Temporal em Sumaré: telhado voa, fica preso em poste e deixa vizinhos sem luz; você viu o vídeo?

Temporal em Sumaré: telhado voa, fica preso em poste e deixa vizinhos sem luz; você viu o vídeo?

A ventania que atingiu Sumaré no começo da semana virou a rotina de bairros inteiros de ponta‑cabeça. Moradores acordaram no escuro, ruas ficaram tomadas por água e lama.

O avanço de núcleos de chuva intensa na noite de segunda-feira (3) deixou rastro de danos em diferentes pontos da cidade. Um telhado arrancado por rajadas de vento ficou pendurado na fiação de um poste, escolas registraram alagamentos e comerciantes contabilizam perdas. Equipes municipais e a concessionária de energia trabalham para normalizar os serviços.

Telhado voa e para na rede elétrica

Na Rua Eulina do Vale, no Parque Virgílio Viel, o vento arrancou o telhado de uma casa e arremessou a estrutura sobre a rede de energia. As telhas se prenderam aos cabos e bloquearam parte da via. Vídeos feitos por vizinhos mostram o material balançando sobre a rua enquanto a chuva seguia.

Um telhado inteiro foi arrancado e ficou pendurado na fiação de um poste, após rajadas que alcançaram cerca de 66 km/h.

Até o início da manhã seguinte, o imóvel ao lado, um restaurante, seguia sem energia. A equipe temia a perda de carnes, laticínios e outros itens refrigerados. Sem eletricidade, a cozinha reduziu o cardápio e improvisou armazenamento com gelo para evitar desperdício.

Trabalho de remoção e incerteza sobre o restabelecimento

A CPFL Paulista informou que deslocou equipes para remover as telhas que ficaram sobre a rede. Técnicos isolaram a área e fizeram manobras para garantir segurança enquanto a limpeza avançava. A empresa não detalhou prazos para a normalização completa do fornecimento na região.

Moradores relataram picos e interrupções de energia durante a noite, seguidos de manutenção de emergência ao amanhecer.

Escolas atingidas e aulas parciais

Três escolas municipais registraram salas alagadas e materiais molhados. Na Escola Municipal Shirley Gordo Gonzales, no bairro Matão, parte dos alunos foi dispensada. Servidores fizeram a retirada de água e a secagem dos espaços mais afetados.

Nas escolas Flora e Parque das Nações, a atuação rápida de funcionários conteve a entrada de água, e as aulas continuaram. Equipes de manutenção avaliaram telhados, calhas e pontos de infiltração para reduzir novos transtornos em caso de outra pancada de chuva.

Pet shop tomado pela água

No Jardim Dulce, um pet shop na Estrada Municipal foi invadido pela enxurrada. A correnteza derrubou expositores e levou rações e acessórios para a rua. Funcionários recolheram o que ainda podia ser aproveitado e iniciaram a limpeza com apoio de vizinhos.

Produtos foram arrastados para fora do comércio; embalagens de ração ficaram espalhadas pela calçada após a água baixar.

Outras ocorrências confirmadas

A Defesa Civil e a prefeitura registraram danos em diferentes bairros. Veja um panorama:

Local Ocorrência Situação
Parque Virgílio Viel Telhado arrancado e preso na rede Remoção de telhas e avaliação estrutural
Bairro Matão (EM Shirley G. Gonzales) Salas alagadas Parte dos alunos dispensada
Escolas Flora e Parque das Nações Entrada de água Aulas mantidas após limpeza rápida
Jardim Dulce Pet shop alagado Limpeza e recolhimento de produtos
Parque Euclides Miranda Queda de estrutura comercial Área isolada
Avenida da Amizade Árvore sobre veículo Retirada programada

Volumes de chuva e rajadas

Medições municipais indicam entre 39 mm e 41 mm de chuva na noite de segunda, com rajadas próximas de 66 km/h. No fim de semana anterior, a cidade já havia recebido 71 mm, o que saturou o solo e elevou o risco de alagamentos rápidos.

Dois episódios de chuva forte em sequência encharcaram o terreno e facilitaram a formação de enxurradas em ruas com drenagem limitada.

Respostas e apoio

A prefeitura mobilizou equipes de limpeza, iluminação pública e Defesa Civil para atender chamados. Servidores desobstruíram bocas de lobo e removeram entulho arrastado pela água. O governo municipal orientou a população a usar o 199 para emergências de risco e o 156 para serviços de manutenção urbana.

Na rede elétrica, a CPFL concentrou equipes em pontos com cabos danificados e objetos sobre a fiação. O procedimento inclui desligamentos programados para permitir a retirada segura de materiais e o religamento por etapas, priorizando áreas com serviços essenciais.

O que você pode fazer após um temporal

Em episódios como o desta semana, atitudes simples reduzem riscos e perdas. Veja orientações práticas:

  • Evite passar sob estruturas soltas, como telhas e placas; ventos podem deslocar os materiais novamente.
  • Desligue disjuntores se notar água perto de tomadas, quadros ou eletrodomésticos.
  • Não toque em cabos caídos; acione a distribuidora e a Defesa Civil.
  • Fotografe danos no imóvel e guarde notas de eventuais reparos para acionar o seguro, se houver.
  • Mantenha calhas, ralos e bocas de lobo limpos para melhorar a drenagem na próxima chuva.
  • Planeje rotas alternativas se sua rua costuma alagar; evite atravessar correntezas.

Alimentos e falta de energia: como agir

Sem abrir a porta, uma geladeira mantém a temperatura segura por cerca de 4 horas. Um freezer cheio preserva os alimentos por até 48 horas se permanecer fechado. Itens que descongelam e aquecem acima de 5 °C por muito tempo devem ser descartados. Cheiro e aparência nem sempre indicam segurança.

Por que ventos arrancam telhados

Ráfagas fortes criam diferença de pressão entre a parte externa e interna das coberturas. Sem fixação adequada, a força levanta telhas e, em casos de telhados leves, desloca todo o conjunto. Para reduzir o risco, vale revisar o madeiramento, usar amarrações metálicas e parafusos com arruelas de vedação, além de assegurar a ancoragem em pontos estruturais.

Quando pedir vistoria e quem acionar

Se o imóvel apresentar rachaduras, empenamento de portas após o destelhamento ou infiltrações constantes, peça avaliação de um engenheiro ou técnico de confiança. O laudo orienta reparos e evita que problemas ocultos se agravem.

Emergências devem ser comunicadas à Defesa Civil (199) e aos Bombeiros (193). Para queda de energia, registre protocolo com a distribuidora, anote horários de interrupção e acompanhe os avisos de segurança até o restabelecimento.

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