A temporada de reprodução dos peixes mudou a rotina às margens da represa Cascata e elevou a lupa da fiscalização. Quem frequenta a região já percebe barreiras, abordagens e orientações frequentes.
Em Marília, no interior de São Paulo, a Polícia Militar Ambiental intensificou as rondas. O objetivo é preservar cardumes em deslocamento e evitar a pressão sobre espécies nativas. A ação recente chamou atenção por envolver apreensões e autuação em valores altos.
Fiscalização na represa Cascata
Na manhã de sábado (1º), equipes da Polícia Militar Ambiental realizaram verificação de rotina na represa Cascata. O local figura entre os pontos com proibição de pesca durante a Piracema. Três pessoas foram flagradas com apetrechos de pesca às margens da represa.
Os agentes recolheram varas e materiais utilizados na atividade. Eles encaminharam a ocorrência para os trâmites administrativos. Cerca de 7 kg de peixes, ainda vivos, retornaram imediatamente ao corpo d’água.
Fiscalização impede a retirada de peixes em reprodução. Os animais devolvidos somaram aproximadamente 7 kg, segundo a corporação.
Como ocorreu a abordagem
As equipes percorreram os pontos mais sensíveis da represa. Ao identificar movimentação típica de pesca, os policiais procederam à abordagem. O trio recebeu autuação por infringir a norma de proteção vigente no estado.
Além da multa superior a R$ 6 mil, os envolvidos perderam o material utilizado. A medida integra o pacote de sanções administrativas aplicadas nesses casos.
O que vale durante a Piracema em São Paulo
O estado de São Paulo adotou medidas reforçadas para o ciclo reprodutivo dos peixes. A restrição de pesca vigora até 28 de fevereiro de 2026. O calendário considera a subida dos cardumes em busca de locais de desova e alimentação.
Em todo o estado, a proibição durante a Piracema impede a pesca em áreas definidas, como a represa Cascata, até 28/02/2026.
Por que a proibição existe
A interrupção temporária da pesca reduz a mortalidade de indivíduos reprodutores. Ela aumenta a chance de reposição dos estoques naturais. A medida também diminui a captura de fêmeas ovadas e de juvenis, mais vulneráveis nesse período.
Rios, represas e afluentes formam rotas estratégicas para a reprodução de espécies nativas. Interferir nesses deslocamentos compromete o ciclo ecológico, com reflexos na pesca esportiva, no turismo e na renda de comunidades ribeirinhas.
Resumo do caso e dados principais
| Local | Represa Cascata, Marília (SP) |
|---|---|
| Data | Sábado (1º) |
| Autuados | Três pessoas |
| Infrações | Pesca durante a Piracema em área proibida |
| Peixes | Aproximadamente 7 kg, devolvidos vivos |
| Sanções | Multa que soma mais de R$ 6 mil e apreensão de apetrechos |
| Vigência da proibição | Até 28 de fevereiro de 2026, em todo o estado de SP |
Direitos, deveres e riscos para o pescador
A legislação ambiental pune a pesca em período de defeso. As autoridades aplicam multas e apreendem equipamentos. Dependendo do caso, o Ministério Público pode avaliar desdobramentos penais, conforme a Lei de Crimes Ambientais.
As regras variam por área e espécie. Em Marília, a represa Cascata está sob restrição integral durante a Piracema. O pescador responde pela posse e uso de petrechos em local proibido, mesmo que a captura pareça pequena.
- Verifique se o ponto de pesca está liberado no período de defeso.
- Observe placas e orientações de fiscalização em represas e margens de rios.
- Evite qualquer captura em áreas sinalizadas ou com bloqueio temporário.
- Mantenha atenção às espécies nativas e aos tamanhos mínimos fora do defeso.
- Guarde apetrechos longe das margens, quando houver restrição local.
Consequências que pesam no bolso
A multa impacta o orçamento familiar e vem acompanhada da perda das varas e de outros itens. O valor varia conforme as circunstâncias e a quantidade de pescado. Em casos reincidentes, o processo ganha gravidade e pode resultar em sanções mais duras.
Multa alta, apreensão de equipamentos e risco de processo: a pesca no defeso sai cara e pode criar antecedente.
Como curtir a pesca sem se arriscar
Quem gosta da atividade encontra alternativas seguras durante a Piracema. Empreendimentos de pesca esportiva licenciados operam com peixes de cultivo e manejos próprios. Essa opção permite praticar a modalidade, sem afetar cardumes em reprodução.
Antes de sair de casa, confirme a situação da área pretendida. Verifique se o estabelecimento possui licença e origem legal dos peixes. Priorize sistemas de pesque e solte quando possível. Essa prática reduz danos e favorece a manutenção da atividade o ano todo.
Sinais de Piracema que você pode notar
- Cardumes concentrados subindo cursos d’água, corredeiras e pequenas quedas.
- Maior atividade de peixes em regiões rasas e com vegetação marginal.
- Presença de indivíduos com abdômen inchado, indicando maturação gonadal.
O que este caso mostra para a comunidade
A ação em Marília reforça a vigilância em pontos críticos, com resposta rápida e medidas severas. A devolução dos peixes vivos reduz o dano imediato ao ambiente. O efeito pedagógico da multa tende a desestimular novas tentativas no mesmo local.
Para a população ribeirinha, o período pode trazer mudanças de rotina. Mais fiscalização, circulação de viaturas e orientações nas margens. Para os praticantes de pesca, a lição é clara: respeitar o defeso e planejar atividades em áreas e modalidades liberadas.
Informações úteis para os próximos meses
O calendário se estende até o fim de fevereiro de 2026 em todo o estado. Nesse intervalo, a fiscalização deve manter ou aumentar o ritmo. Denúncias sigilosas ajudam os órgãos ambientais a cobrir áreas maiores e horários críticos, como madrugada e fins de semana.
Quem atua no turismo local pode adaptar roteiros e focar em observação de fauna, trilhas e canoagem recreativa. Esses passeios valorizam a represa sem pressionar os peixes. Ao final da Piracema, a tendência é de estoques mais robustos, com ganho para a pesca esportiva e para a economia regional.
