acompanha células intensas.
- Poeira e folhas levantadas por rajadas anunciam a frente de rajada.
Percebendo esses elementos, antecipe-se e procure abrigo. Afaste-se de cursos d’água e taludes suscetíveis a deslizamentos.
Por que Santa Catarina fica tão vulnerável
O relevo acidentado, com vales e serras, canaliza o vento e concentra chuva em curtos períodos. Sistemas de baixa pressão e frentes que sobem do Sul interagem com ar quente vindo do Norte. Esse encontro favorece temporais com grande variação espacial. Em dias de atmosfera dinâmica, um bairro registra granizo enquanto outro, a poucos quilômetros, recebe apenas garoa.
O jato de baixos níveis, uma corrente de vento a alguns quilômetros de altura, também transporta umidade e energia para as tempestades. Quando ele se alinha sobre o estado, as pancadas ganham intensidade e persistência.
Monitoramento e próximos passos
O quadro para o início da semana pede acompanhamento frequente. Boletins da Defesa Civil atualizam áreas de risco, enquanto o radar meteorológico detecta a evolução das células. Sirenes comunitárias e mensagens por celular costumam antecipar situações críticas em bairros específicos.
Conferir o céu antes de sair, planejar deslocamentos e manter um canal de informação confiável reduz surpresas. Em caso de ventania, adie atividades ao ar livre e priorize trajetos seguros.
Entenda os níveis de cores
- Amarelo: risco moderado para ocorrências pontuais, com necessidade de atenção redobrada.
- Laranja: risco alto, com potencial de danos mais abrangentes e interrupções.
- Vermelho: risco muito alto, com chance de eventos severos e impactos amplos.
O nível amarelo vigente significa que temporais podem causar problemas localizados, especialmente em áreas suscetíveis. A preparação faz diferença: pequenos ajustes na rotina diminuem prejuízos e melhoram a segurança da família.
