TSE já valida datas e determina que hoje Nacional ou Polícia Federal substituam o PM em remota de Itajuravela-SP

TSE já valida datas e determina que hoje Nacional ou Polícia Federal substituam o PM em remota de Itajuravela-SP

Chapo — O TSE confirmou o calendário e determinou que, hoje, a Polícia Federal ou a Força Nacional assumam, em caráter excepcional, o posto da PM na zona remota de Itajuravela (SP), acendendo um alerta sobre segurança do voto e confiança local.

O sol ainda nem tinha varado a neblina quando a fila começou a se formar na escola de madeira, as botas marcando o barro vermelho que a chuva da madrugada não deu tempo de secar. Um carro da PM passou devagar, trocou duas palavras com um agente de colete azul e, sem barulho, deixou a rua lateral. No lugar, estacionaram duas viaturas com placas de fora, antenas altas e um jeito de “operação especial” que não se confunde com patrulha de rotina. Um comerciante puxou a porta de aço pela metade, como quem testa a temperatura da manhã. Os olhares se cruzaram, curiosos e desconfiados. E a cidade pequena, que costuma saber de tudo antes das placas, parecia buscar um novo código de silêncio. A respiração prendeu. E ninguém sabia dizer se isso era alívio ou alerta. A eleição começou antes da urna.

O que muda, na prática, com a decisão do TSE

Com o calendário já batido pelo TSE, a ordem de hoje foi simples no papel e complexa na rua: na área remota de Itajuravela, o policiamento do entorno das seções fica a cargo da Polícia Federal ou da Força Nacional, deixando a PM fora do perímetro de votação durante a janela crítica. A justificativa combina logística e prevenção: relatos de tensão recente, isolamento geográfico e a necessidade de garantir neutralidade visível nas portas dos locais de votação. É uma medida temporária, coordenada com o TRE-SP, que não mexe no resto da cidade, mas muda o rosto da segurança justamente onde o voto costuma chegar de barco, caminhonete ou a pé.

Para quem vive ali, a mudança ganha nome e rosto. A dona Zuleide, que vende café na esquina da escola, jurou que sentiu a rua ficar “mais quieta” quando viu o brasão da PF. No último pleito, ela diz ter cortado o pano de prato de nervoso quando começaram as discussões na fila. Hoje, o fluxo ainda é pequeno, mas as conversas diminuíram de volume, como se alguém tivesse baixado o botão do rádio. Todo mundo já viveu aquele momento em que a presença diferente muda o clima antes mesmo de qualquer regra. Na prática, é isso que a comunidade vai testando, passo a passo.

Pelo lado jurídico, o TSE tem prerrogativa de requisitar força federal para garantir a normalidade do voto, a partir de pedido do TRE e com parecer do Ministério Público Eleitoral. Não é intervenção na PM, nem substituição geral do policiamento da cidade. É delimitação de responsabilidade, por tempo e espaço específicos, pensada para reduzir atrito e ampliar a percepção de segurança no entorno das urnas. A PM segue responsável pelo resto do município, enquanto, na zona remota, a prioridade passa a ser o **voto livre e em paz**, sob um comando unificado que permita resposta rápida e sem dúvida sobre viés.

Como a cidade pode se organizar hoje

Para o eleitor, a rotina muda pouco e, mesmo assim, dá para facilitar. Vale chegar um pouco mais cedo, levar documento com foto e checar o número da seção antes de sair, já que, em área remota, voltar para buscar um papel pode significar perder a hora. Combine caronas, carregue o celular e anote, num papel, contatos da família. Em caso de incidente, procure o posto móvel da PF ou da Força Nacional no próprio entorno da escola e relate com calma o que viu, com horário e descrição simples. Não filme dentro do local de votação. *Respirar fundo é parte do protocolo.*

Erros comuns desgastam e não ajudam. Muita gente cai em áudio de zap que promete “horário secreto” ou “fila preferencial”, e isso confunde, irrita e vira boato em cinco minutos. Sejamos honestos: ninguém checa tudo todo dia. Então, hoje, priorize fonte oficial do TRE-SP e os avisos no portão da escola. Use sapato fechado, água e um casaco leve — parece bobagem até a nuvem fechar e o vento virar, e a estrada de terra mudar de humor. Se a fila demorar, pense em revezamento para cuidar das crianças, sem perder lugar nem a paciência. O clima melhora quando alguém dá o tom do respeito.

Quem comanda a operação repete a mesma ideia: previsibilidade.

“Nos pontos remotos, a prioridade é prevenir. A presença qualificada evita conflito e protege o voto, que é de todos”

— diz um porta-voz do TRE-SP, apontando para o mapa com rotas de chegada. Para tornar tudo mais prático na sua cabeça, guarde este atalho:

  • Perímetro especial vale só no entorno da votação e no período de funcionamento das urnas.
  • PF ou Força Nacional conduzem ocorrências eleitorais; PM atende o restante da cidade.
  • Denúncia rápida funciona melhor com descrição objetiva: onde, quando, o que, quem.

**Decisão sem precedentes na cidade**, rotina possível no fim do dia.

O que fica depois de hoje

Em toda virada de página institucional, o que se mede não é apenas o que deu certo, mas o que a comunidade entendeu do gesto. Se a votação correr sem susto em Itajuravela, a lembrança que fica pode ser a de uma manhã com fila tranquila e conversa mais baixa, um dia sem manchetes de confusão. Também pode abrir espaço para um debate mais maduro sobre como garantir neutralidade em localidades pequenas, onde todo mundo se conhece e o uniforme pesa. Tem gente que vai querer a volta do que é familiar; outros, a manutenção do reforço. No meio, um consenso silencioso: **segurança do eleitor vem antes das disputas**. A cidade descobre, na prática, que confiança não se decreta, mas se cultiva com gestos que cabem no bolso das pessoas. No fim, talvez a maior mudança seja invisível, como a sensação de chegar em casa sabendo que o caminho estava bem sinalizado.

Ponto Chave Detalhe Interesse do leitor
Calendário validado TSE confirma datas e horários mantidos Organizar ida à seção sem surpresa
Troca de policiamento PF ou Força Nacional no perímetro das urnas Entender quem atende cada ocorrência
Regra temporária Medida limitada a hoje e à zona remota Saber onde a PM segue atuando

FAQ :

  • O TSE pode substituir a PM?O tribunal pode requisitar força federal para garantir a normalidade do voto e organizar a segurança no entorno das urnas, em cooperação com o TRE e as autoridades estaduais. A PM segue no restante do município.
  • Quem estará nas ruas: PF ou Força Nacional?De acordo com a determinação, a operação contará com uma das duas forças, conforme disponibilidade e plano aprovado, para o perímetro de votação na área remota.
  • Isso muda data ou horário da votação?Não. O TSE validou o calendário e os horários permanecem os mesmos previstos no cronograma oficial.
  • Como denunciar irregularidades?Procure o posto móvel no local de votação, fale com o chefe de seção ou com os agentes presentes e relate fatos objetivos. Também é possível usar os canais do TRE-SP.
  • A PM está proibida de atuar hoje?Não. A restrição vale para o entorno imediato das seções na zona remota e durante o período de votação. Fora desse perímetro e horário, a PM mantém seu trabalho normal.

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