Você bebe café do Brasil? Novo selo, 240 expositores e R$ 150 mi na SIC 2025 vão mudar seu dia

Você bebe café do Brasil? Novo selo, 240 expositores e R$ 150 mi na SIC 2025 vão mudar seu dia

Chapo — Belo Horizonte recebe três dias de negócios, tendências e debates que prometem mexer com hábitos na xícara e na fazenda.

A Semana Internacional do Café 2025 abriu as portas com casa cheia e novidades que mexem com toda a cadeia, do produtor ao consumidor. O reposicionamento de “Cafés do Brasil” surge como peça central da estratégia para ganhar valor lá fora e transparência aqui dentro.

SIC 2025 em números

O evento projeta R$ 150 milhões em negócios, 25 mil visitantes de 40 países e 240 expositores em 20 mil m².

Indicador Valor
Área ocupada 20 mil m²
Expositores 240 empresas
Público estimado 25 mil pessoas de 40 países
Giro de negócios R$ 150 milhões
Duração 3 dias

Os corredores do pavilhão em Belo Horizonte mostram uma feira maior, mais diversa e focada em conexões práticas. Compradores internacionais buscam volume com qualidade. Produtores e indústrias apresentam soluções digitais e propostas de sustentabilidade com rastreabilidade.

Por que o reposicionamento de “Cafés do Brasil” importa

Após 11 meses de diagnósticos, entrevistas e pesquisas, entidades do setor apresentaram um novo posicionamento para a marca guarda-chuva do café brasileiro. A meta mira diferenciação frente a concorrentes, alinhamento à vocação produtiva do país e coerência com demandas atuais de qualidade, transparência e responsabilidade socioambiental.

A marca passa a comunicar confiança, conveniência, ética, autenticidade, inspiração e diversidade, com linguagem atual e foco digital.

O projeto redefine mensagem, tom e aplicação do selo em contextos físicos e online. A identidade visual evolui para facilitar uso em mídias digitais, sem perder o reconhecimento já consolidado no mercado.

Quem está por trás da iniciativa

  • Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC)
  • Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS)
  • Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)
  • Comissão Nacional do Café da CNA
  • Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé)
  • Conselho Nacional do Café (CNC)
  • Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

O esforço conjunto dá musculatura institucional e sinaliza união de elos que disputam mercados distintos, mas compartilham o mesmo objetivo: consolidar o Brasil como fornecedor confiável e inovador, com escala e consistência.

O que muda para quem produz e para quem compra

O novo posicionamento tende a orientar campanhas, materiais de comunicação e a presença de “Cafés do Brasil” em embalagens, estandes e canais digitais. A ideia é contar melhor a história da origem, do manejo e das pessoas, com dados e linguagem acessível ao consumidor final.

  • Embalagens: uso do selo com diretrizes de aplicação, hierarquia de marca e mensagens-chave.
  • Digital: kits de redes sociais, vídeos curtos, QR Codes e páginas de origem com métricas de impacto.
  • Comercial: argumentos alinhados a atributos de qualidade e sustentabilidade verificáveis.
  • Treinamento: roteiros para equipes de vendas e baristas traduzirem atributos técnicos em benefícios tangíveis.

Transparência deixa de ser diferencial e vira requisito de acesso. Quem prova com dado, ganha confiança e margem.

Compradores internacionais buscam previsibilidade, rastreabilidade e comunicação clara. O selo atualizado facilita reconhecimento da origem e reduz ruído em negociações. Para o produtor, contar a própria história com consistência abre portas para prêmios de qualidade e contratos de longo prazo.

Conexão com tendências globais

Mercados exigem informações sobre desmatamento, carbono e condições de trabalho. Regulamentos de rastreabilidade, como os que afetam compras no território europeu, elevam o sarrafo. Quem antecipa comprovações técnicas conquista velocidade na venda e reduz custos de compliance. A comunicação renovada conversa com ESG sem jargão, focando em evidências verificáveis.

Belo Horizonte vira vitrine da cafeicultura

A feira se afirma como plataforma de negócios e palco para antecipar movimentos. Produtores, indústrias, torrefações e startups trocam dados, fecham parcerias e testam soluções para ganho de eficiência. O crescimento da SIC acompanha a necessidade de competir em um tabuleiro global em mudança rápida.

Conexão entre origens, indústria e mercado final acelera inovação e cria novas pontes de valor para o café brasileiro.

As conversas giram em torno de crédito climático, manejo resiliente, automação na pós-colheita, novos perfis sensoriais e expansão do solúvel premium. Há também foco em cafés prontos para beber e na diversificação de canais no mercado interno.

Passo a passo para aproveitar o novo selo

Para fazendas e cooperativas

  • Mapeie lotes com dados de origem, fazenda, geolocalização e práticas de manejo.
  • Crie um kit simples de storytelling com fotos reais, datas e pessoas envolvidas.
  • Integre QR Code nas sacarias e apresente métricas objetivas: produtividade, pontuação, uso racional de insumos.
  • Registre auditorias e documentos que comprovem conformidade socioambiental.

Para indústrias e torrefações

  • Adote a nova identidade em embalagens e canais digitais com consistência visual.
  • Ofereça rastreabilidade por lote no site e na etiqueta.
  • Traduza atributos técnicos em promessas claras para o consumidor: sabor, segurança, origem e impacto.
  • Prepare a equipe de atendimento com respostas objetivas sobre qualidade e sustentabilidade.

Oportunidades e riscos no curto prazo

  • Oportunidade: diferenciar portfólios com origem e impacto mensurável e gerar prêmios em nichos exigentes.
  • Oportunidade: ampliar presença em Ásia e Oriente Médio com posicionamento consistente e volume competitivo.
  • Risco: cair em mensagens genéricas sem prova documental, o que reduz credibilidade.
  • Risco: subestimar custos de rastreabilidade e comunicação técnica, atrasando embarques e perdendo janelas comerciais.

Mensagem forte só se sustenta com dado rastreável, verificação independente e coerência em todos os pontos de contato.

Informações complementares para quem vai agir agora

Reposicionamento setorial define a narrativa-mãe do país de origem. Marcas privadas seguem com liberdade criativa, mas ganham um guarda-chuva que reduz ruído e amplia reconhecimento global. O uso disciplinado dessa narrativa melhora o recall e encurta o ciclo de negociação.

Quer um exercício prático? Monte um dossiê de um único lote com ficha sensorial, evidências de conformidade, mapa da área e histórico de safra. Em seguida, crie uma página simples com QR Code na embalagem. Compare taxa de retorno, tempo de negociação e preço médio com lotes sem dossiê por 90 dias. A diferença costuma aparecer em velocidade de resposta do comprador e redução de dúvidas técnicas.

Outra via de ganho está no acoplamento do selo a indicações geográficas e certificações já existentes. Essa combinação ajuda a comunicar origem, método e verificação externa de maneira complementar. O produtor agrega reputação. O comprador simplifica due diligence. O consumidor entende o porquê de pagar mais por um café com história e prova.

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